Favela Modelo: mudanças entre as edições

Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
 
(7 revisões intermediárias por 3 usuários não estão sendo mostradas)
Linha 1: Linha 1:


<font face="Times New Roman, Times, serif"><span style="font-size: 16px;">Autoria: Palloma Menezes</span></font>
'''<font face="Times New Roman, Times, serif"><span style="font-size: 16px;">Autoria: Palloma Menezes</span></font>''' &nbsp;


&nbsp;
&nbsp;


= <span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">A construção da “favela “modelo”&nbsp;</span> =
= <span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">A construção da “favela “modelo”</span> =
<p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">O Morro Santa Marta localiza-se em uma encosta íngreme no bairro de Botafogo na divisa com Laranjeiras, Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. A favela, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), tem uma área de 54.692 m<sup>2</sup>, onde vivem cerca de 6 mil moradores. O território do Santa Marta atualmente é delimitado do lado direito por um plano inclinado (inaugurado em maio de 2008&nbsp; com cinco estações) e do lado esquerdo por um grande muro de concreto, construído em 2009.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">A história do Santa Marta teve início na primeira metade do século XX. Moradores narram que a favela começou a se formar no final dos anos 30 e apontam que uma grande parcela dos primeiros habitantes do morro eram oriundos das regiões Norte e Nordeste do país e também do interior do Estado do Rio de Janeiro (CUNHA; MELLO, 2011). A favela tem uma longa história de organização política e vida associativa. Itamar Silva, uma importante liderança do Santa Marta, narra que as primeiras lutas na favela foram pela auto-organização dos moradores, pela água e, posteriormente, pela luz. Depois, os moradores tiveram que enfrentar as ameaças de remoção que a favela sofreu devido à sua localização privilegiada. A população da favela, contudo, resistiu e lutou para que ela fosse urbanizada.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Entre as décadas de 1980 e 1990, os moradores do Santa Marta tiveram que lidar com um outro problema que passou a fazer parte do cotidiano da favela: a violência.&nbsp; Tal problema passou a preocupar não só a população da favela, mas também a do “asfalto” quando intensificaram-se os tiroteios no morro. No fim da década de 1980, o Santa Marta ganhou um grande destaque na mídia em razão das “guerras” ocorridas no morro. E alguns inusitados episódios contribuíram para a favela ganhar notoriedade, como o fato de ter sido escolhida por Michael Jackson para a gravação do videoclipe “They Don’t Care about Us”, em 1996. Posteriormente, a favela ganhou ainda mais fama nacionalmente com o lançamento do documentário ''Notícias de uma Guerra Particular'' – produzido por João Moreira Salles e Kátia Lund em 1999 – e do livro ''O Abusado'' – lançado em 2003, por Caco Barcellos.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Nos anos 2000, ganharam destaque na mídia as operações realizadas pela polícia no Santa Marta. As notícias destacavam a grande quantidade de drogas e armas encontradas por policiais no morro da Zona Sul e as mortes ocorridas nas ações policiais na favela. Além disso, elas relatavam ainda que os tiroteios na favela atrapalhavam o trânsito de Botafogo, espalhavam pânico entre a população do bairro e interrompiam constantemente o fluxo cotidiano da vida dos moradores do morro que não podiam, por exemplo, nem mesmo deixar crianças em uma creche localizada no alto do morro, pois ali havia constante trocas de tiros entre PMs e traficantes. Beltrame narra o caso dessa creche que teve um papel fundamental para escolha do Santa Marta para receber um projeto-piloto de “policiamento comunitário” que estava sendo debatido por ele e outros gestores na secretaria de Segurança. Segundo o secretário, o projeto ainda estava sendo elaborado, mas “uma janela de oportunidade se abriu antes de tudo ficar pronto” (BELTRAME, 2014, p.107) quando Cabral informou que queria visitar a tal creche do Santa Marta:</span></span></span></span></p> <p style="margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:.0001pt; margin-left:1.0cm; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:.0001pt; margin-left:1.0cm; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Pouco antes de eu assumir a Secretária de Segurança, foi inaugurada a creche (...). Por se situar em local estratégico, os traficantes foram contra a utilização do prédio como aparato do Estado. Tanto é que, 18 meses depois de aberta, a creche ainda não funcionava. Apenas 30 crianças haviam sido matriculadas nas 150 vagas disponíveis. A questão se tornou ponto de honra para o governador Sérgio Cabral, que queria visitá-la e fora avisado dos riscos que envolviam sua segurança. Em 19 de novembro de 2008, cerca de 100 PMs, com o apoio do Bope ocuparam, então, o Dona Marta. (...) No dia em que foi tomada a decisão de não sair, chovia sem parar. Era preciso preparar uma logística, levar comida para a tropa no morro, providenciar abrigo. (...) Liguei para o governador e falei da intenção de ficar. Foi a primeira vez que usei a expressão “pacificação”. (2014, p.108)</span></span></span></p>  
<p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">O Morro Santa Marta localiza-se em uma encosta íngreme no bairro de Botafogo na divisa com Laranjeiras, Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. A favela, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), tem uma área de 54.692 m<sup>2</sup>, onde vivem cerca de 6 mil moradores. O território do Santa Marta atualmente é delimitado do lado direito por um plano inclinado (inaugurado em maio de 2008&nbsp; com cinco estações) e do lado esquerdo por um grande muro de concreto, construído em 2009.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">A história do Santa Marta teve início na primeira metade do século XX. Moradores narram que a favela começou a se formar no final dos anos 30 e apontam que uma grande parcela dos primeiros habitantes do morro eram oriundos das regiões Norte e Nordeste do país e também do interior do Estado do Rio de Janeiro (CUNHA; MELLO, 2011). A favela tem uma longa história de organização política e vida associativa. Itamar Silva, uma importante liderança do Santa Marta, narra que as primeiras lutas na favela foram pela auto-organização dos moradores, pela água e, posteriormente, pela luz. Depois, os moradores tiveram que enfrentar as ameaças de remoção que a favela sofreu devido à sua localização privilegiada. A população da favela, contudo, resistiu e lutou para que ela fosse urbanizada.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Entre as décadas de 1980 e 1990, os moradores do Santa Marta tiveram que lidar com um outro problema que passou a fazer parte do cotidiano da favela: a violência.&nbsp; Tal problema passou a preocupar não só a população da favela, mas também a do “asfalto” quando intensificaram-se os tiroteios no morro. No fim da década de 1980, o Santa Marta ganhou um grande destaque na mídia em razão das “guerras” ocorridas no morro. E alguns inusitados episódios contribuíram para a favela ganhar notoriedade, como o fato de ter sido escolhida por Michael Jackson para a gravação do videoclipe “They Don’t Care about Us”, em 1996. Posteriormente, a favela ganhou ainda mais fama nacionalmente com o lançamento do documentário ''Notícias de uma Guerra Particular'' – produzido por João Moreira Salles e Kátia Lund em 1999 – e do livro ''O Abusado'' – lançado em 2003, por Caco Barcellos.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Nos anos 2000, ganharam destaque na mídia as operações realizadas pela polícia no Santa Marta. As notícias destacavam a grande quantidade de drogas e armas encontradas por policiais no morro da Zona Sul e as mortes ocorridas nas ações policiais na favela. Além disso, elas relatavam ainda que os tiroteios na favela atrapalhavam o trânsito de Botafogo, espalhavam pânico entre a população do bairro e interrompiam constantemente o fluxo cotidiano da vida dos moradores do morro que não podiam, por exemplo, nem mesmo deixar crianças em uma creche localizada no alto do morro, pois ali havia constante trocas de tiros entre PMs e traficantes. Beltrame narra o caso dessa creche que teve um papel fundamental para escolha do Santa Marta para receber um projeto-piloto de “policiamento comunitário” que estava sendo debatido por ele e outros gestores na secretaria de Segurança. Segundo o secretário, o projeto ainda estava sendo elaborado, mas “uma janela de oportunidade se abriu antes de tudo ficar pronto” (BELTRAME, 2014, p.107) quando Cabral informou que queria visitar a tal creche do Santa Marta:</span></span></span></span></p> <p style="margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:.0001pt; margin-left:1.0cm; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:.0001pt; margin-left:1.0cm; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Pouco antes de eu assumir a Secretária de Segurança, foi inaugurada a creche (...). Por se situar em local estratégico, os traficantes foram contra a utilização do prédio como aparato do Estado. Tanto é que, 18 meses depois de aberta, a creche ainda não funcionava. Apenas 30 crianças haviam sido matriculadas nas 150 vagas disponíveis. A questão se tornou ponto de honra para o governador Sérgio Cabral, que queria visitá-la e fora avisado dos riscos que envolviam sua segurança. Em 19 de novembro de 2008, cerca de 100 PMs, com o apoio do Bope ocuparam, então, o Dona Marta. (...) No dia em que foi tomada a decisão de não sair, chovia sem parar. Era preciso preparar uma logística, levar comida para a tropa no morro, providenciar abrigo. (...) Liguei para o governador e falei da intenção de ficar. Foi a primeira vez que usei a expressão “pacificação”. (2014, p.108)</span></span></span></p>  
&nbsp;
&nbsp;
Linha 11: Linha 11:
<p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">O processo de “pacificação” envolveu um novo ordenamento dos territórios com UPP. Ordenamento este que incluiu a regularização do fornecimento de eletricidade e de água, assim como do funcionamento dos estabelecimentos comerciais nos territórios “pacificados”. Moradores do Santa Marta reclamam, contudo, que tal regularização não veio acompanhada de uma melhora significativa dos serviços prestados. Eles queixam-se de ter que pagar, por exemplo, a mesma taxa de esgoto paga pelos moradores do “asfalto”, já que o saneamento dessas áreas não é o mesmo e o fornecimento também não é igualmente distribuído, uma vez que falta água no morro com frequência.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">No caso da iluminação pública, a reclamação se repete. Os moradores lembram que pagam pela iluminação pública, mas constantemente tem que caminhar por ruas escuras na favela. Prevalece, portanto, entre os moradores a sensação de que, apesar de estarem pagando as mesmas taxas que os moradores de outras áreas da cidade, não são tratados da mesma forma que o resto da população carioca, o que fere sua condição de cidadania (OST; FLEURY; 2013, p. 651). Um morador do Santa Marta resumiu essa sensação:</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:.0001pt; margin-left:1.0cm; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Bom, segurança é um conceito muito amplo. Iluminação pública é segurança! E temos, hoje, no Santa Marta, dezenas de lâmpadas queimadas, que a Rio Luz – desculpe o termo que eu vou usar, de novo – caga e anda. Na conta de luz aparece a famigerada taxa de iluminação pública. A gente paga e não tem iluminação pública, também paga taxa de esgoto junto com a conta de luz, mas aqui tem um monte de vala a céu aberto e vive faltando água. Então, que cidadania é essa? Que inclusão é essa da favela na cidade? (Trecho de entrevista com morador do Santa Marta)&nbsp;&nbsp;</span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Além disso, muitos moradores relatam que vêm encontrando dificuldade para arcar com as contas de luz que não param de aumentar. Eles apontam que esse aumento constante gera uma grande ansiedade, já que não permite que cada família possa prever quanto terá que gastar a cada mês.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Diversos moradores da favela estabelecem uma associação entre as contas altas e o fato da medição do consumo de energia elétrica no Santa Marta ser realizado através de ''chips''. Como apontam Cunha e Mello (2012, p. 157), em 2010, a Light instalou na favela “um sistema de telemediação para todas as ações, através do qual a companhia faz cortes e ligações diretamente da empresa e controla o consumo residencial sem precisar medir o relógio todo mês, como fazia anteriormente”. Tal sistema já foi investigado pelo Ministério Público, que indicou que ele parasse de ser utilizado, mas os ''chips'' ainda continuam sendo usados em diversas favelas e vêm sendo constantemente criticados pelos moradores.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Além das contas de luz e da água, outro fator que vem pesando no orçamento dos moradores de áreas “pacificadas” é o aumento do valor dos aluguéis que subiu abruptamente nos últimos anos[[#_ftn4|<span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:115%">[4]</span></span>]]. Há relatos de que alguns moradores já se mudaram de áreas com UPP devido ao aumento do preço do aluguel. Uma ex-moradora do morro me disse, em 2012, em uma entrevista, que não dava mais para morar no Santa Marta porque “está muito caro o aluguel aqui no morro e tem que pagar a luz, tem que pagar a água. E lá para onde eu mudei agora não paga luz, não paga água, não paga nada”.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">No entanto, vale notar que a valorização imobiliária, embora tenha prejudicado quem tem que pagar aluguel, beneficiou alguns moradores do Santa Marta que possuem imóveis para alugar no morro. Essas pessoas viram seus rendimentos com aluguéis multiplicarem-se nos últimos anos. Como afirmou uma moradora: “tem gente aí [no morro] que tem três, dez, quinze, vinte imóveis...&nbsp; Esse pessoal está faturando. (...) Tem um espaço aqui três por três, um porãozinho com água que pensei que era impossível alguém morar, mas foi alugado”.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Em 2010, ''O Globo'' divulgou uma reportagem sobre Zé do Carmo que foi apelidado pelo jornal de “Eike Batista do Dona Marta”. Considerado um empresário de sucesso na favela, ele é dono de uma barbearia, de um salão de beleza e possui diversos imóveis. Ele costuma alugar esses imóveis não só para os locais, mas também para estrangeiros.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Outros moradores do Santa Marta, assim como Zé do Carmo, vêm lucrando com a constante presença de “pessoas de fora” na favela. Alguns conseguem uma renda extra alugando o espaço onde ocorrem as gravações ou participando da produção das filmagens que ocorrem com frequência no morro. E há ainda um grupo de moradores que, desde a “pacificação”, vem lucrando guiando artistas, políticos de outros países e muitos turistas que têm visitado a favela nos últimos anos.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p>  
<p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">O processo de “pacificação” envolveu um novo ordenamento dos territórios com UPP. Ordenamento este que incluiu a regularização do fornecimento de eletricidade e de água, assim como do funcionamento dos estabelecimentos comerciais nos territórios “pacificados”. Moradores do Santa Marta reclamam, contudo, que tal regularização não veio acompanhada de uma melhora significativa dos serviços prestados. Eles queixam-se de ter que pagar, por exemplo, a mesma taxa de esgoto paga pelos moradores do “asfalto”, já que o saneamento dessas áreas não é o mesmo e o fornecimento também não é igualmente distribuído, uma vez que falta água no morro com frequência.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">No caso da iluminação pública, a reclamação se repete. Os moradores lembram que pagam pela iluminação pública, mas constantemente tem que caminhar por ruas escuras na favela. Prevalece, portanto, entre os moradores a sensação de que, apesar de estarem pagando as mesmas taxas que os moradores de outras áreas da cidade, não são tratados da mesma forma que o resto da população carioca, o que fere sua condição de cidadania (OST; FLEURY; 2013, p. 651). Um morador do Santa Marta resumiu essa sensação:</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:.0001pt; margin-left:1.0cm; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Bom, segurança é um conceito muito amplo. Iluminação pública é segurança! E temos, hoje, no Santa Marta, dezenas de lâmpadas queimadas, que a Rio Luz – desculpe o termo que eu vou usar, de novo – caga e anda. Na conta de luz aparece a famigerada taxa de iluminação pública. A gente paga e não tem iluminação pública, também paga taxa de esgoto junto com a conta de luz, mas aqui tem um monte de vala a céu aberto e vive faltando água. Então, que cidadania é essa? Que inclusão é essa da favela na cidade? (Trecho de entrevista com morador do Santa Marta)&nbsp;&nbsp;</span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Além disso, muitos moradores relatam que vêm encontrando dificuldade para arcar com as contas de luz que não param de aumentar. Eles apontam que esse aumento constante gera uma grande ansiedade, já que não permite que cada família possa prever quanto terá que gastar a cada mês.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Diversos moradores da favela estabelecem uma associação entre as contas altas e o fato da medição do consumo de energia elétrica no Santa Marta ser realizado através de ''chips''. Como apontam Cunha e Mello (2012, p. 157), em 2010, a Light instalou na favela “um sistema de telemediação para todas as ações, através do qual a companhia faz cortes e ligações diretamente da empresa e controla o consumo residencial sem precisar medir o relógio todo mês, como fazia anteriormente”. Tal sistema já foi investigado pelo Ministério Público, que indicou que ele parasse de ser utilizado, mas os ''chips'' ainda continuam sendo usados em diversas favelas e vêm sendo constantemente criticados pelos moradores.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Além das contas de luz e da água, outro fator que vem pesando no orçamento dos moradores de áreas “pacificadas” é o aumento do valor dos aluguéis que subiu abruptamente nos últimos anos[[#_ftn4|<span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:115%">[4]</span></span>]]. Há relatos de que alguns moradores já se mudaram de áreas com UPP devido ao aumento do preço do aluguel. Uma ex-moradora do morro me disse, em 2012, em uma entrevista, que não dava mais para morar no Santa Marta porque “está muito caro o aluguel aqui no morro e tem que pagar a luz, tem que pagar a água. E lá para onde eu mudei agora não paga luz, não paga água, não paga nada”.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">No entanto, vale notar que a valorização imobiliária, embora tenha prejudicado quem tem que pagar aluguel, beneficiou alguns moradores do Santa Marta que possuem imóveis para alugar no morro. Essas pessoas viram seus rendimentos com aluguéis multiplicarem-se nos últimos anos. Como afirmou uma moradora: “tem gente aí [no morro] que tem três, dez, quinze, vinte imóveis...&nbsp; Esse pessoal está faturando. (...) Tem um espaço aqui três por três, um porãozinho com água que pensei que era impossível alguém morar, mas foi alugado”.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Em 2010, ''O Globo'' divulgou uma reportagem sobre Zé do Carmo que foi apelidado pelo jornal de “Eike Batista do Dona Marta”. Considerado um empresário de sucesso na favela, ele é dono de uma barbearia, de um salão de beleza e possui diversos imóveis. Ele costuma alugar esses imóveis não só para os locais, mas também para estrangeiros.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">Outros moradores do Santa Marta, assim como Zé do Carmo, vêm lucrando com a constante presença de “pessoas de fora” na favela. Alguns conseguem uma renda extra alugando o espaço onde ocorrem as gravações ou participando da produção das filmagens que ocorrem com frequência no morro. E há ainda um grupo de moradores que, desde a “pacificação”, vem lucrando guiando artistas, políticos de outros países e muitos turistas que têm visitado a favela nos últimos anos.</span></span></span></span></p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p>  
= <span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">Favela “só pra inglês ver”?</span> =
= <span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">Favela “só pra inglês ver”?</span> =
 
<p
= &nbsp
<p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">O mês de junho de 2013 foi marcado por manifestações e mobilizações sociais em todo o Brasil. Alguns moradores de favelas “pacificadas”, impulsionados pela energia crítica presente na atmosfera da cidade do Rio de Janeiro naquele momento, organizaram manifestações nos bairros aonde vivem. No dia 8 de julho, os moradores do Santa Marta, por exemplo, organizaram um protesto pelas ruas de Botafogo para expressar sua insatisfação em relação à distorção que havia entre a imagem vendida da favela e a experiência cotidiana no morro. No texto de convocação para a reunião era dito:</span></span></span></span></p> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-left:1.0cm; text-align:justify">&nbsp;</p> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-left:1.0cm; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Queremos Favela Modelo de verdade e não maquiagem!</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Tá cansado de pagar conta de luz muito alta?</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Cansado de ter que subir a pé por causa das más condições do bonde??</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Cansado de pagar esgoto quando ainda temos valas abertas?</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Vivendo a insegurança de ser removido??</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Então vem pra rua! O Santa Marta vai descer e reivindicar pra ser uma FAVELA MODELO de verdade!</span></span></p>  
<p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:150%"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%">O mês de junho de 2013 foi marcado por manifestações e mobilizações sociais em todo o Brasil. Alguns moradores de favelas “pacificadas”, impulsionados pela energia crítica presente na atmosfera da cidade do Rio de Janeiro naquele momento, organizaram manifestações nos bairros aonde vivem. No dia 8 de julho, os moradores do Santa Marta, por exemplo, organizaram um protesto pelas ruas de Botafogo para expressar sua insatisfação em relação à distorção que havia entre a imagem vendida da favela e a experiência cotidiana no morro. No texto de convocação para a reunião era dito:</span></span></span></span></p> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-left:1.0cm; text-align:justify">&nbsp;</p> <p class="MsoFootnoteText" style="margin-left:1.0cm; text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Queremos Favela Modelo de verdade e não maquiagem!</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Tá cansado de pagar conta de luz muito alta?</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Cansado de ter que subir a pé por causa das más condições do bonde??</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Cansado de pagar esgoto quando ainda temos valas abertas?</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Vivendo a insegurança de ser removido??</span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Então vem pra rua! O Santa Marta vai descer e reivindicar pra ser uma FAVELA MODELO de verdade!</span></span></p>  
&nbsp;
&nbsp;
Linha 21: Linha 19:
<p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">BARCELLOS, Caco. '''Abusado: O dono do morro Dona Marta'''. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">BAUTÈS, Nicolas; GONÇALVES, Rafael Soares. </span><span style="font-size:12.0pt">(2011) '''Sécuriser l'espace des pauvres/Improving Security in Poor Areas'''. </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Revue Justice Spatiale / Spatial Justice, v. 4, p. 1-20, 2011.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">BELTRAME, José Mariano. '''Todo dia é segunda-feira'''. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">CANO, Ignacio&nbsp;; BORGES, Doriam&nbsp;; RIBEIRO, Eduardo. '''Os Donos do Morro: Uma análise exploratória do impacto das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro'''. São Paulo: Forum Brasileiro de Segurança Pública, 2012.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">CUNHA, Neiva Vieira da e MELLO, Marco Antonio da Silva. '''A UPP e o processo de urbanização na favela Santa Marta'''. In: Marco Antonio da Silva Mello [et al.Favelas cariocas&nbsp;: ontem e hoje&nbsp;; Rio de Janeiro&nbsp;: Garamond, 2012.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">______________________________, Marco Antonio da Silva. '''Novos conflitos na cidade: A UPP e o processo de urbanização na favela'''. Dilemas: Revista de estudos de conflito e controle social, Rio de Janeiro, v. 4, n. 3, p. 371-401, jul.-set. 2011.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt">DAS, Veena; POOLE, Deborah. '''Anthropology in the Margins of the State'''. </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">New Delhi: Oxford University Press, 2004.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">FREIRE-MEDEIROS, Bianca&nbsp;; VILAROUCA, M. G.&nbsp;; MENEZES, Palloma. '''Gringos no Santa Marta: quem são, o que pensam e como avaliam a experiência turística na favela'''. In: Angela Penalva Santos; Glaucio Marafon; Maria Josefina Gabriel Sant'Anna. (Org.). Rio de Janeiro: Um território em mutação. S23ed.Rio de Janeiro: Gramma Livraria e Editora, 2012.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">________________________. '''Gringo na Laje: Produção, circulação e consumo da favela turística'''. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2009.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">________________________. Touring Poverty. 1. ed. Londres/Nova York: Routledge, 2013.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">GOHN, Maria da Glória.&nbsp; '''Manifestações de Junho de 2013 no Brasil e Praças dos Indignados no Mundo. '''Petrópolis: Editora Vozes, 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">HENRIQUES, Ricardo; RAMOS, Silvia. '''UPPs Social: ações sociais para a consolidação da pacificação'''. Rio de Janeiro, 2011.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">LEITE, Márcia Pereira. '''Entre a 'guerra' e a 'paz': Unidades de Polícia Pacificadora e gestão dos territórios de favela no Rio de Janeiro.''' Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 7, p. 625-642, 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">MACHADO DA SILVA, Luiz Antonio. '''“Afinal, qual é a das UPPs'''” Disponível em www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br (Acessado em Março de 2010). Rio de Janeiro, 2010.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">MAGALHÃES, Alexandre de Almeida. '''Transformações no “problema favela” e a reatualização da “remoção” no Rio de Janeiro. '''Tese (doutorado) – Universidade do Estado do Rio de&nbsp; Janeiro, Instituto de Estudos Sociais e Políticos, 2013.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">MENEZES, Palloma. '''Entre o “fogo cruzado” e o “campo minado”: uma etnografia do processo de “pacificação” de favelas cariocas'''. Tese (doutorado) – Universidade do Estado do Rio de&nbsp; Janeiro, Instituto de Estudos Sociais e Políticos, 2015.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt">_______________. '''‘Favela Modelo’: A Study on Housing, Belonging and Civic Engagement in a ‘Pacified’ Favela in Rio de Janeiro, Brasil'''. In; Christien Klaufus and Arij Ouweneel. Housing and Belonging in Latin America. </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">New York: Berghahn books, 2015.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">________________. '''Interseções entre novos sentidos de patrimônio, turismo e políticas públicas: Um estudo de caso sobre o Museu a céu aberto do Morro da Providência.''' Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro, IUPERJ, Brasil. Dissertação de Mestrado, 2008.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">_______________. '''Os rumores da “pacificação”: a chegada da UPP e as mudanças nos problemas públicos no Santa Marta e na Cidade de Deus.''' Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 7, p. 665-683,&nbsp; 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">MISSE, Daniel. '''Cinco anos de UPP: Um breve balanço.''' Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social - Vol. 7 – no 3 - pp. 675-700, 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">OST, SABRINA&nbsp;; FLEURY, SONIA. '''O mercado sobe o morro: a cidadania desce? Efeitos socioeconômicos da pacificação no Santa Marta. '''Dados, v. 56, p. 635-671, 2013.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">ROCHA, Adair. Cidade Cerzida. '''A costura da cidadania no Santa Marta.''' Rio de Janeiro: Editora Museu da República, 2005.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">TELLES, Vera da Silva, CABANES, Robert. (orgs.) '''Nas tramas da cidade: trajetórias urbanas e seus territórios. '''São Paulo: Associação Editorial Humanitas, IRD, 2006.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">VALLADARES, Lícia do Prado. '''A invenção da favela: do mito de origem a'''</span><span style="font-size:12.0pt">[http://favela.com/ '''<span lang="PT-BR" style="text-decoration:none">favela.com</span>''']</span>'''<span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">.</span>'''<span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Rio de Janeiro: FGV, 2005.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">ZALUAR, Alba (Org.)&nbsp;; ALVITO, M. (Org.).'''Um Século de Favela'''. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.</span></span></span></p>  
<p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">BARCELLOS, Caco. '''Abusado: O dono do morro Dona Marta'''. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">BAUTÈS, Nicolas; GONÇALVES, Rafael Soares. </span><span style="font-size:12.0pt">(2011) '''Sécuriser l'espace des pauvres/Improving Security in Poor Areas'''. </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Revue Justice Spatiale / Spatial Justice, v. 4, p. 1-20, 2011.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">BELTRAME, José Mariano. '''Todo dia é segunda-feira'''. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">CANO, Ignacio&nbsp;; BORGES, Doriam&nbsp;; RIBEIRO, Eduardo. '''Os Donos do Morro: Uma análise exploratória do impacto das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro'''. São Paulo: Forum Brasileiro de Segurança Pública, 2012.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">CUNHA, Neiva Vieira da e MELLO, Marco Antonio da Silva. '''A UPP e o processo de urbanização na favela Santa Marta'''. In: Marco Antonio da Silva Mello [et al.Favelas cariocas&nbsp;: ontem e hoje&nbsp;; Rio de Janeiro&nbsp;: Garamond, 2012.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">______________________________, Marco Antonio da Silva. '''Novos conflitos na cidade: A UPP e o processo de urbanização na favela'''. Dilemas: Revista de estudos de conflito e controle social, Rio de Janeiro, v. 4, n. 3, p. 371-401, jul.-set. 2011.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt">DAS, Veena; POOLE, Deborah. '''Anthropology in the Margins of the State'''. </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">New Delhi: Oxford University Press, 2004.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">FREIRE-MEDEIROS, Bianca&nbsp;; VILAROUCA, M. G.&nbsp;; MENEZES, Palloma. '''Gringos no Santa Marta: quem são, o que pensam e como avaliam a experiência turística na favela'''. In: Angela Penalva Santos; Glaucio Marafon; Maria Josefina Gabriel Sant'Anna. (Org.). Rio de Janeiro: Um território em mutação. S23ed.Rio de Janeiro: Gramma Livraria e Editora, 2012.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">________________________. '''Gringo na Laje: Produção, circulação e consumo da favela turística'''. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2009.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">________________________. Touring Poverty. 1. ed. Londres/Nova York: Routledge, 2013.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">GOHN, Maria da Glória.&nbsp; '''Manifestações de Junho de 2013 no Brasil e Praças dos Indignados no Mundo. '''Petrópolis: Editora Vozes, 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">HENRIQUES, Ricardo; RAMOS, Silvia. '''UPPs Social: ações sociais para a consolidação da pacificação'''. Rio de Janeiro, 2011.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">LEITE, Márcia Pereira. '''Entre a 'guerra' e a 'paz': Unidades de Polícia Pacificadora e gestão dos territórios de favela no Rio de Janeiro.''' Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 7, p. 625-642, 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">MACHADO DA SILVA, Luiz Antonio. '''“Afinal, qual é a das UPPs'''” Disponível em www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br (Acessado em Março de 2010). Rio de Janeiro, 2010.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">MAGALHÃES, Alexandre de Almeida. '''Transformações no “problema favela” e a reatualização da “remoção” no Rio de Janeiro. '''Tese (doutorado) – Universidade do Estado do Rio de&nbsp; Janeiro, Instituto de Estudos Sociais e Políticos, 2013.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">MENEZES, Palloma. '''Entre o “fogo cruzado” e o “campo minado”: uma etnografia do processo de “pacificação” de favelas cariocas'''. Tese (doutorado) – Universidade do Estado do Rio de&nbsp; Janeiro, Instituto de Estudos Sociais e Políticos, 2015.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt">_______________. '''‘Favela Modelo’: A Study on Housing, Belonging and Civic Engagement in a ‘Pacified’ Favela in Rio de Janeiro, Brasil'''. In; Christien Klaufus and Arij Ouweneel. Housing and Belonging in Latin America. </span><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">New York: Berghahn books, 2015.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">________________. '''Interseções entre novos sentidos de patrimônio, turismo e políticas públicas: Um estudo de caso sobre o Museu a céu aberto do Morro da Providência.''' Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro, IUPERJ, Brasil. Dissertação de Mestrado, 2008.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">_______________. '''Os rumores da “pacificação”: a chegada da UPP e as mudanças nos problemas públicos no Santa Marta e na Cidade de Deus.''' Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 7, p. 665-683,&nbsp; 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">MISSE, Daniel. '''Cinco anos de UPP: Um breve balanço.''' Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social - Vol. 7 – no 3 - pp. 675-700, 2014.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">OST, SABRINA&nbsp;; FLEURY, SONIA. '''O mercado sobe o morro: a cidadania desce? Efeitos socioeconômicos da pacificação no Santa Marta. '''Dados, v. 56, p. 635-671, 2013.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">ROCHA, Adair. Cidade Cerzida. '''A costura da cidadania no Santa Marta.''' Rio de Janeiro: Editora Museu da República, 2005.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">TELLES, Vera da Silva, CABANES, Robert. (orgs.) '''Nas tramas da cidade: trajetórias urbanas e seus territórios. '''São Paulo: Associação Editorial Humanitas, IRD, 2006.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">VALLADARES, Lícia do Prado. '''A invenção da favela: do mito de origem a'''</span><span style="font-size:12.0pt">[http://favela.com/ '''<span lang="PT-BR" style="text-decoration:none">favela.com</span>''']</span>'''<span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">.</span>'''<span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">Rio de Janeiro: FGV, 2005.</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;"><span style="line-height:normal"><span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt">ZALUAR, Alba (Org.)&nbsp;; ALVITO, M. (Org.).'''Um Século de Favela'''. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.</span></span></span></p>  
&nbsp;
&nbsp;
<div>&nbsp; ---- <div id="ftn1"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref1|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[1]</span></span>]]<span lang="PT-BR">Trecho da reportagem “Favela sem tráfico: Dona Marta será usada como modelo” publicada no jornal O Globo em 03 de dezembro de 2008.</span></span></p> &nbsp; &nbsp;</div> <div id="ftn2"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref2|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[2]</span></span>]] Fonte: [http://www.riomaissocial.org/2010/08/prefeitura-lanca-projeto-empresa-bacana-para-formalizar-e-estimular-negocios-na-cidade-de-deus/ <span lang="PT-BR">http://www.riomaissocial.org/2010/08/prefeitura-lanca-projeto-empresa-bacana-para-formalizar-e-estimular-negocios-na-cidade-de-deus/</span>]<span lang="PT-BR">(Acessado em 10 de março de 2015).</span></span></p> </div> <div id="ftn3"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref3|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[3]</span></span>]]<span lang="PT-BR">Depoimento dado por Ricardo Henriques, divulgado na nota intitulada “SKY E Governo do Estado do Rio de Janeiro lançam plano de TV por assinatura para áreas de UPPs” divulgada em 14 de setembro de 2010 para lançar a SKY UPP. Tal nota encontra-se disponível em </span>[http://www.sky.com.br/institucional/empresa/PDFs/pressrelease-36.pdf <span lang="PT-BR">http://www.sky.com.br/institucional/empresa/PDFs/pressrelease-36.pdf</span>]<span lang="PT-BR">(Acessado em 17 de outubro de 2014)</span></span></p> </div> <div id="ftn4"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref4|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[4]</span></span>]]<span lang="PT-BR">Obviamente o aumento dos aluguéis não se deve apenas ao processo de “pacificação”, mas também à valorização imobiliária ocorrida em quase todas as capitais brasileiras e, especialmente, na cidade do Rio de Janeiro. Nos últimos dez anos, os preços dos imóveis aumentaram até 700% na cidade do Rio, segundo aponta levantamento do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) entre 2002 e 2012. Fonte: </span>[http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/rio-precos-de-imoveis-aumentam-ate-700-em-dez-anos-20120420.html <span lang="PT-BR">http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/rio-precos-de-imoveis-aumentam-ate-700-em-dez-anos-20120420.html</span>]<span lang="PT-BR">(Acessado no dia 18 de novembro de 2014).</span></span></p> </div> <div id="ftn5"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref5|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[5]</span></span>]]<span lang="PT-BR">Disponível em </span>[http://www.canalibase.org.br/a-regularizacao-fundiaria-em-xeque/ <span lang="PT-BR">http://www.canalibase.org.br/a-regularizacao-fundiaria-em-xeque/</span>]<span lang="PT-BR">(Acessado em 19 de novembro de 2013).</span></span></p> </div> </div>
<div>&nbsp; ---- <div id="ftn1"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref1|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[1]</span></span>]]<span lang="PT-BR">Trecho da reportagem “Favela sem tráfico: Dona Marta será usada como modelo” publicada no jornal O Globo em 03 de dezembro de 2008.</span></span></p> </div> <div id="ftn2"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref2|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[2]</span></span>]] Fonte: [http://www.riomaissocial.org/2010/08/prefeitura-lanca-projeto-empresa-bacana-para-formalizar-e-estimular-negocios-na-cidade-de-deus/ <span lang="PT-BR">http://www.riomaissocial.org/2010/08/prefeitura-lanca-projeto-empresa-bacana-para-formalizar-e-estimular-negocios-na-cidade-de-deus/</span>]<span lang="PT-BR">(Acessado em 10 de março de 2015).</span></span></p> </div> <div id="ftn3"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref3|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[3]</span></span>]]<span lang="PT-BR">Depoimento dado por Ricardo Henriques, divulgado na nota intitulada “SKY E Governo do Estado do Rio de Janeiro lançam plano de TV por assinatura para áreas de UPPs” divulgada em 14 de setembro de 2010 para lançar a SKY UPP. Tal nota encontra-se disponível em </span>[http://www.sky.com.br/institucional/empresa/PDFs/pressrelease-36.pdf <span lang="PT-BR">http://www.sky.com.br/institucional/empresa/PDFs/pressrelease-36.pdf</span>]<span lang="PT-BR">(Acessado em 17 de outubro de 2014)</span></span></p> </div> <div id="ftn4"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref4|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[4]</span></span>]]<span lang="PT-BR">Obviamente o aumento dos aluguéis não se deve apenas ao processo de “pacificação”, mas também à valorização imobiliária ocorrida em quase todas as capitais brasileiras e, especialmente, na cidade do Rio de Janeiro. Nos últimos dez anos, os preços dos imóveis aumentaram até 700% na cidade do Rio, segundo aponta levantamento do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) entre 2002 e 2012. Fonte: </span>[http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/rio-precos-de-imoveis-aumentam-ate-700-em-dez-anos-20120420.html <span lang="PT-BR">http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/rio-precos-de-imoveis-aumentam-ate-700-em-dez-anos-20120420.html</span>]<span lang="PT-BR">(Acessado no dia 18 de novembro de 2014).</span></span></p> </div> <div id="ftn5"><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif;">[[#_ftnref5|<span style="font-size:10.0pt"><span style="line-height:115%">[5]</span></span>]]<span lang="PT-BR">Disponível em </span>[http://www.canalibase.org.br/a-regularizacao-fundiaria-em-xeque/ <span lang="PT-BR">http://www.canalibase.org.br/a-regularizacao-fundiaria-em-xeque/</span>]<span lang="PT-BR">(Acessado em 19 de novembro de 2013).</span></span></p> </div> </div>
[[Category:Polícia]] [[Category:Unidades de Polícia Pacificadora]] [[Category:Polícia Militar]] [[Category:Santa Marta]] [[Category:Policiamento]] [[Category:Temática - Segurança]] [[Category:Temática - Violência]]