Curso de Comunicação Popular do NPC: mudanças entre as edições
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'''Autor: Núcleo Piratininga de Comunicação''' | |||
O Curso de Comunicação Popular do Núcleo Piratininga de Comunicação promove, anualmente, a integração de cerca de 40 jovens, entre 17 e 30 anos. São moradores de bairros da periferia e das favelas da região do Grande Rio e de municípios vizinhos, estudantes de comunicação, jornalistas recém-formados, participantes de movimentos sociais e de coletivos de comunicação popular. | |||
Ele foi criado em 2015, depois da aproximação do NPC com as mães dos jovens assassinados na Chacina do Borel em 2003. | |||
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Em 2019, o curso chegou à sua 14ª edição. Nesse ano recebemos mais de 200 fichas de inscrição. Numa conjuntura difícil como a que todos nós estamos inseridos, optamos por misturar no cotidiano das aulas lições práticas sobre o uso da comunicação com a formação política. Consideramos essa junção fundamental para avançar na formação de cada um, qualificar suas atividades junto aos seus coletivos e estimular uma maior articulação entre esses militantes. Abrimos as atividades com aulas sobre História da Imprensa no Brasil, com Claudia Santiago, e Comunicação Popular por Quem Faz, com comunicadores populares do Complexo do Alemão, Cidade de Deus e da Rocinha. | |||
Trabalhamos valores como a solidariedade, a conquista de direitos sociais, o respeito ao meio ambiente, a ideia de igualdade entre mulheres e homens, o combate ao racismo, o respeito às culturas tradicionais e a denúncia da violência do Estado nas favelas. | |||
O fortalecimento da Comunicação Popular se mostra cada vez mais importante. É através dela que é possível o amadurecimento dos laços comunitários e o desenvolvimento de uma consciência coletiva a partir da emergência de temas comuns, da representatividade e da construção de um projeto coletivo para gestão do espaço público e dos bens comuns. | |||
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Além de produtores de conteúdo, os comunicadores populares são multiplicadores tanto daquilo que produzem – para dentro e para fora do local onde atuam –, quanto dos saberes adquiridos ao longo do processo de formação. | |||
Sua dinâmica é composta por aulas, atividades de campo, reuniões, pesquisas, publicações impressas e virtuais. Para as turmas novas, o conteúdo programático apresentado ao longo dos meses é definido pela equipe do NPC em conjunto com a rede de professores/monitores que trabalham de forma conjunta. São mais de 120 horas de aula ao longo dos meses. | |||
No caso de turmas avançadas, compostas por ex-alunos, o conteúdo é definido junto aos participantes, em reuniões que acontecem nos meses que antecedem o início das aulas. No total, são 50 horas-aulas realizadas em espaços articulados pelos alunos ou pela equipe do NPC. | |||
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Ao final das aulas, os alunos produzem o jornal impresso Vozes das Comunidades. Eles decidem a pauta, escrevem, revisam as matérias e fazem a diagramação. Tudo a partir do que acumularam ao longo do curso. A distribuição do jornal é feita no ato “Grito dos Excluídos”, que acontece anualmente em 7 de setembro, como uma manifestação dos movimentos sociais paralela ao desfile militar oficial. | |||
Uma das principais marcas da relação entre aulas e turma é a curiosidade. Em praticamente todos os encontros, depois do fim da aula os professores são abordados por alunos em busca de mais informações ou ajuda para suas próprias atividades. | |||
Cada aluno chega ao curso com uma trajetória e uma experiência, mas é a sistematização e a ampliação dos saberes num ambiente compartilhado que propicia uma troca enriquecedora. | |||
Ao longo dos anos os alunos mantém ativo o '''Blog Vozes das Comunidades '''(atualmente em manutenção), onde podem publicar seus textos e também textos que considerem relevante para o coletivo. | |||
Há também um grupo de Whatsapp através do qual acompanhamos nossas atividades, planejamos ações conjuntas e debetemos os acontecimentos no Rio e no Brasil. | |||
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[[Category:Movimentos sociais]][[Category:Comunicação Popular]][[Category:Temática - Mídia e Comunicação]] | |||
