Política na favela (artigo): mudanças entre as edições

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'''Autor: Luiz Antonio Machado da Silva''' &nbsp; '''Artigo originalmente publicado&nbsp;na revista Cadernos Brasileiros, Ano IX, no 41, 1967, pp. 35-47<ref>À época da primeira publicação deste artigo, o autor era pesquisador da Companhia de Desenvolvimento de Comunidades (Codesco) do Governo do Estado da Guanabara. Para mais informações sobre a biografia do autor, consultar a entrevista neste número, pp. 663-698.</ref>, republicado na revista&nbsp;[https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/viewFile/7275/5855 DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social] - Vol. 4 - no 4 - OUT/NOV/DEZ 2011 - pp. 699-716, e gentilmente cedido pelo autor para reprodução neste Dicionário.''' &nbsp;
= '''A política na favela''' =


A questão das favelas costuma ser estudada com finalidades pragmáticas sob dois tipos de análise: a que pretende propor “soluções” para o “problema social das favelas” e a que pretende traçar linhas de ação político - ideológicas − esta em muito menor quantidade.
'''Autor: Luiz Antonio Machado da Silva''' &nbsp; '''Artigo originalmente publicado&nbsp;na revista Cadernos Brasileiros, Ano IX, no 41, 1967, pp. 35-47<ref>À época da primeira publicação deste artigo, o autor era pesquisador da Companhia de Desenvolvimento de Comunidades (Codesco) do Governo do Estado da Guanabara. Para mais informações sobre a biografia do autor, consultar a entrevista neste número, pp. 663-698.</ref>, republicado na revista&nbsp;[https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/viewFile/7275/5855 DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social] - Vol. 4 - no 4 - OUT/NOV/DEZ 2011 - pp. 699-716, e gentilmente cedido pelo autor para reprodução neste Dicionário.''' &nbsp;


O primeiro tipo geralmente parte do pressuposto − explicito ou não − de que é preciso “integrar” as favelas e os favelados à “comunidade nacional”, o que implica, obviamente, afirmar que as favelas são autônomas, com uma vida própria e mais ou menos independente. Em geral, essa ideia de autonomia é expressa em termos de “marginalidade” sociopolítica e econômica.
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Não há dúvida de que, em certo sentido, a favela é de fato marginal. Ela é marginal