Passinho dos Maloka: mudanças entre as edições
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Autora: <bdi> | '''Autora: <bdi>Lucia Maria Sibaldes.</bdi>''' | ||
Estilo de dança ligado ao brega-funk originado no subúrbio de recife, o qual se caracteriza por coreografias com movimentos de braço e virilha, simulando movimentos sexuais. Tem como passos marcantes a sarrada, a puxada, o laço e o ombrinho, misturando caracteres do funk, brega e swinguera, simbolizando um grito de identidade e visibilidade. | Estilo de dança ligado ao brega-funk originado no subúrbio de recife, o qual se caracteriza por coreografias com movimentos de braço e virilha, simulando movimentos sexuais. Tem como passos marcantes a sarrada, a puxada, o laço e o ombrinho, misturando caracteres do funk, brega e swinguera, simbolizando um grito de identidade e visibilidade. | ||
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= O “passinho dos maloka” de Recife: Um grito de identidade e visibilidade = | = O “passinho dos maloka” de Recife: Um grito de identidade e visibilidade = | ||
Autor: Joseildo Henrique Conceição. | '''Autor: Joseildo Henrique Conceição.''' | ||
Publicado originalmente na revista New Order. | Publicado originalmente na revista New Order. | ||
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[[File:Morro da Conceição, Recife,PE. Foto Andréa Rêgo Barrks,PCR..jpeg|thumb|center|500px|Morro da Conceição, Recife,PE. Foto Andréa Rêgo Barrks,PCR..jpeg]] | |||
O chamado “''passinho dos maloka”,'' escrito assim mesmo, sem concordância, é um estilo de dança diretamente ligado ao ritmo intitulado brega-funk recifense (considerado uma mutação natural do movimento musical chamado brega que já era sucesso local) e tem virado uma febre entre os jovens de bairros periféricos da região metropolitana de Recife. O que no início eram apenas coreografias concebidas para clipes de mc’s como Shevchenko e Elloco, Mc Cego, Troinha, entre outros, inspirados nos passinhos de funk da região sudeste, hoje há, por trás dessa manifestação, um grito de resistência, identidade e necessidade de visibilidade e rearranjo social. Os adeptos desse tipo de dança, que também se caracteriza pelas vestimentas, estão descendo o morro e ocupando o asfalto com festas onde acontecem batalhas de passinho (grupos de dança competem entre si mostrando passos inéditos e característicos e desenvoltura corporal). | O chamado “''passinho dos maloka”,'' escrito assim mesmo, sem concordância, é um estilo de dança diretamente ligado ao ritmo intitulado brega-funk recifense (considerado uma mutação natural do movimento musical chamado brega que já era sucesso local) e tem virado uma febre entre os jovens de bairros periféricos da região metropolitana de Recife. O que no início eram apenas coreografias concebidas para clipes de mc’s como Shevchenko e Elloco, Mc Cego, Troinha, entre outros, inspirados nos passinhos de funk da região sudeste, hoje há, por trás dessa manifestação, um grito de resistência, identidade e necessidade de visibilidade e rearranjo social. Os adeptos desse tipo de dança, que também se caracteriza pelas vestimentas, estão descendo o morro e ocupando o asfalto com festas onde acontecem batalhas de passinho (grupos de dança competem entre si mostrando passos inéditos e característicos e desenvoltura corporal). | ||
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O embranquecimento de um ritmo é o que o torna aceito, mas a galera do passinho do Recife não precisa que sua cultura de periferia sofra apropriação, esse movimento é a identidade deles, é a voz, é o grito no megafone (mesmo cansado e com rouquidão) de que a favela existe e que favela também tem cultura. E isso nada mais é que engajamento político-social. Se estiver chamando atenção e incomodando a classe dominante, então está dando certo. | O embranquecimento de um ritmo é o que o torna aceito, mas a galera do passinho do Recife não precisa que sua cultura de periferia sofra apropriação, esse movimento é a identidade deles, é a voz, é o grito no megafone (mesmo cansado e com rouquidão) de que a favela existe e que favela também tem cultura. E isso nada mais é que engajamento político-social. Se estiver chamando atenção e incomodando a classe dominante, então está dando certo. | ||
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