Complexos de Favelas: mudanças entre as edições

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'''Autor: Thiago Oliveira Lima Matiolli<ref>Sociólogo e membro do Instituto Raízes em Movimento.</ref> .&nbsp;'''
Autor:&nbsp;[[Usuário:Thiago_Matiolli|Thiago Matiolli]]
 
== Introdução ==


<span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">De uns tempos para cá, o uso da noção de “comple</span></span></span></span></span></span></span>xo” para se tratar de algumas favelas da cidade do Rio de Janeiro - e mesmo de outro municípios próximos, como os da Baixada Fluminense - se tornou comum. Apenas para citar alguns deles: Complexo do Alemão, da Maré, da Penha, de Manguinhos, de Acari, da Pedreira, do Chapadão e por aí vai. Está presente no vocabulário de acadêmicos, agentes públicos, atores políticos, jornalistas e de cariocas em geral. Em alguma medida, ela acabou se somando a certas discussões, mais ou menos formais, sobre a nomeação de certos espaços da cidade: favelas, comunidades ou, de algum tempo pra cá, complexos de favelas (entre outras possibilidades)?&nbsp;
<span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">De uns tempos para cá, o uso da noção de “comple</span></span></span></span></span></span></span>xo” para se tratar de algumas favelas da cidade do Rio de Janeiro - e mesmo de outro municípios próximos, como os da Baixada Fluminense - se tornou comum. Apenas para citar alguns deles: Complexo do Alemão, da Maré, da Penha, de Manguinhos, de Acari, da Pedreira, do Chapadão e por aí vai. Está presente no vocabulário de acadêmicos, agentes públicos, atores políticos, jornalistas e de cariocas em geral. Em alguma medida, ela acabou se somando a certas discussões, mais ou menos formais, sobre a nomeação de certos espaços da cidade: favelas, comunidades ou, de algum tempo pra cá, complexos de favelas (entre outras possibilidades)?&nbsp;
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Isto posto, e evitando fazer denúncia fundadas numa dicotomia imaginária, nas próximas seções, vamos fazer uma análise socio-histórica da noção de “complexo”, não para resolver de vez essa questão, mas para trazer contribuições para o debate.&nbsp;
Isto posto, e evitando fazer denúncia fundadas numa dicotomia imaginária, nas próximas seções, vamos fazer uma análise socio-histórica da noção de “complexo”, não para resolver de vez essa questão, mas para trazer contribuições para o debate.&nbsp;


'''Como urbanizar?&nbsp;'''
== Como urbanizar? ==


A virada da década de 1970 para a de 1980 já é reconhecida como período no qual a solução governamental para o problema das favelas no Rio de Janeiro passou a ser sua urbanização, preterindo as remoções. Essa história está muito bem documentada em diversos trabalhos, como pode ser visto, entre outros, em Valla (1986), Burgos (1998), Machado da Silva (2002), Valladares (2005) e Gonçalves (2013). Mas, pouco se estudou um efeito mais sutil dessa mudança de diretriz, qual seja, a questão que se colocou para os órgãos do governo municipal: como urbanizar? Em torno desta pergunta vão se articular três aspectos da política urbana carioca no início dos anos 1980: a formação de um novo quadro técnico e a produção massiva de conhecimento sobre as favelas; o desenvolvimento de uma nova forma de entender esses espaços, como aglomerados (conurbações de favelas); e a incidência da ação das agências multilaterais no surgimento de uma nova etapa do problema da favela. Aqui trataremos apenas do segundo aspecto, pois é desta perspectiva que a noção de “complexo” aplicada a determinadas favelas vai ser desenvolvida.&nbsp;
A virada da década de 1970 para a de 1980 já é reconhecida como período no qual a solução governamental para o problema das favelas no Rio de Janeiro passou a ser sua urbanização, preterindo as remoções. Essa história está muito bem documentada em diversos trabalhos, como pode ser visto, entre outros, em Valla (1986), Burgos (1998), Machado da Silva (2002), Valladares (2005) e Gonçalves (2013). Mas, pouco se estudou um efeito mais sutil dessa mudança de diretriz, qual seja, a questão que se colocou para os órgãos do governo municipal: como urbanizar? Em torno desta pergunta vão se articular três aspectos da política urbana carioca no início dos anos 1980: a formação de um novo quadro técnico e a produção massiva de conhecimento sobre as favelas; o desenvolvimento de uma nova forma de entender esses espaços, como aglomerados (conurbações de favelas); e a incidência da ação das agências multilaterais no surgimento de uma nova etapa do problema da favela. Aqui trataremos apenas do segundo aspecto, pois é desta perspectiva que a noção de “complexo” aplicada a determinadas favelas vai ser desenvolvida.&nbsp;
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|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | Ordem
| style="width: 47px; text-align: center;" | Ordem
| style="width: 271px; text-align: center;" | Nome
| style="width: 295px; text-align: center;" | Nome
| style="width: 60px; text-align: center;" | R.A
| style="width: 47px; text-align: center;" | R.A
| style="width: 99px; text-align: center;" | População
| style="width: 88px; text-align: center;" | População
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 1
| style="width: 47px; text-align: center;" |
| style="width: 271px;" | Rocinha
| style="width: 295px;" | Rocinha
| style="width: 60px; text-align: center;" | VI
| style="width: 47px; text-align: center;" | VI
| style="width: 99px; text-align: right;" | 32.996
| style="width: 88px; text-align: right;" | 32.996
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 2
| style="width: 47px; text-align: center;" |
| style="width: 271px;" | Jacarezinho
| style="width: 295px;" | Jacarezinho
| style="width: 60px; text-align: center;" | XII
| style="width: 47px; text-align: center;" | XII
| style="width: 99px; text-align: right;" | 31.405
| style="width: 88px; text-align: right;" | 31.405
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 3
| style="width: 47px; text-align: center;" |
| style="width: 271px;" | Nova Brasília
| style="width: 295px;" | Nova Brasília
| style="width: 60px; text-align: center;" | XII
| style="width: 47px; text-align: center;" | XII
| style="width: 99px; text-align: right;" | 19.909
| style="width: 88px; text-align: right;" | 19.909
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 4
| style="width: 47px; text-align: center;" |
| style="width: 271px;" | Vila do Vintém
| style="width: 295px;" | Vila do Vintém
| style="width: 60px; text-align: center;" | XVII
| style="width: 47px; text-align: center;" | XVII
| style="width: 99px; text-align: right;" | 15.877
| style="width: 88px; text-align: right;" | 15.877
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 5
| style="width: 47px; text-align: center;" |
| style="width: 271px;" | Gleba I da antiga Fazenda Botafogo
| style="width: 295px;" | Gleba I da antiga Fazenda Botafogo
| style="width: 60px; text-align: center;" | XXII
| style="width: 47px; text-align: center;" | XXII
| style="width: 99px; text-align: right;" | 14.721
| style="width: 88px; text-align: right;" | 14.721
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 6
| style="width: 47px; text-align: center;" |
| style="width: 271px;" | Fazenda Coqueiro
| style="width: 295px;" | Fazenda Coqueiro
| style="width: 60px; text-align: center;" | XVII
| style="width: 47px; text-align: center;" | XVII
| style="width: 99px; text-align: right;" | 14.115
| style="width: 88px; text-align: right;" | 14.115
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 7
| style="width: 47px; text-align: center;" |
| style="width: 271px;" | Maré
| style="width: 295px;" | Maré
| style="width: 60px; text-align: center;" | X
| style="width: 47px; text-align: center;" | X
| style="width: 99px; text-align: right;" | 14.046
| style="width: 88px; text-align: right;" | 14.046
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 8
| style="width: 47px; text-align: center;" |
| style="width: 271px;" | Parque União
| style="width: 295px;" | Parque União
| style="width: 60px; text-align: center;" | X
| style="width: 47px; text-align: center;" | X
| style="width: 99px; text-align: right;" | 13.945
| style="width: 88px; text-align: right;" | 13.945
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 9
| style="width: 47px; text-align: center;" |
| style="width: 271px;" | Vila Proletária da Penha
| style="width: 295px;" | Vila Proletária da Penha
| style="width: 60px; text-align: center;" | XI
| style="width: 47px; text-align: center;" | XI
| style="width: 99px; text-align: right;" | 13.564
| style="width: 88px; text-align: right;" | 13.564
|-
|-
| style="width: 47px; text-align: center;" | 10
| style="width: 47px; text-align: center;" | 10º
| style="width: 271px;" | Nova Holanda
| style="width: 295px;" | Nova Holanda
| style="width: 60px; text-align: center;" | X
| style="width: 47px; text-align: center;" | X
| style="width: 99px; text-align: right;" | 13.115
| style="width: 88px; text-align: right;" | 13.115
|}
|}


<span style="font-size:x-small;">Fonte: IPLANRIO, Contribuição dos dados de população das favelas do Município do Rio de Janeiro (1984) &nbsp;</span>
<span style="font-size:x-small;">Fonte: IPLANRIO, Contribuição dos dados de população das favelas do Município do Rio de Janeiro (1984) &nbsp;</span>
&nbsp;


E, na página 8, esta outra:
E, na página 8, esta outra:


'''Tabela 2 – “10 Favelas ou Aglomerados de Favelas mais Populosas do Município do Rio de Janeiro – 1980”''' /> /> /> />
'''Tabela 2 – “10 Favelas ou Aglomerados de Favelas mais Populosas do Município do Rio de Janeiro – 1980”'''


{|
{| border="1" cellpadding="1" cellspacing="1" style="width: 507px;"
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" | Ordem
ORDEM
| style="width: 301px; text-align: center;" | Nome
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | R.A
|  
| style="width: 91px; text-align: center;" | População
NOME
 
|  
RA
 
|  
POPULAÇÃO
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" |
| style="width: 301px;" | Baixa do Sapateiro, Maré, Nova Holanda, Parque Rubens Vaz, Parque União e Timbau
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | X
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 65.001
Baixa do Sapateiro, Maré, Nova Holanda, Parque Rubens Vaz, Parque União e Timbau
 
|  
X
 
|  
65.001
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" |
| style="width: 301px;" | Itararé, Joaquim de Queirós, Morro do Alemão e Nova Brasília
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | X-XII
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 37.040
Itararé, Joaquim de Queirós, Morro do Alemão e Nova Brasília
 
|  
X - XII
 
|  
37.040
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" |
| style="width: 301px;" | Rocinha
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | VI
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 32.996
Rocinha
 
|  
VI
 
|  
32.966
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" |
| style="width: 301px;" | Jacarezinho
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | XII
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 31.405
Jacarezinho
 
|  
XII
 
|  
31.405
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" |
| style="width: 301px;" | Morro do Cariri, Vila Cruzeiro e Vila Proletária da Penha
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | X-XI
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 26.879
Morro do Cariri, Vila Cruzeiro e Vila Proletária da Penha
 
|  
X XI
 
|  
26.879
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" |
| style="width: 301px;" | Morro Azevedo Lima, Morro São Carlos, Morro do Catumbi, Morro Santos Rodrigues e Rato
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | III
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 20.354
Morro Azevedo Lima, Morro São Carlos, morro do Catumbi, Morro Santos Rodrigues e Rato
 
|  
III
 
|  
20.354
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" |
| style="width: 301px;" | Parque Jardim Beira Mar, Parque Proletário de Vigário Geral e Te contei
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | XI
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 18.364
Parque Jardim Beira Mar, Parque Proletário de Vigário Geral e Te Contei
 
|  
XI
 
|  
18.364
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" |
| style="width: 301px;" | Almirante Tamandaré, Gleba I da antiga Fazenda Botafogo e Parque Bela Vista
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | XXII
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 17.334
Almirante Tamandaré, Gleba I da antiga Fazenda Botafogo e Parque Bela Vista
 
|  
XXII
 
|  
17.334
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" |
| style="width: 301px;" | Vila do Vintém
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | XVII
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 15.877
Vila do Vintém
 
|  
XVII
 
|  
15.877
 
|-
|-
|  
| style="width: 46px; text-align: center;" | 10º
10º
| style="width: 301px;" | Parque Acari, Vila Esperança e Vila Rica de Irajá
 
| style="width: 46px; text-align: center;" | XII
|  
| style="width: 91px; text-align: right;" | 15.038
Parque Acari, Vila Esperança e Vila Rica de Irajá
 
|  
XXII
 
|  
15.038
 
|}
|}


<span style="font-size:smaller;">Fonte: IPLANRIO, Contribuição dos dados de população das favelas do Município do Rio de Janeiro (1984)</span>
<span style="font-size:x-small;">Fonte: IPLANRIO, Contribuição dos dados de população das favelas do Município do Rio de Janeiro (1984)</span>


É possível ver, a partir destas tabelas, uma mudança na hierarquia das maiores favelas da cidade do Rio de Janeiro, com a consideração dos complexos ou “aglomerados de favelas”. Não se trata de mera manipulação de dados, mas sim do efeito de um processo minucioso de análise e produção de informações que subsidiassem as ações de urbanização de favelas na cidade. E, como foi dito, também não se trata de simples questão conceitual, pois isso impacta diretamente a tomada de decisões do governo municipal carioca. Consideradas de modo isoladas, as quatro maiores favelas do Rio de janeiro seriam: Rocinha, Jacarezinho, Nova Brasília e Vila do Vintém (tabela 1); considerando os ”complexos”, esse ranking muda e temos como maiores espaços favelados do município: Complexo da Maré, do Alemão, Rocinha e Jacarezinho. Vejamos como isso impacta o tratamento do problema da favela na cidade do Rio de Janeiro em três momentos.&nbsp;
É possível ver, a partir destas tabelas, uma mudança na hierarquia das maiores favelas da cidade do Rio de Janeiro, com a consideração dos complexos ou “aglomerados de favelas”. Não se trata de mera manipulação de dados, mas sim do efeito de um processo minucioso de análise e produção de informações que subsidiassem as ações de urbanização de favelas na cidade. E, como foi dito, também não se trata de simples questão conceitual, pois isso impacta diretamente a tomada de decisões do governo municipal carioca. Consideradas de modo isoladas, as quatro maiores favelas do Rio de janeiro seriam: Rocinha, Jacarezinho, Nova Brasília e Vila do Vintém (tabela 1); considerando os ”complexos”, esse ranking muda e temos como maiores espaços favelados do município: Complexo da Maré, do Alemão, Rocinha e Jacarezinho. Vejamos como isso impacta o tratamento do problema da favela na cidade do Rio de Janeiro em três momentos.&nbsp;
Linha 272: Linha 188:
Esse três momentos históricos ilustram como foi desenvolvida e consolidada, no seio de um quadro técnico da Prefeitura, a noção de “complexo” de favela. Não explicam, necessariamente, como o seu uso se ampliou e foi apropriado por outros atores políticos urbanos como os jornalistas, outros agentes públicos e mesmo entre as/os cariocas de maneira geral; tampouco, dão conta dos novos sentidos que lhe são atribuídos aos longos dos últimos anos, como uma possível lógica militarizada por trás de sua operação. Mas, não é por isso que esta análise histórica deixa de contribuir para uma compreensão do presente. Como veremos.
Esse três momentos históricos ilustram como foi desenvolvida e consolidada, no seio de um quadro técnico da Prefeitura, a noção de “complexo” de favela. Não explicam, necessariamente, como o seu uso se ampliou e foi apropriado por outros atores políticos urbanos como os jornalistas, outros agentes públicos e mesmo entre as/os cariocas de maneira geral; tampouco, dão conta dos novos sentidos que lhe são atribuídos aos longos dos últimos anos, como uma possível lógica militarizada por trás de sua operação. Mas, não é por isso que esta análise histórica deixa de contribuir para uma compreensão do presente. Como veremos.


'''Novas escalas urbanas'''
== Novas escalas urbanas ==


O resgate histórico feito nas páginas acima, ainda que não avance para além do início da década de 1990, traz contribuições para pensarmos o presente, sobretudo, quando analisamos a mudança na hierarquia urbana que ela produziu e, por consequência, na escolha de áreas que receberão recursos, serviços e programas. Isso mostra que o surgimento dos “complexos” de favelas, no seio da gestão urbana municipal, promoveu a produção de uma nova escala urbana de pertencimento e de realização de políticas públicas (Matiolli, 2016).&nbsp;
O resgate histórico feito nas páginas acima, ainda que não avance para além do início da década de 1990, traz contribuições para pensarmos o presente, sobretudo, quando analisamos a mudança na hierarquia urbana que ela produziu e, por consequência, na escolha de áreas que receberão recursos, serviços e programas. Isso mostra que o surgimento dos “complexos” de favelas, no seio da gestão urbana municipal, promoveu a produção de uma nova escala urbana de pertencimento e de realização de políticas públicas (Matiolli, 2016).&nbsp;
Linha 292: Linha 208:
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'''REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS'''
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== Referências bibliográficas ==


ALVITO, Marcos . As Cores de Acari. 1. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2003. v. 1. 300p&nbsp;
ALVITO, Marcos . As Cores de Acari. 1. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2003. v. 1. 300p&nbsp;
Linha 319: Linha 237:


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[[Category:Temática - Pesquisas]][[Category:Temática - Habitação]][[Category:Política Pública]][[Category:Política urbana]]