Polícia de proximidade: mudanças entre as edições
Sem resumo de edição |
Sem resumo de edição |
||
| Linha 9: | Linha 9: | ||
<p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">O caso da comandante Priscilla pode ser considerado “bom para pensar” porque através de seu carisma e de sua forma de atuar, ela sintetizava, em alguma medida, o próprio “espírito” do projeto das UPPs e os dilemas da “pacificação”. Isso porque, a policial conseguia, ao mesmo tempo, realizar uma ação mais preventiva na favela, fazendo o trabalho “social” e mediando conflitos no Santa Marta, mas não deixava de lado as ações repressivas “agindo com rigor quando necessário”. Ela era doce e delicada com crianças, idosos e “pessoas de bem”, fazendo um trabalho de aproximação e prevenção. Mas, ao mesmo tempo, mostrava seu “ethos guerreiro” (CECCHETTO, 2004; ZALUAR, 2004, SOARES, 2000) e agia com “firmeza” com “quem merecia”. Como explicou um morador do Santa Marta:</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:10.0pt"><span style="font-family:">Poxa, com as senhoras e as crianças a Priscila era unanimidade. Ela sabe fazer política. Na primeira operação aqui, ela passou uma geral no morro (...) ela foi na associação da terceira idade, ela foi na rádio interagir com o pessoal, debater. Isso é política... Quer dizer, está certo que, às vezes, tem que dar uns tapas mesmo, para ter respeito. Tem gente que é abusada. Até no hospital mesmo, tem gente lá com a seringa na veia e xinga a mãe do médico. Aqui é: “Ah, você vai bater em mim? Eu sou morador!”. É questão cultural, moral e cívica, não é? É aquele negócio: ao invés de ser uma batalha, tem que ter adaptabilidade e ela teve adaptabilidade, conseguiu adaptabilidade. (Trecho de entrevista com um morador do Santa Marta)</span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Embora Priscilla tenha conseguido se adaptar bem ao ambiente da favela e soubesse “fazer política” como afirmou o morador do Santa Marta, não podemos ignorar que o acúmulo de funções colocava policiais, como ela, diante de certos riscos. Por isso, mais uma vez, julgo o caso da comandante exemplar porque ajuda a evidenciar alguns dos principais dilemas da “pacificação” de favelas no Rio de Janeiro.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Um desses dilemas era que o fato de ao reprimir continuamente a ação de “criminosos” na favela e, ao mesmo tempo tentar prevenir que novos jovens se envolvessem no “mundo do crime”, os policiais da UPP acabavam tendo que lidar com certas “tentações”. A principal delas talvez fosse a de transformar as ações sociais – como cursos, passeios e excursões – não apenas em dispositivos pedagógicos de “ensino” e de “aproximação”, mas também em mecanismos de “monitoramento”. Como aponta Teixeira (2015) existia o risco dos policiais da UPP transformarem os projetos sociais em uma forma sutil de vigilância e de controle, utilizando a aproximação com os moradores para se obter informações que podiam ajudar no trabalho policial realizado na favela:</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:10.0pt"><span style="font-family:">É possível pensar que o envolvimento de policiais militares com projetos sociais também poderia potencializar a operatividade do repertório da guerra, sofisticando-a: transformando alunos em informantes, através da manipulação das fronteiras entre os diferentes papéis em jogo. (Teixeira, 2015, p.94)</span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Os moradores de favelas “pacificadas” não ignoravam este risco. Eles sabiam, perfeitamente, que se participassem das atividades realizadas pela UPP na favela, os policiais podiam tentar “usá-los” para obter informações privilegiadas. E ainda que essa tentativa não fosse feita e o morador não passasse qualquer informação à polícia, todos corriam o risco de serem rotulados de “amiguinhos da Priscilla”. Rótulo esse que era considerado bastante arriscado, posto que significava incorrer no risco de ser tomado como um possível delator (“X9”).</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Todos na favela sabiam que o simples fato de participar de alguma atividade na UPP ou estabelecer qualquer tipo de contato com a comandante ou com outros PMs dentro do território das favelas “pacificadas” poderia gerar uma “contaminação”. Todos na favela sabiam também que este tipo de acusação poderia colocar a vida de qualquer morador em risco. Por isso, em muitas ocasiões, diversos moradores de áreas “pacificadas” preferiam evitar qualquer tipo de aproximação com a comandante Priscilla e com outros policiais da UPP.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Em julho de 2010, ocorreu um curso do Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD para Pais na sede da UPP do Santa Marta. Embora Priscilla tenha “recrutado” vários moradores para participar das aulas que ocorriam nas manhãs de sábado, o curso reuniu poucos alunos. Fui convidada por uma moradora que me relatou ter chamado muito mais gente do que apareceu no curso. Ela contou que as pessoas, ao serem convidadas, apresentaram uma forte desconfiança por se tratar de um curso situado dentro da sede da UPP.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Durante uma das aulas, o presidente da Associação de Moradores do Santa Marta também disse ter notado que isso ocorria e lamentou dizendo: “é uma pena porque o pessoal fica naquela neurose e não vem fazer os cursos porque é na UPP, aí não tem as informações que estamos tendo aqui”. Essa “neurose” à qual se refere Zé Mário, o presidente de Associação de Moradores do Santa Marta, resultava, por um lado, de um vasto elenco de experiências traumáticas passadas envolvendo atos violentos praticados por traficantes contra moradores no contexto pré-UPP. E, por outro, se calcava também na circulação de rumores sobre a forma como traficantes vinham atuando em territórios “pacificados”. Tal atuação foi tornando-se mais agressiva ao longo dos últimos anos.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">A “rotinização” do projeto das UPPs foi seguida de uma série elementos complexos como: a redução do número de policiais atuando nas favelas “pacificadas”; o “afrouxamento” do policiamento; o (re)fortalecimento do tráfico; o aumento da corrupção (que inicialmente parecia ser menos recorrente nas áreas com UPP); a (re)intensificação dos confrontos armados; assim como o aumento de casos de agressões e mortes violentas em áreas “pacificadas” praticadas tantos por traficantes como por policiais.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">A partir da intensificação da presença desses múltiplos elementos em áreas ditas “pacificadas”, começou a ganhar força, entre 2011 e 2012, a percepção de que tudo estava voltando a ser como antes da UPP. Tal percepção intensificou-se ainda mais em 2013 com o caso do desaparecimento do pedreiro Amarildo – que pode ser considerado como um marco desse novo momento da política de “pacificação”. Amarildo de Souza era morador da Rocinha e desapareceu depois de ser levado por policiais da UPP para prestar depoimento em julho de 2013. Apesar do corpo de Amarildo não ter sido encontrado, há fortes indícios de que ele foi torturado e assassinado por policiais. Este caso gerou uma grande comoção nacional. O questionamento “Cadê o Amarildo?” virou uma das principais bandeiras das manifestações que tomaram conta das ruas da cidade do Rio de Janeiro, de quase todas as capitais brasileiras e que ficaram conhecidas como as “Jornadas de Junho”.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">É interessante notar que, após a morte de Amarildo, Priscilla Azevedo foi convocada para assumir o comando da UPP na Rocinha. Ainda havia naquele momento uma esperança de que através do carisma pessoal da policial e de toda experiência que ela tinha acumulado ao longo dos anos que trabalhou no Santa Marta, ela poderia tentar reconquistar a confiança da população local no projeto das UPPs. Tal tentativa, no entanto, foi completamente frustrada, já que nesse momento não parecia mais haver qualquer possibilidade de os moradores quererem se aproximar da “polícia de proximidade”.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">O caso Amarildo abriu espaço para um amplo questionamento das UPPs, quebrando o consenso que parecia existir em torno do sucesso do projeto dentro e fora das favelas. Isso porque ele mostrou na prática como o medo dos moradores de se aproximar da polícia não envolvia só uma “neurose”. Tal aproximação, </span><span lang="ES-AR" style="font-family:">diferentemente das brilhantes análises goffmanianas, poderia gerar não o risco de “perder a face” (GOFFMAN, 1967), mas principalmente o risco de perder a própria vida. </span><span lang="PT-BR" style="font-family:">Portanto, este caso contribuiu para que a aproximação entre moradores e policiais em áreas com UPP se tornasse ainda menos provável e o chamado “policiamento de proximidade” ainda mais impossível.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> | <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">O caso da comandante Priscilla pode ser considerado “bom para pensar” porque através de seu carisma e de sua forma de atuar, ela sintetizava, em alguma medida, o próprio “espírito” do projeto das UPPs e os dilemas da “pacificação”. Isso porque, a policial conseguia, ao mesmo tempo, realizar uma ação mais preventiva na favela, fazendo o trabalho “social” e mediando conflitos no Santa Marta, mas não deixava de lado as ações repressivas “agindo com rigor quando necessário”. Ela era doce e delicada com crianças, idosos e “pessoas de bem”, fazendo um trabalho de aproximação e prevenção. Mas, ao mesmo tempo, mostrava seu “ethos guerreiro” (CECCHETTO, 2004; ZALUAR, 2004, SOARES, 2000) e agia com “firmeza” com “quem merecia”. Como explicou um morador do Santa Marta:</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:10.0pt"><span style="font-family:">Poxa, com as senhoras e as crianças a Priscila era unanimidade. Ela sabe fazer política. Na primeira operação aqui, ela passou uma geral no morro (...) ela foi na associação da terceira idade, ela foi na rádio interagir com o pessoal, debater. Isso é política... Quer dizer, está certo que, às vezes, tem que dar uns tapas mesmo, para ter respeito. Tem gente que é abusada. Até no hospital mesmo, tem gente lá com a seringa na veia e xinga a mãe do médico. Aqui é: “Ah, você vai bater em mim? Eu sou morador!”. É questão cultural, moral e cívica, não é? É aquele negócio: ao invés de ser uma batalha, tem que ter adaptabilidade e ela teve adaptabilidade, conseguiu adaptabilidade. (Trecho de entrevista com um morador do Santa Marta)</span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Embora Priscilla tenha conseguido se adaptar bem ao ambiente da favela e soubesse “fazer política” como afirmou o morador do Santa Marta, não podemos ignorar que o acúmulo de funções colocava policiais, como ela, diante de certos riscos. Por isso, mais uma vez, julgo o caso da comandante exemplar porque ajuda a evidenciar alguns dos principais dilemas da “pacificação” de favelas no Rio de Janeiro.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Um desses dilemas era que o fato de ao reprimir continuamente a ação de “criminosos” na favela e, ao mesmo tempo tentar prevenir que novos jovens se envolvessem no “mundo do crime”, os policiais da UPP acabavam tendo que lidar com certas “tentações”. A principal delas talvez fosse a de transformar as ações sociais – como cursos, passeios e excursões – não apenas em dispositivos pedagógicos de “ensino” e de “aproximação”, mas também em mecanismos de “monitoramento”. Como aponta Teixeira (2015) existia o risco dos policiais da UPP transformarem os projetos sociais em uma forma sutil de vigilância e de controle, utilizando a aproximação com os moradores para se obter informações que podiam ajudar no trabalho policial realizado na favela:</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:10.0pt"><span style="font-family:">É possível pensar que o envolvimento de policiais militares com projetos sociais também poderia potencializar a operatividade do repertório da guerra, sofisticando-a: transformando alunos em informantes, através da manipulação das fronteiras entre os diferentes papéis em jogo. (Teixeira, 2015, p.94)</span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Os moradores de favelas “pacificadas” não ignoravam este risco. Eles sabiam, perfeitamente, que se participassem das atividades realizadas pela UPP na favela, os policiais podiam tentar “usá-los” para obter informações privilegiadas. E ainda que essa tentativa não fosse feita e o morador não passasse qualquer informação à polícia, todos corriam o risco de serem rotulados de “amiguinhos da Priscilla”. Rótulo esse que era considerado bastante arriscado, posto que significava incorrer no risco de ser tomado como um possível delator (“X9”).</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Todos na favela sabiam que o simples fato de participar de alguma atividade na UPP ou estabelecer qualquer tipo de contato com a comandante ou com outros PMs dentro do território das favelas “pacificadas” poderia gerar uma “contaminação”. Todos na favela sabiam também que este tipo de acusação poderia colocar a vida de qualquer morador em risco. Por isso, em muitas ocasiões, diversos moradores de áreas “pacificadas” preferiam evitar qualquer tipo de aproximação com a comandante Priscilla e com outros policiais da UPP.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Em julho de 2010, ocorreu um curso do Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD para Pais na sede da UPP do Santa Marta. Embora Priscilla tenha “recrutado” vários moradores para participar das aulas que ocorriam nas manhãs de sábado, o curso reuniu poucos alunos. Fui convidada por uma moradora que me relatou ter chamado muito mais gente do que apareceu no curso. Ela contou que as pessoas, ao serem convidadas, apresentaram uma forte desconfiança por se tratar de um curso situado dentro da sede da UPP.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Durante uma das aulas, o presidente da Associação de Moradores do Santa Marta também disse ter notado que isso ocorria e lamentou dizendo: “é uma pena porque o pessoal fica naquela neurose e não vem fazer os cursos porque é na UPP, aí não tem as informações que estamos tendo aqui”. Essa “neurose” à qual se refere Zé Mário, o presidente de Associação de Moradores do Santa Marta, resultava, por um lado, de um vasto elenco de experiências traumáticas passadas envolvendo atos violentos praticados por traficantes contra moradores no contexto pré-UPP. E, por outro, se calcava também na circulação de rumores sobre a forma como traficantes vinham atuando em territórios “pacificados”. Tal atuação foi tornando-se mais agressiva ao longo dos últimos anos.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">A “rotinização” do projeto das UPPs foi seguida de uma série elementos complexos como: a redução do número de policiais atuando nas favelas “pacificadas”; o “afrouxamento” do policiamento; o (re)fortalecimento do tráfico; o aumento da corrupção (que inicialmente parecia ser menos recorrente nas áreas com UPP); a (re)intensificação dos confrontos armados; assim como o aumento de casos de agressões e mortes violentas em áreas “pacificadas” praticadas tantos por traficantes como por policiais.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">A partir da intensificação da presença desses múltiplos elementos em áreas ditas “pacificadas”, começou a ganhar força, entre 2011 e 2012, a percepção de que tudo estava voltando a ser como antes da UPP. Tal percepção intensificou-se ainda mais em 2013 com o caso do desaparecimento do pedreiro Amarildo – que pode ser considerado como um marco desse novo momento da política de “pacificação”. Amarildo de Souza era morador da Rocinha e desapareceu depois de ser levado por policiais da UPP para prestar depoimento em julho de 2013. Apesar do corpo de Amarildo não ter sido encontrado, há fortes indícios de que ele foi torturado e assassinado por policiais. Este caso gerou uma grande comoção nacional. O questionamento “Cadê o Amarildo?” virou uma das principais bandeiras das manifestações que tomaram conta das ruas da cidade do Rio de Janeiro, de quase todas as capitais brasileiras e que ficaram conhecidas como as “Jornadas de Junho”.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">É interessante notar que, após a morte de Amarildo, Priscilla Azevedo foi convocada para assumir o comando da UPP na Rocinha. Ainda havia naquele momento uma esperança de que através do carisma pessoal da policial e de toda experiência que ela tinha acumulado ao longo dos anos que trabalhou no Santa Marta, ela poderia tentar reconquistar a confiança da população local no projeto das UPPs. Tal tentativa, no entanto, foi completamente frustrada, já que nesse momento não parecia mais haver qualquer possibilidade de os moradores quererem se aproximar da “polícia de proximidade”.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">O caso Amarildo abriu espaço para um amplo questionamento das UPPs, quebrando o consenso que parecia existir em torno do sucesso do projeto dentro e fora das favelas. Isso porque ele mostrou na prática como o medo dos moradores de se aproximar da polícia não envolvia só uma “neurose”. Tal aproximação, </span><span lang="ES-AR" style="font-family:">diferentemente das brilhantes análises goffmanianas, poderia gerar não o risco de “perder a face” (GOFFMAN, 1967), mas principalmente o risco de perder a própria vida. </span><span lang="PT-BR" style="font-family:">Portanto, este caso contribuiu para que a aproximação entre moradores e policiais em áreas com UPP se tornasse ainda menos provável e o chamado “policiamento de proximidade” ainda mais impossível.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> | ||
= '''<span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Referências Bibliográficas</span></span>''' = | = '''<span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">Referências Bibliográficas</span></span>''' = | ||
<p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">BARBOSA, Antonio Rafael. 2012. "Considerações introdutórias sobre territorialidade e mercado na conformação das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro". Revista Brasileira de Segurança Pública, 6: p. 256 – 265.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">BAUTÈS, Nicolas; GONÇALVES, Rafael Soares. </span><span style="font-family:">2011. "Sécuriser l'espace des pauvres/Improving Security in Poor Areas". Revue Justice Spatiale / Spatial Justice, v. 4, p. 1-20, 2011.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">BELTRAME, José Mariano. </span><span lang="PT-BR" style="font-family:">2014. Todo dia é segunda-feira. Rio de Janeiro: Sextante. </span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">CANO, Ignacio; BORGES, Doriam; RIBEIRO, Eduardo. 2012. Os donos do morro: uma análise exploratória do impacto das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro. São Paulo: Forum Brasileiro de Segurança Pública.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">CUNHA, Neiva Vieira da; MELLO, Marco Antonio da Silva. 2011. Novos conflitos na cidade: A UPP e o processo de urbanização na favela. Dilemas: Revista de estudos de conflito e controle social, Rio de Janeiro, v. 4, n. 3, p. 371-401,</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">DAS, Veena; POOLE, Deborah. 2004. Anthropology in the margins of the State. </span><span lang="PT-BR" style="font-family:">New Delhi: Oxford University Press.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">DAVIES, F. A. 2014. “Rituais de pacificação: uma análise das reuniões organizadas pelos comandos das UPPs”. Revista Brasileira de Segurança Pública, 8(1): 24-46.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 2012. ‘Os donos do morro’: uma avaliação exploratória do impacto das Unidades de Polícia Pacificadora (Upps) no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Mimeo.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">GOFFMAN, Erving. 2009. A Representação do Eu na Vida Cotidiana. </span><span style="font-family:">Petrópolis: Vozes.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">________________. 1967. Interaction Ritual. Garden City, NY: Anchor Books.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">HENRIQUES, R.; RAMOS, S. UPP social: ações sociais para a consolidação da pacificação. In: URANI, A.; GIAMBIAGI, F. (Orgs.). Rio: a hora da virada. </span><span style="font-family:">Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2011.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">LEITE, Márcia Pereira. 2014. “Entre a 'guerra' e a 'paz': Unidades de Polícia Pacificadora e gestão dos territórios de favela no Rio de Janeiro”. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 7: 625-642.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">__________________. 2012. "Da ‘metáfora da guerra’ ao projeto de ‘pacificação’: favelas e políticas de segurança pública no Rio de Janeiro”. Revista Brasileira de Segurança Pública, 6(2): 327 - 388.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MACHADO DA SILVA, Luiz Antonio. 2015. "A experiência das UPPs: Uma tomada de posição". Dilemas: 7-24.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">_________________________________. 2013. "O controle do crime violento no Rio de Janeiro". Le Monde Diplomatique (Brasil), 6: 6-7.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">_________________________________. 2010. "Violência urbana", segurança pública e favelas: o caso do Rio de Janeiro atual. Caderno CRH, 23(59), 283-300.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">_________________________________. (org.). 2008. Vida sob cerco: violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MENEZES, Palloma. no prelo. “Monitorar, negociar e confrontar: as (re)definições na gestão dos ilegalismos em favelas ‘pacificadas’. Tempo Social (no prelo).</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">____. 2016. “La « pacification » et ses rumeurs : les incidences des Unités de Police Pacificatrices sur les problèmes publics dans les favelas de Rio de Janeiro”. Contextes (Liege), 28: 1-16.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">_______________. 2015. Entre o “fogo cruzado” e o “campo minado”: uma etnografia do processo de “pacificação” de favelas cariocas. Tese (Doutorado em Sociologia). Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MISSE, Daniel. 2014. "Cinco anos de UPP: Um breve balanço". Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 7, n. 3, p. 675-700.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">____. 2010 “Policiamento comunitário no Rio de Janeiro: GPAE e UPP, continuidade desconti- nuada?”. Anais do XIX Congresso Nacional do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (Conpedi), Florianópolis (SC), Vol. 1. Florianópolis, Fundação Boiteux. Mimeo.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MOURÃO, Barbara. 2013. Uma polícia de que UPPs gênero? Relatório Parcial de Pesquisa, Rio de Janeiro. Mimeo.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MUSUMECI, Leonarda; MOURÃO, Barbara. M.; LEMGRUBER, Julita; RAMOS, Silvia. 2013. “Ser policial de UPP: Aproximações e resistências”. Boletim Segurança e Cidadania, 14: 1-28.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">OLIVEIRA, Fabiana Luci de e ABRAMOVAY, Pedro Vieira. 2012. As UPPs e o longo caminho para a cidadania nas favelas do Rio de Janeiro. In: OLIVEIRA, F. L. de et al. UPPs, direitos e justiça: Um estudo de caso das favelas do Vidigal e do Cantagalo. Rio de Janeiro, FGV, p. 123-47.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">OLIVEIRA, João Pacheco de. 2013. Pacificação e tutela militar na gestão de populações e territórios. Mana. 2014, vol.20, n.1, pp. 125-161.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">OST, Sabrina; FLEURY, Sonia. 2013. "O mercado sobe o morro: a cidadania desce? Efeitos socioeconômicos da pacificação no Santa Marta". Dados, , vol.56, n.3, pp.635- 671.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">RESENDE, Leandro. 2014. Por que Amarildo? Resquícios Autoritários em Tempos Democráticos. Monografia defendida na Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">RIBEIRO, Camila; DIAS, Rafael; CARVALHO, Sandra. 2008. Discursos e práticas na construção de uma política de segurança: O caso do governo Sérgio Cabral Filho (2007- 2008). In: Segurança, tráfico e milícia no Rio de Janeiro /organização, Justiça Global. - Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2008, p. 6-15.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">ROCHA, Adair. 2005. Cidade Cerzida: A costura da cidadania no Santa Marta. Rio de Janeiro: Editora Museu da República.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">ROCHA, Lia de Mattos; PALERMO, Luís Cláudio. 2015. "‘O morro está na calmaria’: mídia impressa e o repertório da paz no contexto da pacificação". Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 8, n. 1, p. 25-40.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">RODRIGUES, André; SIQUEIRA, Raíza; LISSOVSKY, Maurício. 2012. "Unidades de Polícia Pacificadora: debates e reflexões". </span><span style="font-family:">Comunicações do ISER, 67(31).</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">ROSE, Arnold. 1940. A study of rumor. Unpublished Master’s Thesis, University of Chicago.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">SOARES, Barbara; MUSUMECI, Leonarda. </span><span lang="PT-BR" style="font-family:">2005. Mulheres policiais: presença feminina na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">________________. 2012. Unidades de Polícia Pacificadora: o que pensam os policiais, Ano II. </span><span lang="ES-AR" style="font-family:">Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: CESeC/Ucam.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">WEBER, Max. 2004. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de Brasília; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.</span></span></p> | <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">BARBOSA, Antonio Rafael. 2012. "Considerações introdutórias sobre territorialidade e mercado na conformação das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro". Revista Brasileira de Segurança Pública, 6: p. 256 – 265.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">BAUTÈS, Nicolas; GONÇALVES, Rafael Soares. </span><span style="font-family:">2011. "Sécuriser l'espace des pauvres/Improving Security in Poor Areas". Revue Justice Spatiale / Spatial Justice, v. 4, p. 1-20, 2011.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">BELTRAME, José Mariano. </span><span lang="PT-BR" style="font-family:">2014. Todo dia é segunda-feira. Rio de Janeiro: Sextante. </span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">CANO, Ignacio; BORGES, Doriam; RIBEIRO, Eduardo. 2012. Os donos do morro: uma análise exploratória do impacto das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro. São Paulo: Forum Brasileiro de Segurança Pública.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">CUNHA, Neiva Vieira da; MELLO, Marco Antonio da Silva. 2011. Novos conflitos na cidade: A UPP e o processo de urbanização na favela. Dilemas: Revista de estudos de conflito e controle social, Rio de Janeiro, v. 4, n. 3, p. 371-401,</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">DAS, Veena; POOLE, Deborah. 2004. Anthropology in the margins of the State. </span><span lang="PT-BR" style="font-family:">New Delhi: Oxford University Press.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">DAVIES, F. A. 2014. “Rituais de pacificação: uma análise das reuniões organizadas pelos comandos das UPPs”. Revista Brasileira de Segurança Pública, 8(1): 24-46.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 2012. ‘Os donos do morro’: uma avaliação exploratória do impacto das Unidades de Polícia Pacificadora (Upps) no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Mimeo.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">GOFFMAN, Erving. 2009. A Representação do Eu na Vida Cotidiana. </span><span style="font-family:">Petrópolis: Vozes.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">________________. 1967. Interaction Ritual. Garden City, NY: Anchor Books.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">HENRIQUES, R.; RAMOS, S. UPP social: ações sociais para a consolidação da pacificação. In: URANI, A.; GIAMBIAGI, F. (Orgs.). Rio: a hora da virada. </span><span style="font-family:">Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2011.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">LEITE, Márcia Pereira. 2014. “Entre a 'guerra' e a 'paz': Unidades de Polícia Pacificadora e gestão dos territórios de favela no Rio de Janeiro”. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 7: 625-642.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">__________________. 2012. "Da ‘metáfora da guerra’ ao projeto de ‘pacificação’: favelas e políticas de segurança pública no Rio de Janeiro”. Revista Brasileira de Segurança Pública, 6(2): 327 - 388.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MACHADO DA SILVA, Luiz Antonio. 2015. "A experiência das UPPs: Uma tomada de posição". Dilemas: 7-24.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">_________________________________. 2013. "O controle do crime violento no Rio de Janeiro". Le Monde Diplomatique (Brasil), 6: 6-7.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">_________________________________. 2010. "Violência urbana", segurança pública e favelas: o caso do Rio de Janeiro atual. Caderno CRH, 23(59), 283-300.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">_________________________________. (org.). 2008. Vida sob cerco: violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MENEZES, Palloma. no prelo. “Monitorar, negociar e confrontar: as (re)definições na gestão dos ilegalismos em favelas ‘pacificadas’. Tempo Social (no prelo).</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">____. 2016. “La « pacification » et ses rumeurs : les incidences des Unités de Police Pacificatrices sur les problèmes publics dans les favelas de Rio de Janeiro”. Contextes (Liege), 28: 1-16.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">_______________. 2015. Entre o “fogo cruzado” e o “campo minado”: uma etnografia do processo de “pacificação” de favelas cariocas. Tese (Doutorado em Sociologia). Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MISSE, Daniel. 2014. "Cinco anos de UPP: Um breve balanço". Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 7, n. 3, p. 675-700.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">____. 2010 “Policiamento comunitário no Rio de Janeiro: GPAE e UPP, continuidade desconti- nuada?”. Anais do XIX Congresso Nacional do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (Conpedi), Florianópolis (SC), Vol. 1. Florianópolis, Fundação Boiteux. Mimeo.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MOURÃO, Barbara. 2013. Uma polícia de que UPPs gênero? Relatório Parcial de Pesquisa, Rio de Janeiro. Mimeo.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">MUSUMECI, Leonarda; MOURÃO, Barbara. M.; LEMGRUBER, Julita; RAMOS, Silvia. 2013. “Ser policial de UPP: Aproximações e resistências”. Boletim Segurança e Cidadania, 14: 1-28.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">OLIVEIRA, Fabiana Luci de e ABRAMOVAY, Pedro Vieira. 2012. As UPPs e o longo caminho para a cidadania nas favelas do Rio de Janeiro. In: OLIVEIRA, F. L. de et al. UPPs, direitos e justiça: Um estudo de caso das favelas do Vidigal e do Cantagalo. Rio de Janeiro, FGV, p. 123-47.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">OLIVEIRA, João Pacheco de. 2013. Pacificação e tutela militar na gestão de populações e territórios. Mana. 2014, vol.20, n.1, pp. 125-161.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">OST, Sabrina; FLEURY, Sonia. 2013. "O mercado sobe o morro: a cidadania desce? Efeitos socioeconômicos da pacificação no Santa Marta". Dados, , vol.56, n.3, pp.635- 671.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">RESENDE, Leandro. 2014. Por que Amarildo? Resquícios Autoritários em Tempos Democráticos. Monografia defendida na Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">RIBEIRO, Camila; DIAS, Rafael; CARVALHO, Sandra. 2008. Discursos e práticas na construção de uma política de segurança: O caso do governo Sérgio Cabral Filho (2007- 2008). In: Segurança, tráfico e milícia no Rio de Janeiro /organização, Justiça Global. - Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2008, p. 6-15.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">ROCHA, Adair. 2005. Cidade Cerzida: A costura da cidadania no Santa Marta. Rio de Janeiro: Editora Museu da República.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">ROCHA, Lia de Mattos; PALERMO, Luís Cláudio. 2015. "‘O morro está na calmaria’: mídia impressa e o repertório da paz no contexto da pacificação". Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 8, n. 1, p. 25-40.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">RODRIGUES, André; SIQUEIRA, Raíza; LISSOVSKY, Maurício. 2012. "Unidades de Polícia Pacificadora: debates e reflexões". </span><span style="font-family:">Comunicações do ISER, 67(31).</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">ROSE, Arnold. 1940. A study of rumor. Unpublished Master’s Thesis, University of Chicago.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span style="font-family:">SOARES, Barbara; MUSUMECI, Leonarda. </span><span lang="PT-BR" style="font-family:">2005. Mulheres policiais: presença feminina na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">________________. 2012. Unidades de Polícia Pacificadora: o que pensam os policiais, Ano II. </span><span lang="ES-AR" style="font-family:">Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: CESeC/Ucam.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-family:">WEBER, Max. 2004. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora Universidade de Brasília; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.</span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"> </p> | ||
[[Category:Polícia]][[Category:UPP]][[Category:Segurança]][[Category:Violência]] | |||
