Complexo da Maré: mudanças entre as edições
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{{Território | |||
|title=Complexo da Maré | |||
|image=São Paulo satellite image, Landsat-5 2010-04-18 (cropped).jpg | |||
|imgdesc=São Paulo Imagem de teste | |||
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'''BAIRRO DA MARÉ''' é um bairro do [[Localizado em::Rio de Janeiro]] no [[País::Brasil]]. Criado em [[Ano::1994]], a população é de [[População::4.575.532]] e a área [[Has area::2,058 km²]]. Conta com [[Unidades de saúde::5]] Unidades de saúde, [[Escolas: 10]] escolas e [[Associações::10]] Associações e coletivos. Território:[[Território::Complexo da Maré]]. Tipo: [[Tipo::Território]] | |||
= Bairro da Maré = | |||
{{Info/Território | |||
<!-- Cabeçalho --> | |||
|nome = Complexo da Maré | |||
|mapa = SaoPaulo RM SaoPaulo.svg | |||
|imagem = São Paulo satellite image, Landsat-5 2010-04-18 (cropped).jpg | |||
|estado = Rio de Janeiro | |||
|lei = [[s:Lei Complementar do Brasil 14 de 1973|14 (federal)]], [[s:Lei Complementar do Estado de São Paulo 94 de 1973|94 (estadual)]] | |||
|data= {{Dtlink|8|6|1973|idade}} | |||
|municípios = 39 | |||
|sede = Rio de Janeiro | |||
| regiões limítrofes = [[Manguinhos|Manguinhos]]<br/>[[Jacarezinho|Jacarezinho]]<br/>[[Acari|Acari]]<br/>[[Rocinha|Rocinha]] | |||
<!-- Características geográficas --> | |||
|área = 7946.84 | |||
|população = 22048504 | |||
|população_pos = 1 | |||
|data_pop = Estimativa Populacional [[IBGE]]/[[2021]] | |||
|idh = 0.794 | |||
|data_idh = [[PNUD]]/[[2010]] | |||
|idh_pos = 1 | |||
|idh_ref =<ref name="IDH_RM">{{citar web |url=http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/ranking |titulo=Ranking de todas as RMs |data=2014 |autor=PNUD |publicado=Atlas do desenvolvimento Humano do Brasil |notas=Seção ''Região Metropolitana''|acessodata=5 de dezembro de 2014}}</ref> | |||
|pib = 2 trilhões | |||
|data_pib = [[IBGE]]/[[2018]]<ref>{{Citar web |url=http://noticias.r7.com/economia/grande-sao-paulo-concentra-23-da-populacao-e-33-da-renda-nacional-25062020 |titulo=Grande São Paulo concentra 23% da população e 33% da renda nacional |data=2020-06-25 |acessodata=2021-10-31 |website=R7.com |lingua=pt-br}}</ref> | |||
|pib_per_capita = 47 156,64 | |||
|data_pib_per_capita = [[Seade]]/[[2013]]<ref name="Seade_PIB_PER_CAPITA">{{citar web |url=http://produtos.seade.gov.br/produtos/perfil_regional/index.php|titulo=Perfil Regional, Perfil da Região, Região Metropolitana de São Paulo, Economia, PIB per Capita (Em reais correntes)|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (SEADE) |acessodata=4 de Setembro de 2014}}</ref> | |||
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O BAIRRO DA MARÉ, criado em 1994, compreende um conjunto de 17 comunidades onde moram cerca de 140 mil pessoas. A região margeia a Baía de Guanabara e está localizada entre importantes vias rodoviárias que cortam a cidade do Rio de Janeiro: Avenida Brasil, Linha Vermelha, Linha Amarela e Transcarioca. Essa área se estende paralelamente à pista de subida da Avenida Brasil (sentido Zona Oeste da cidade), desde a FIOCRUZ (antigo prédio do Ministério da Saúde, em Manguinhos) - passando pela entrada para o Aeroporto Internacional do Galeão - até o bairro da Penha. A região da Maré, assim chamada por causa dos mangues e praias que dominavam sua paisagem, foi sendo ocupada desde o período colonial, quando exerceu preponderante papel econômico, seja por nela existirem dois portos por onde era escoada a produção das fazendas locais, seja por ter alimentado com seus mangues, os engenhos de cana de açúcar e as olarias que ali se instalaram. | |||
== Bairro da Maré == | |||
Autora: [https://wikifavelas.com.br/index.php?title=Usuário:Cláudia_Rose&action=edit&redlink=1 Cláudia Rose Ribeiro da Silva]. | Autora: [https://wikifavelas.com.br/index.php?title=Usuário:Cláudia_Rose&action=edit&redlink=1 Cláudia Rose Ribeiro da Silva]. | ||
Em 1946, a Avenida Brasil foi inaugurada e passou a ser parte inseparável da fisionomia da região, facilitando a migração (principalmente nordestina), o acesso dos moradores aos locais de trabalho, e a chegada do material necessário aos aterros e à construção de suas casas. A ocupação da região atingiu seu auge na década de 1970, tendo se espraiado sobre as águas da Baía de Guanabara, como um impressionante aglomerado de habitações de madeira construídas sobre palafitas. Na década de 1980, por meio do chamado Projeto Rio, houve a erradicação desse tipo de moradia. Foram realizados grandes aterros e construídos conjuntos habitacionais na região para o reassentamento das famílias removidas das áreas palafitadas. Na década de 1990, durante a primeira gestão do prefeito César Maia, foi criado o bairro da Maré por meio da Lei Municipal nº 2.119 de 19 de janeiro de 1994, publicada em Diário Oficial de 24 de janeiro do mesmo ano. Tendo sido alvo de inúmeros projetos governamentais e de acordo com diversos interesses políticos, a Maré, até então considerada como favela, passou a ser tratada pelo poder público como área totalmente urbanizada, condição esta que viabilizou a criação do bairro. No entanto, os moradores não foram consultados sobre tal decisão ou sequer tiveram conhecimento da mudança realizada. | |||
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'''Origem: '''Wikipédia, a enciclopédia livre. | '''Origem: '''Wikipédia, a enciclopédia livre. | ||
= História = | == História == | ||
== 1940: Comunidade Morro do Timbau == | === 1940: Comunidade Morro do Timbau === | ||
Localiza-se no Morro do Timbau (do tupi thybau: "entre as águas"), originalmente uma área seca entre os manguezais e alagadiços às margens da Baía de Guanabara. Iniciou-se com a chegada de Orosina Vieira, considerada tradicionalmente como sua primeira moradora. De acordo com o próprio depoimento, ela encantou-se pelo lugar aprazível e desocupado, durante um passeio dominical pela praia de Inhaúma. Com pedaços de madeira trazidos pela maré, demarcou uma área no morro, para ali construir, com o marido, um pequeno barraco: a primeira habitação do Timbau. Com a abertura da Avenida Brasil, em meados da década de 1940, a ocupação tomou impulso. | Localiza-se no Morro do Timbau (do tupi thybau: "entre as águas"), originalmente uma área seca entre os manguezais e alagadiços às margens da Baía de Guanabara. Iniciou-se com a chegada de Orosina Vieira, considerada tradicionalmente como sua primeira moradora. De acordo com o próprio depoimento, ela encantou-se pelo lugar aprazível e desocupado, durante um passeio dominical pela praia de Inhaúma. Com pedaços de madeira trazidos pela maré, demarcou uma área no morro, para ali construir, com o marido, um pequeno barraco: a primeira habitação do Timbau. Com a abertura da Avenida Brasil, em meados da década de 1940, a ocupação tomou impulso. | ||
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Esse controle conduziu à organização da população que, em 1954, fundou uma das primeiras associações de moradores de favela do Rio de Janeiro. Aos poucos, a organização comunitária começou a render frutos, tais como a distribuição de água, eletricidade, esgoto, pavimentação e coleta de lixo. Finalmente, com o Projeto Rio, um projeto federal de urbanização de toda a região, responsável pela maioria dos aterros e pela retirada das palafitas em 1982, alcançou-se a propriedade da terra. | Esse controle conduziu à organização da população que, em 1954, fundou uma das primeiras associações de moradores de favela do Rio de Janeiro. Aos poucos, a organização comunitária começou a render frutos, tais como a distribuição de água, eletricidade, esgoto, pavimentação e coleta de lixo. Finalmente, com o Projeto Rio, um projeto federal de urbanização de toda a região, responsável pela maioria dos aterros e pela retirada das palafitas em 1982, alcançou-se a propriedade da terra. | ||
== 1947: Baixa do Sapateiro == | === 1947: Baixa do Sapateiro === | ||
Ao contrário da comunidade do Morro do Timbau, cuja ocupação ocorreu em uma área elevada, com alguma organização, a da Baixa do Sapateiro, que lhe é adjacente, desenvolveu-se em uma área de baixada, alagadiça, sem maiores cuidados na organização. | Ao contrário da comunidade do Morro do Timbau, cuja ocupação ocorreu em uma área elevada, com alguma organização, a da Baixa do Sapateiro, que lhe é adjacente, desenvolveu-se em uma área de baixada, alagadiça, sem maiores cuidados na organização. | ||
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As palafitas desapareceram gradualmente graças a aterros promovidos pelos próprios moradores ao longo dos anos. As últimas foram demolidas na década de 1980, por iniciativa do Projeto Rio, do Governo Federal, sendo esses moradores transferidos para os novos conjuntos então construídos: a Vila do João e, mais tarde, a Vila do Pinheiro. Atualmente, a comunidade conta com cerca de 4.000 domicílios, com uma população estimada de 15.000 pessoas. | As palafitas desapareceram gradualmente graças a aterros promovidos pelos próprios moradores ao longo dos anos. As últimas foram demolidas na década de 1980, por iniciativa do Projeto Rio, do Governo Federal, sendo esses moradores transferidos para os novos conjuntos então construídos: a Vila do João e, mais tarde, a Vila do Pinheiro. Atualmente, a comunidade conta com cerca de 4.000 domicílios, com uma população estimada de 15.000 pessoas. | ||
== 1948: Conjunto Marcílio Dias == | === 1948: Conjunto Marcílio Dias === | ||
Formada na antiga Praia das Moreninhas, entre os terrenos da Casa do Marinheiro e da fábrica da Kelson, a partir de 1948 por oito famílias de pescadores que ali ergueram palafitas. O seu nome é uma homenagem a Marcílio Dias. | Formada na antiga Praia das Moreninhas, entre os terrenos da Casa do Marinheiro e da fábrica da Kelson, a partir de 1948 por oito famílias de pescadores que ali ergueram palafitas. O seu nome é uma homenagem a Marcílio Dias. | ||
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A comunidade conta, atualmente, com cerca de 4.000 domicílios, habitados por uma população estimada de 30.000 pessoas, com relativa infraestrutura como ruas e calçadas. Apesar das melhorias, é uma das comunidades mais marcadas pela violência no bairro. | A comunidade conta, atualmente, com cerca de 4.000 domicílios, habitados por uma população estimada de 30.000 pessoas, com relativa infraestrutura como ruas e calçadas. Apesar das melhorias, é uma das comunidades mais marcadas pela violência no bairro. | ||
== 1955: Parque Roquete Pinto == | === 1955: Parque Roquete Pinto === | ||
Surgiu através de uma série de aterros realizados pelos próprios moradores, a partir de 1955, às custas do manguezal. O processo de urbanização deu lugar a domicílios de alvenaria. O seu nome deve-se à existência de uma base e torre de transmissão da Rádio Roquette-Pinto. Os transmissores da estação foram furtados em 1995, deixando a estação de rádio fora do ar daquela data até julho de 2002. | Surgiu através de uma série de aterros realizados pelos próprios moradores, a partir de 1955, às custas do manguezal. O processo de urbanização deu lugar a domicílios de alvenaria. O seu nome deve-se à existência de uma base e torre de transmissão da Rádio Roquette-Pinto. Os transmissores da estação foram furtados em 1995, deixando a estação de rádio fora do ar daquela data até julho de 2002. | ||
== 1961: Comunidade Parque Rubens Vaz == | === 1961: Comunidade Parque Rubens Vaz === | ||
Formou-se a partir de 1951, quando a areia oriunda da dragagem do canal da Zona Portuária ainda causava problemas aos moradores. O seu nome é uma homenagem ao major Rubens Florentino Vaz. Atualmente, conta com cerca de 1.200 domicílios e com uma população estimada em 15.000 pessoas. Possui comércio variado, terminal de ônibus, posto de saúde municipal e um Centro Integrado de Educação Pública. | Formou-se a partir de 1951, quando a areia oriunda da dragagem do canal da Zona Portuária ainda causava problemas aos moradores. O seu nome é uma homenagem ao major Rubens Florentino Vaz. Atualmente, conta com cerca de 1.200 domicílios e com uma população estimada em 15.000 pessoas. Possui comércio variado, terminal de ônibus, posto de saúde municipal e um Centro Integrado de Educação Pública. | ||
== 1961: Parque União == | === 1961: Parque União === | ||
Formou-se a partir de um loteamento promovido por um advogado, cujo projeto era o de criar um bairro popular, com boa infraestrutura urbana. Outras fontes referem que a comunidade é fruto de uma das primeiras invasões urbanas planejadas de que se tem notícia, em fins da década de 1950. | Formou-se a partir de um loteamento promovido por um advogado, cujo projeto era o de criar um bairro popular, com boa infraestrutura urbana. Outras fontes referem que a comunidade é fruto de uma das primeiras invasões urbanas planejadas de que se tem notícia, em fins da década de 1950. | ||
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Atualmente, conta com uma população estimada em 30.000 habitantes, comércio de pequeno e médio porte, diversas creches e um Centro Integrado de Educação Pública. É a área mais desenvolvida da região. | Atualmente, conta com uma população estimada em 30.000 habitantes, comércio de pequeno e médio porte, diversas creches e um Centro Integrado de Educação Pública. É a área mais desenvolvida da região. | ||
== 1962: Nova Holanda == | === 1962: Nova Holanda === | ||
Planejada e construída pelo poder público na década de 1960, sob o governo de Carlos Lacerda, sobre um aterro realizado ao lado do Parque Maré. O grande porte desse aterro influenciou a escolha do nome do empreendimento - Nova Holanda - uma vez que aquela região europeia foi formada, em grande parte, por aterros. | Planejada e construída pelo poder público na década de 1960, sob o governo de Carlos Lacerda, sobre um aterro realizado ao lado do Parque Maré. O grande porte desse aterro influenciou a escolha do nome do empreendimento - Nova Holanda - uma vez que aquela região europeia foi formada, em grande parte, por aterros. | ||
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Os alojamentos deveriam servir como uma etapa intermediária no assentamento definitivo dessas populações em Conjuntos Habitacionais na periferia da cidade. Entretanto, por falta de continuidade política do projeto, em casas provisórias de madeira, acabaram por se tornar definitivas, registrando-se a favelização do conjunto na medida em que cada morador introduziu modificações arquitetônicas conforme as próprias necessidades e a seu próprio critério. A falta de serviços básicos, os conflitos que foram surgindo e o rígido controle da Fundação Leão XIII levaram ao estabelecimento da associação de moradores na década de 1980. Com a atuação do Projeto Rio, do Governo Federal, o conjunto se consolidou como uma das maiores aglomerações de baixa renda da cidade. | Os alojamentos deveriam servir como uma etapa intermediária no assentamento definitivo dessas populações em Conjuntos Habitacionais na periferia da cidade. Entretanto, por falta de continuidade política do projeto, em casas provisórias de madeira, acabaram por se tornar definitivas, registrando-se a favelização do conjunto na medida em que cada morador introduziu modificações arquitetônicas conforme as próprias necessidades e a seu próprio critério. A falta de serviços básicos, os conflitos que foram surgindo e o rígido controle da Fundação Leão XIII levaram ao estabelecimento da associação de moradores na década de 1980. Com a atuação do Projeto Rio, do Governo Federal, o conjunto se consolidou como uma das maiores aglomerações de baixa renda da cidade. | ||
== 1962: Praia de Ramos == | === 1962: Praia de Ramos === | ||
Originalmente uma comunidade de pescadores estabelecida por volta de 1962 na antiga Praia de Maria Angú, vizinha ao terreno do quartel do 24° Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro. Atualmente, conta com cerca de mil domicílios e com uma população estimada em quase 4.000 pessoas. A comunidade dispõe de um comércio de pequeno porte, um posto policial, dois postos de saúde municipais, duas escolas e uma unidade da Fundação Leão XIII, além do Piscinão de Ramos e do Parque Ambiental Carlos Roberto de Oliveira Dicró | Originalmente uma comunidade de pescadores estabelecida por volta de 1962 na antiga Praia de Maria Angú, vizinha ao terreno do quartel do 24° Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro. Atualmente, conta com cerca de mil domicílios e com uma população estimada em quase 4.000 pessoas. A comunidade dispõe de um comércio de pequeno porte, um posto policial, dois postos de saúde municipais, duas escolas e uma unidade da Fundação Leão XIII, além do Piscinão de Ramos e do Parque Ambiental Carlos Roberto de Oliveira Dicró | ||
== 1982: Conjunto Esperança == | === 1982: Conjunto Esperança === | ||
Conjunto habitacional erguido em 1982 pelo Projeto Rio, do Governo Federal, com 35 edifícios totalizando 1.400 apartamentos. Recebeu, à época, cerca de 7.000 pessoas, abrigando, atualmente, uma população estimada em mais de 8.000 pessoas. | Conjunto habitacional erguido em 1982 pelo Projeto Rio, do Governo Federal, com 35 edifícios totalizando 1.400 apartamentos. Recebeu, à época, cerca de 7.000 pessoas, abrigando, atualmente, uma população estimada em mais de 8.000 pessoas. | ||
== 1982: Vila do João == | === 1982: Vila do João === | ||
Conjunto habitacional erguido pelo Projeto Rio, do Governo Federal,em década de 1982, com 1.500 domicílios[7], destinados a abrigar as pessoas que viviam em palafitas na Baixa do Sapateiro. O seu nome é uma homenagem ao então presidente da república, João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985).[7] | Conjunto habitacional erguido pelo Projeto Rio, do Governo Federal,em década de 1982, com 1.500 domicílios[7], destinados a abrigar as pessoas que viviam em palafitas na Baixa do Sapateiro. O seu nome é uma homenagem ao então presidente da república, João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985).[7] | ||
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Atualmente, conta com cerca de 4.000 domicílios e uma população estimada em quase 12.000 pessoas. | Atualmente, conta com cerca de 4.000 domicílios e uma população estimada em quase 12.000 pessoas. | ||
== 1984: Vila do Pinheiro == | === 1984: Vila do Pinheiro === | ||
A área denominada genericamente como "Pinheiro" é fruto de um aterro promovido à época do Projeto Rio na década de 1980, que ligou a antiga Ilha do Pinheiro ao continente. Esse aterro destinava-se a assentar os antigos moradores das palafitas removidas da Baixa do Sapateiro e do Parque Maré. | A área denominada genericamente como "Pinheiro" é fruto de um aterro promovido à época do Projeto Rio na década de 1980, que ligou a antiga Ilha do Pinheiro ao continente. Esse aterro destinava-se a assentar os antigos moradores das palafitas removidas da Baixa do Sapateiro e do Parque Maré. | ||
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Posteriormente, a estes dois conjuntos habitacionais, somou-se o vizinho Conjunto Novo Pinheiro (popularmente designado como "Salsa e Merengue"). | Posteriormente, a estes dois conjuntos habitacionais, somou-se o vizinho Conjunto Novo Pinheiro (popularmente designado como "Salsa e Merengue"). | ||
== 1992: Conjunto Bento Ribeiro Dantas == | === 1992: Conjunto Bento Ribeiro Dantas === | ||
Foi erguido em frente ao Conjunto Pinheiro na década de 1990. No início, foi popularmente apelidado de "Fogo Cruzado", uma vez que se encontrava na linha de tiro entre facções criminosas rivais que disputam o controle do crime no bairro. | Foi erguido em frente ao Conjunto Pinheiro na década de 1990. No início, foi popularmente apelidado de "Fogo Cruzado", uma vez que se encontrava na linha de tiro entre facções criminosas rivais que disputam o controle do crime no bairro. | ||
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Os seus moradores vieram de outras favelas, consideradas de risco pelos técnicos da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro através do Programa Morar sem Risco e que não podiam ser urbanizadas pelo Programa Favela-Bairro, implantado a partir de 1994. Atualmente, conta com cerca de 600 domicílios e com uma população estimada em 3.000 pessoas. | Os seus moradores vieram de outras favelas, consideradas de risco pelos técnicos da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro através do Programa Morar sem Risco e que não podiam ser urbanizadas pelo Programa Favela-Bairro, implantado a partir de 1994. Atualmente, conta com cerca de 600 domicílios e com uma população estimada em 3.000 pessoas. | ||
== 1996: Nova Maré == | === 1996: Nova Maré === | ||
Conjunto habitacional inaugurado pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro em 1995 com o fim de assentar moradores removidos de palafitas no Parque Roquete Pinto e na comunidade conhecida como "Kinder Ovo". Em área de aterro vizinha à Baixa do Sapateiro, decorrente da construção da Via Expressa Presidente João Goulart, o seu projeto segue as linhas do Conjunto Bento Ribeiro Dantas. Atualmente, conta com mais de 600 domicílios. É aqui que se encontra o "Projeto Uerê", que atende a crianças e adolescentes. | Conjunto habitacional inaugurado pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro em 1995 com o fim de assentar moradores removidos de palafitas no Parque Roquete Pinto e na comunidade conhecida como "Kinder Ovo". Em área de aterro vizinha à Baixa do Sapateiro, decorrente da construção da Via Expressa Presidente João Goulart, o seu projeto segue as linhas do Conjunto Bento Ribeiro Dantas. Atualmente, conta com mais de 600 domicílios. É aqui que se encontra o "Projeto Uerê", que atende a crianças e adolescentes. | ||
== 2000: Conjunto Novo Pinheiro (Salsa e Merengue) == | === 2000: Conjunto Novo Pinheiro (Salsa e Merengue) === | ||
Conjunto habitacional inaugurado no ano 2000 pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro com o nome oficial de Novo Pinheiro. Embora tenha história e características próprias, não contava ainda com uma associação de moradores, sendo incluído tradicionalmente no Conjunto Vila do Pinheiro. O seu nome popular é uma alusão à novela televisiva Salsa e Merengue, devido ao colorido das casas. | Conjunto habitacional inaugurado no ano 2000 pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro com o nome oficial de Novo Pinheiro. Embora tenha história e características próprias, não contava ainda com uma associação de moradores, sendo incluído tradicionalmente no Conjunto Vila do Pinheiro. O seu nome popular é uma alusão à novela televisiva Salsa e Merengue, devido ao colorido das casas. | ||
== Referências == | |||
#<cite>[https://web.archive.org/web/20130902085039/http://portalgeo.rio.rj.gov.br/bairroscariocas/index_bairro.htm# «Dados»]. Portalgeo.rio.rj.gov.br. Consultado em 25 de março de 2012. Arquivado do [http://portalgeo.rio.rj.gov.br/bairroscariocas/index_bairro.htm original] em 2 de setembro de 2013</cite> | #<cite>[https://web.archive.org/web/20130902085039/http://portalgeo.rio.rj.gov.br/bairroscariocas/index_bairro.htm# «Dados»]. Portalgeo.rio.rj.gov.br. Consultado em 25 de março de 2012. Arquivado do [http://portalgeo.rio.rj.gov.br/bairroscariocas/index_bairro.htm original] em 2 de setembro de 2013</cite> | ||
#↑ <sup>'''''[https://pt.wikipedia.org/wiki/Maré_(bairro)#cite_ref-armazemdedados.rio.rj.gov.br_2-0 Ir para:a]'''''</sup> <sup>'''''[https://pt.wikipedia.org/wiki/Maré_(bairro)#cite_ref-armazemdedados.rio.rj.gov.br_2-1 b]'''''</sup> <cite>[http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/1172_índice%20de%20desenvolvimento%20humano%20municipal%20(idh).xls «Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000»]. Armazemdedados.rio.rj.gov.br</cite> | #↑ <sup>'''''[https://pt.wikipedia.org/wiki/Maré_(bairro)#cite_ref-armazemdedados.rio.rj.gov.br_2-0 Ir para:a]'''''</sup> <sup>'''''[https://pt.wikipedia.org/wiki/Maré_(bairro)#cite_ref-armazemdedados.rio.rj.gov.br_2-1 b]'''''</sup> <cite>[http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/1172_índice%20de%20desenvolvimento%20humano%20municipal%20(idh).xls «Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000»]. Armazemdedados.rio.rj.gov.br</cite> | ||
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#[https://pt.wikipedia.org/wiki/Maré_(bairro)#cite_ref-9 ↑] <cite>Institutovidareal.org.br [https://web.archive.org/web/20120209023534/http://www.institutovidareal.org.br/index.html https://web.archive.org/web/20120209023534/http://www.institutovidareal.org.br/index.html]. Arquivado do [http://institutovidareal.org.br/index.html original] em 9 de fevereiro de 2012</cite> Em falta ou vazio <code>|título=</code> ([https://pt.wikipedia.org/wiki/Ajuda:Erros_nas_referências#citation_missing_title ajuda]) | #[https://pt.wikipedia.org/wiki/Maré_(bairro)#cite_ref-9 ↑] <cite>Institutovidareal.org.br [https://web.archive.org/web/20120209023534/http://www.institutovidareal.org.br/index.html https://web.archive.org/web/20120209023534/http://www.institutovidareal.org.br/index.html]. Arquivado do [http://institutovidareal.org.br/index.html original] em 9 de fevereiro de 2012</cite> Em falta ou vazio <code>|título=</code> ([https://pt.wikipedia.org/wiki/Ajuda:Erros_nas_referências#citation_missing_title ajuda]) | ||
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