Transformações Urbanas e Remoções de Favelas: mudanças entre as edições

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<span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">Autor: Alexandre Magalhães</span></span>


== <span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">'''<span style="color:black">Transformações urbanas recentes e retomada das remoções de favelas</span>'''</span></span> ==
== <span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">'''<span style="color:black">Transformações urbanas recentes e retomada das remoções de favelas</span>'''</span></span> ==
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<p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif"><span style="color:black">Os exemplos destas práticas foram muitos. Elas se renovavam e se atualizavam a partir de cada nova situação de remoção. E</span>stas práticas estavam a serviço da consolidação do controle estatal sobre estas populações e, no caso do Rio de Janeiro, alterando não somente a circulação e localização destas no espaço da cidade, mas também aumentando a reprodução de capital imobiliário. Se estas situações, por um lado, podem nos esclarecer os pontos de incidência dos mecanismos de poder, sua construção e reconstrução cotidiana, por outro, também nos apresentam a possibilidade de verificar como se elaboram diversificadas estratégias de resistência à sua efetivação e de afirmação de modos diferentes de viver na cidade.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">Os moradores constituíram diferentes maneiras de se manifestar diante das violações de direitos que significaram/significam estes processos. Fizeram protestos públicos, elaboraram dossiês denunciando as violações de direitos humanos, articularam-se a diferentes movimentos sociais, como o Conselho Popular, com instituições ligadas à Igreja Católica, como a Pastoral de Favelas, instituições públicas como a Defensoria Pública e universidades públicas. Realizaram denúncias internacionais, conseguiram chamar a atenção do mundo para o que ocorria. Foram estas mobilizações que ou impediram a remoção, como no caso do Morro dos Prazeres e Arroio Pavuna, ou as interromperam, como na Providência, Estradinha-Tabajaras e outras.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p>  
<p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif"><span style="color:black">Os exemplos destas práticas foram muitos. Elas se renovavam e se atualizavam a partir de cada nova situação de remoção. E</span>stas práticas estavam a serviço da consolidação do controle estatal sobre estas populações e, no caso do Rio de Janeiro, alterando não somente a circulação e localização destas no espaço da cidade, mas também aumentando a reprodução de capital imobiliário. Se estas situações, por um lado, podem nos esclarecer os pontos de incidência dos mecanismos de poder, sua construção e reconstrução cotidiana, por outro, também nos apresentam a possibilidade de verificar como se elaboram diversificadas estratégias de resistência à sua efetivação e de afirmação de modos diferentes de viver na cidade.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">Os moradores constituíram diferentes maneiras de se manifestar diante das violações de direitos que significaram/significam estes processos. Fizeram protestos públicos, elaboraram dossiês denunciando as violações de direitos humanos, articularam-se a diferentes movimentos sociais, como o Conselho Popular, com instituições ligadas à Igreja Católica, como a Pastoral de Favelas, instituições públicas como a Defensoria Pública e universidades públicas. Realizaram denúncias internacionais, conseguiram chamar a atenção do mundo para o que ocorria. Foram estas mobilizações que ou impediram a remoção, como no caso do Morro dos Prazeres e Arroio Pavuna, ou as interromperam, como na Providência, Estradinha-Tabajaras e outras.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p>  
== <span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">'''Bibliografia'''</span></span> ==
== <span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">'''Bibliografia'''</span></span> ==
<p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">AZEVEDO, L., FAULHABER, L. SMH 2016: remoção no Rio Olímpico, Mórula Editorial, Rio de Janeiro, 124p, 2015.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">CARDOSO, Adauto Lúcio; MELLO, Irene de Queiroz; e JAENISCH, Samuel Thomas. “A implementação do Programa Minha Casa Minha Vida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: agentes, processos e contradições”. In: Minha casa... e a cidade? avaliação do programa minha casa minha vida em seis estados brasileiros / organização Caio Santo Amore, Lúcia Zanin Shimbo, Maria Beatriz Cruz Rufino. Rio de Janeiro, Letra Capital, 2015.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">GONÇALVES, Rafael Soares. Políticas públicas e o retorno das remoções de favelas por ocasião das chuvas de abril de 2010 no Rio de Janeiro. In: Kant de Lima, Roberto; Mello, Marco Antonio da Silva; Freire, Letícia de Luna (orgs.). Pensando o Rio: políticas públicas, conflitos urbanos e modos de habitar. Niteroi, Intertexto, 2015</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">GUTTERRES, Anelise dos Santos. A resiliência enquanto experiência de dignidade: antropologia das práticas políticas em um cotidiano de lutas e contestações junto a moradoras ameaçadas de remoção nas cidades sede da Copa do Mundo 2014. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">MACHADO DA SILVA, Luiz Antônio. A continuidade do problema da favela. In: Oliveira, Lúcia Lippi (org.), Cidade: História e Desafios. Rio de Janeiro: FGV, 2002.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">MAGALHÃES, Alexandre. O “legado” dos megaeventos esportivos: a reatualização da remoção de favelas no Rio de Janeiro. Revista Horizontes Antropológicos, n. 40, p. 89-118, jul./dez, 2013.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">MAGALHÃES, Alexandre. Transformações no “problema favela” e a reatualização da “remoção” no Rio de Janeiro. Tese de Doutorado. Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">MENDES, Alexandre; COCCO, Giuseppe (orgs.). A resistência à remoção de favelas no Rio de Janeiro: instituições do comum e resistências urbanas: a história do Núcleo de Terras e Habitação (2007 – 2011). Rio de Janeiro: Editora Revan, 2016.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">NABACK, Clarissa Pires. Remoções biopolíticas: o habitar e a resistência da Vila Autódromo. Dissertação de Mestrado (Direito). PUC-Rio, 2015.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">PETTI, Daniela. “Não tem preço, ninguém esquece sua vida assim”: uma etnografia sobre a “luta” contra as remoções de favelas no Rio de Janeiro. Trabalho de Conclusão de Curso. Escola de Ciências Sociais, Fundação Getúlio Vargas, 2016.</span></span></p> <p style="text-align:justify">&nbsp;</p>
<p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">AZEVEDO, L., FAULHABER, L. SMH 2016: remoção no Rio Olímpico, Mórula Editorial, Rio de Janeiro, 124p, 2015.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">CARDOSO, Adauto Lúcio; MELLO, Irene de Queiroz; e JAENISCH, Samuel Thomas. “A implementação do Programa Minha Casa Minha Vida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: agentes, processos e contradições”. In: Minha casa... e a cidade? avaliação do programa minha casa minha vida em seis estados brasileiros / organização Caio Santo Amore, Lúcia Zanin Shimbo, Maria Beatriz Cruz Rufino. Rio de Janeiro, Letra Capital, 2015.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">GONÇALVES, Rafael Soares. Políticas públicas e o retorno das remoções de favelas por ocasião das chuvas de abril de 2010 no Rio de Janeiro. In: Kant de Lima, Roberto; Mello, Marco Antonio da Silva; Freire, Letícia de Luna (orgs.). Pensando o Rio: políticas públicas, conflitos urbanos e modos de habitar. Niteroi, Intertexto, 2015</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">GUTTERRES, Anelise dos Santos. A resiliência enquanto experiência de dignidade: antropologia das práticas políticas em um cotidiano de lutas e contestações junto a moradoras ameaçadas de remoção nas cidades sede da Copa do Mundo 2014. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">MACHADO DA SILVA, Luiz Antônio. A continuidade do problema da favela. In: Oliveira, Lúcia Lippi (org.), Cidade: História e Desafios. Rio de Janeiro: FGV, 2002.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">MAGALHÃES, Alexandre. O “legado” dos megaeventos esportivos: a reatualização da remoção de favelas no Rio de Janeiro. Revista Horizontes Antropológicos, n. 40, p. 89-118, jul./dez, 2013.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">MAGALHÃES, Alexandre. Transformações no “problema favela” e a reatualização da “remoção” no Rio de Janeiro. Tese de Doutorado. Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">MENDES, Alexandre; COCCO, Giuseppe (orgs.). A resistência à remoção de favelas no Rio de Janeiro: instituições do comum e resistências urbanas: a história do Núcleo de Terras e Habitação (2007 – 2011). Rio de Janeiro: Editora Revan, 2016.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">NABACK, Clarissa Pires. Remoções biopolíticas: o habitar e a resistência da Vila Autódromo. Dissertação de Mestrado (Direito). PUC-Rio, 2015.</span></span></p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">&nbsp;</p> <p style="margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify"><span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">PETTI, Daniela. “Não tem preço, ninguém esquece sua vida assim”: uma etnografia sobre a “luta” contra as remoções de favelas no Rio de Janeiro. Trabalho de Conclusão de Curso. Escola de Ciências Sociais, Fundação Getúlio Vargas, 2016.</span></span></p>
<span style="font-size:medium"><span style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif">Autor: Alexandre Magalhães</span></span>