Chacinas/Chacina de Acari: mudanças entre as edições
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Origem: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Chacina_de_Acari Wikipédia, a enciclopédia livre]. | |||
= Introdução = | |||
A Chacina de Acari ocorreu em 26 de julho de 1990, quando 11 jovens, sendo 7 menores, da favela do Acari no Rio de Janeiro, foram retirados de um sítio em Suruí, bairro de Magé, onde passavam o dia, por um grupo que se identificava como sendo policiais. A história das mães dos garotos desaparecidos que buscam justiça foi contada no livro "Mães de Acari", do jornalista Carlos Nobre. O caso está na lista da Superinteressante (2015) de "5 crimes que chocaram o Brasil na década de 1990". | |||
= História = | |||
== O crime == | |||
Os sequestradores queriam joias e dinheiro, e após supostamente negociarem a libertação por meio de pagamento, durante cerca de uma hora, segundo a única testemunha do caso, Dona Laudicena, já falecida, os sequestradores levaram as 11 vítimas a um local abandonado. Nem seus corpos, até hoje, foram encontrados. As mães dos desaparecidos começaram uma busca pelos filhos e por justiça, e ficaram conhecidas como Mães de Acari. Em 1993, Edméa da Silva Euzébio, uma das mães, foi assassinada quando buscava informações sobre o paradeiro do filho, Luiz Henrique da Silva Euzébio. O inquérito policial, sob o número 07/98, na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, foi encerrado por falta de provas em 2010, e ninguém foi indiciado. | |||
== Assassinato == | |||
Uma das mães, Edméa da Silva e Sheila da Conceição foi assassinada em 20 de julho de 1993, por ter conseguido novas provas sobre o caso. Segundo uma denúncia apresentada na justiça em 2014, o crime teria sido ordenado pelo coronel e ex-deputado reformado da PM e ex-deputado estadual Emir Campos Larangeira, também foram réus os Policiais Militares Eduardo José Rocha Creazola, o "Rambo", Arlindo Maginário Filho, Adilson Saraiva Hora, o "Tula" e Irapuã Ferreira; o ex-PM Pedro Flávio Costa e o servidor municipal Luiz Cláudio de Souza, o "Mamãe" ou "Badi" e o agente penitenciário Washington Luiz Ferreira dos Santos, este último o processo foi desmembrado do principal e entrou na fase de produção de provas.[5] Segundo o Ministério Público, os acusados formavam um grupo conhecido como "Cavalos Corredores", liderado pelo coronel Emir Larangeira, agindo com mais frequência na década de 90, época que o oficial comandou o 9º BPM (Rocha Miranda). Foi informado em março de 2019 que sete dos acusados vão a júri popular. | |||
= Filme = | |||
A exibição do filme "[[Luto_como_mãe_(documentário)|Luto como mãe]]", em 24 de julho de 2010, na quadra da Escola de Samba Favo de Acari, marcou os 20 anos da chacina e trouxe de São Paulo as Mães de Maio, cujos filhos sumiram em circunstâncias semelhantes. O promotor Rogério Scatamburlo, coordenador do Centro Integrado de Apurações Criminais (Ciac), disse que vai checar a existência do inquérito na Deac da 6ª DP e o depoimento da testemunha sobre o caso de Acari. | |||
= Os sequestrados = | |||
#Viviane Rocha, 13 anos | |||
#Cristiane Souza Leite, 16 anos | |||
#Wudson de Souza, 16 anos | |||
#Wallace do Nascimento, 17 anos | |||
#Antônio Carlos da Silva, 17 anos | |||
#Luiz Henrique Euzébio, 17 anos | |||
#Edson de Souza, 17 anos | |||
#Rosana Lima de Souza, 18 anos | |||
#Moisés dos Santos Cruz, 31 anos | |||
#Luiz Carlos Vasconcelos de Deus (vulgo Lula), 37 anos | |||
#Edio do Nascimento, 41 anos | |||
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= Sobre a Chacina de Acari = | |||
'''Autores: Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência.''' | '''Autores: Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência.''' | ||
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[[Category:Violência]][[Category:Segurança Pública]][[Category:Chacinas]][[Category:Extermínio]][[Category:Direitos Humanos]] | [[Category:Violência]] [[Category:Segurança Pública]] [[Category:Chacinas]] [[Category:Extermínio]] [[Category:Direitos Humanos]] | ||
