Rocinha: mudanças entre as edições

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<p style="text-align: justify;">Retirado de: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Rocinha Wikipédia, a enciclopédia livre]</p> <p style="text-align: justify;">[[File:Visão Panorâmica da Rocinha.jpg|thumb|center|800px|Visão da favela]]</p>  
<p style="text-align: justify;">Retirado de: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Rocinha Wikipédia, a enciclopédia livre]</p> <p style="text-align: justify;">[[File:Visão Panorâmica da Rocinha.jpg|thumb|center|800px|Visão da favela]]</p>  
= Introdução =
= Introdução =
<p style="text-align: justify;">[[File:Padrão Urbanístico da Rocinha.jpg|thumb|right|x300px|Padrão Urbanístico da Rocinha.jpg]]A&nbsp;'''Rocinha'''&nbsp;é uma&nbsp;favela&nbsp;localizada na&nbsp;Zona Sul&nbsp;do município do&nbsp;Rio de Janeiro, no&nbsp;Brasil. Destaca-se por ser a maior&nbsp;favela&nbsp;do país, contando com cerca de 70 mil habitantes.&nbsp;A região passou a ser considerada um bairro e foi delimitada pela Lei Nº 1 995 de 18 de junho de 1993, com alterações nos limites dos bairros da&nbsp;Gávea,&nbsp;Vidigal&nbsp;e&nbsp;São Conrado.&nbsp;O nome advém de uma fazenda, uma "roça" que na década de 1920 foi tomada pela expansão da mancha urbana. Em 1927 foi loteada por Castro Guidas & Cia, paralisado pela prefeitura, a [[Município do Rio de Janeiro::Rocinha]] foi crescendo sem nenhuma regularização dos terrenos. Em 1970, a&nbsp;favela&nbsp;possuía 130 mil habitantes segundo o&nbsp;IBGE. Sendo apelidada como a maior&nbsp;comunidade&nbsp;sul-americana.</p> <p style="text-align: justify;">Se localiza entre os bairros da Gávea, São Conrado (dois dos bairros com o&nbsp;imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana&nbsp;(IPTU) mais alto da cidade) e Vidigal.A proximidade entre as residências de&nbsp;classe alta&nbsp;dos dois primeiros bairros e as de&nbsp;classe baixa&nbsp;da Rocinha marca um profundo contraste urbano na paisagem da região, o que é, frequentemente, citado como um símbolo da&nbsp;desigualdade social&nbsp;do Brasil. Seu&nbsp;índice de desenvolvimento humano&nbsp;(IDH) no ano 2000 era de 0,732, o 120º colocado entre 126 regiões analisadas no município do Rio de Janeiro.</p> <p style="text-align: justify;">A Rocinha tem características peculiares: atualmente, encontra-se, no bairro Barcelos, uma grande variedade de comércio e serviços, além de muitos&nbsp;imóveis&nbsp;residenciais de qualidade. Já em outras áreas, como a Vila Macega, encontram-se casas de madeira em situação de risco e sem&nbsp;infraestrutura, onde diversas famílias vivem em extrema&nbsp;pobreza. Sua população é estimada em 120 000 moradores pelos registros da&nbsp;Light S.A., em 62 000 pelo último&nbsp;censo&nbsp;oficial e em mais de 150 000 segundo os próprios moradores.</p> <p style="text-align: justify;">Dados do Censo 2010:</p>  
<p style="text-align: justify;">[[File:Padrão Urbanístico da Rocinha.jpg|thumb|right|x300px|Padrão Urbanístico da Rocinha.jpg]]A&nbsp;'''Rocinha'''&nbsp;é uma&nbsp;favela&nbsp;localizada na&nbsp;Zona Sul&nbsp;do município do&nbsp;Rio de Janeiro, no&nbsp;Brasil. Destaca-se por ser a maior&nbsp;favela&nbsp;do país, contando com cerca de 70 mil habitantes.&nbsp;A região passou a ser considerada um bairro e foi delimitada pela Lei Nº 1 995 de 18 de junho de 1993, com alterações nos limites dos bairros da&nbsp;Gávea,&nbsp;Vidigal&nbsp;e&nbsp;São Conrado.&nbsp;O nome advém de uma fazenda, uma "roça" que na década de 1920 foi tomada pela expansão da mancha urbana. Em 1927 foi loteada por Castro Guidas & Cia, paralisado pela prefeitura, a Rocinha foi crescendo sem nenhuma regularização dos terrenos. Em 1970, a&nbsp;favela&nbsp;possuía 130 mil habitantes segundo o&nbsp;IBGE. Sendo apelidada como a maior&nbsp;comunidade&nbsp;sul-americana.</p> <p style="text-align: justify;">Se localiza entre os bairros da Gávea, São Conrado (dois dos bairros com o&nbsp;imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana&nbsp;(IPTU) mais alto da cidade) e Vidigal.A proximidade entre as residências de&nbsp;classe alta&nbsp;dos dois primeiros bairros e as de&nbsp;classe baixa&nbsp;da Rocinha marca um profundo contraste urbano na paisagem da região, o que é, frequentemente, citado como um símbolo da&nbsp;desigualdade social&nbsp;do Brasil. Seu&nbsp;índice de desenvolvimento humano&nbsp;(IDH) no ano 2000 era de 0,732, o 120º colocado entre 126 regiões analisadas no município do Rio de Janeiro.</p> <p style="text-align: justify;">A Rocinha tem características peculiares: atualmente, encontra-se, no bairro Barcelos, uma grande variedade de comércio e serviços, além de muitos&nbsp;imóveis&nbsp;residenciais de qualidade. Já em outras áreas, como a Vila Macega, encontram-se casas de madeira em situação de risco e sem&nbsp;infraestrutura, onde diversas famílias vivem em extrema&nbsp;pobreza. Sua população é estimada em 120 000 moradores pelos registros da&nbsp;Light S.A., em 62 000 pelo último&nbsp;censo&nbsp;oficial e em mais de 150 000 segundo os próprios moradores.</p> <p style="text-align: justify;">Dados do Censo 2010:</p>  
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<p style="text-align: justify;">[[File:Cerco à Rocinha.jpg|thumb|center|x400px|Cerco à Rocinha.jpg]]Em 17 de setembro de 2017, 60 bandidos ligados ao traficante&nbsp;Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, invadiram a comunidade e juntaram-se a outros. O objetivo da ação era retomar o domínio dos pontos de venda de drogas sob o comando de&nbsp;Rogério Avelino, o Rogério 157, o então chefe do tráfico na Rocinha.<span style="font-size: 10.8333px;">&nbsp;</span></p> <p style="text-align: justify;">No dia 22 de setembro de 2017, as&nbsp;Forças Armadas&nbsp;realizaram um cerco à comunidade após dias de tiroteios. Para a realização do cerco, foram mobilizados 950 homens do&nbsp;Exército, da&nbsp;Marinha&nbsp;e da&nbsp;Aeronáutica, além de dezenas de blindados e de helicópteros. Outros três batalhões do&nbsp;Exército, que somavam 3 mil homens, ficaram de prontidão caso a situação se agravasse.<span style="font-size: 10.8333px;">&nbsp;</span>&nbsp;As Forças Armadas ficaram no entorno da Rocinha em apoio às operações feitas pelas polícias&nbsp;Civil&nbsp;e&nbsp;Militar.</p> <p style="text-align: justify;">Em 27 de setembro de 2017, o prefeito&nbsp;Marcelo Crivella, em reunião com secretários e com forças policiais, anunciou um conjunto de obras na Rocinha. Segundo Crivella, o financiamento das ações, orçadas em R$ 15 milhões, seria feito com o dinheiro arrecadado pelo município com a renovação do contrato de patrocínio do&nbsp;Itaú&nbsp;ao&nbsp;serviço de aluguel de bicicletas&nbsp;da cidade, o&nbsp;Bike Rio.<span style="font-size: 10.8333px;">&nbsp;</span>&nbsp;As ações tiveram início no dia 28 e envolviam, dentre outros serviços: a reforma de&nbsp;quadras esportivas; a substituição de lâmpadas apagadas nos&nbsp;postes; o fechamento de buracos nas casas provocados por&nbsp;tiros; a reabertura da Biblioteca Parque, da Escola de Música da Rocinha e do Centro Lúdica; e a instalação de uma Nave do Conhecimento.<span style="font-size: 10.8333px;">&nbsp;</span></p> <p style="text-align: justify;">No dia 28, o então&nbsp;ministro da Defesa,&nbsp;Raul Jungmann, anunciou a retirada das Forças Armadas da comunidade. No dia seguinte, as tropas que atuaram no cerco à Rocinha deixaram a favela. Ao fim do cerco, foram apreendidos 25&nbsp;fuzis, 14&nbsp;granadas, 7&nbsp;bombas de fabricação caseira&nbsp;e 125&nbsp;carregadores de armas, enquanto que 24 suspeitos foram presos, nenhum deles considerado chefe do tráfico.&nbsp;</p>  
<p style="text-align: justify;">[[File:Cerco à Rocinha.jpg|thumb|center|x400px|Cerco à Rocinha.jpg]]Em 17 de setembro de 2017, 60 bandidos ligados ao traficante&nbsp;Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, invadiram a comunidade e juntaram-se a outros. O objetivo da ação era retomar o domínio dos pontos de venda de drogas sob o comando de&nbsp;Rogério Avelino, o Rogério 157, o então chefe do tráfico na Rocinha.<span style="font-size: 10.8333px;">&nbsp;</span></p> <p style="text-align: justify;">No dia 22 de setembro de 2017, as&nbsp;Forças Armadas&nbsp;realizaram um cerco à comunidade após dias de tiroteios. Para a realização do cerco, foram mobilizados 950 homens do&nbsp;Exército, da&nbsp;Marinha&nbsp;e da&nbsp;Aeronáutica, além de dezenas de blindados e de helicópteros. Outros três batalhões do&nbsp;Exército, que somavam 3 mil homens, ficaram de prontidão caso a situação se agravasse.<span style="font-size: 10.8333px;">&nbsp;</span>&nbsp;As Forças Armadas ficaram no entorno da Rocinha em apoio às operações feitas pelas polícias&nbsp;Civil&nbsp;e&nbsp;Militar.</p> <p style="text-align: justify;">Em 27 de setembro de 2017, o prefeito&nbsp;Marcelo Crivella, em reunião com secretários e com forças policiais, anunciou um conjunto de obras na Rocinha. Segundo Crivella, o financiamento das ações, orçadas em R$ 15 milhões, seria feito com o dinheiro arrecadado pelo município com a renovação do contrato de patrocínio do&nbsp;Itaú&nbsp;ao&nbsp;serviço de aluguel de bicicletas&nbsp;da cidade, o&nbsp;Bike Rio.<span style="font-size: 10.8333px;">&nbsp;</span>&nbsp;As ações tiveram início no dia 28 e envolviam, dentre outros serviços: a reforma de&nbsp;quadras esportivas; a substituição de lâmpadas apagadas nos&nbsp;postes; o fechamento de buracos nas casas provocados por&nbsp;tiros; a reabertura da Biblioteca Parque, da Escola de Música da Rocinha e do Centro Lúdica; e a instalação de uma Nave do Conhecimento.<span style="font-size: 10.8333px;">&nbsp;</span></p> <p style="text-align: justify;">No dia 28, o então&nbsp;ministro da Defesa,&nbsp;Raul Jungmann, anunciou a retirada das Forças Armadas da comunidade. No dia seguinte, as tropas que atuaram no cerco à Rocinha deixaram a favela. Ao fim do cerco, foram apreendidos 25&nbsp;fuzis, 14&nbsp;granadas, 7&nbsp;bombas de fabricação caseira&nbsp;e 125&nbsp;carregadores de armas, enquanto que 24 suspeitos foram presos, nenhum deles considerado chefe do tráfico.&nbsp;</p>  
= Transportes =
= Transportes =
<p style="text-align: justify;">A [[Favelas e Periferias::Rocinha]] é margeada pela&nbsp;Autoestrada Lagoa-Barra, via que liga os bairros da&nbsp;Gávea&nbsp;e da&nbsp;Barra da Tijuca. Pela via, circulam diversas linhas de&nbsp;ônibus&nbsp;e de&nbsp;vans, que permitem que o morador vá para outros pontos da cidade. Já dentro da comunidade, circulam&nbsp;kombis&nbsp;e&nbsp;moto-táxis, que auxiliam no deslocamentos de quem sai e de quem volta para casa. A&nbsp;Estrada da Gávea, que corta a Rocinha, é a principal via no interior da comunidade, tendo início em&nbsp;São Conrado&nbsp;e estendendo-se até a&nbsp;Gávea.</p> <p style="text-align: justify;">A favela conta com uma estação do&nbsp;Metrô do Rio de Janeiro&nbsp;nas proximidades, a&nbsp;Estação São Conrado, inaugurada em 2016 e que atende a&nbsp;Linha 4. Desde o dia 9 de outubro de 2017, existe uma integração tarifária entre&nbsp;vans&nbsp;legalizadas e o&nbsp;Metrô do Rio de Janeiro, originalmente no valor de R$ 5,00, possibilitando que moradores da Rocinha e do&nbsp;Vidigal&nbsp;paguem um preço mais baixo para utilizar os dois modais de transporte. A integração é feita nas estações&nbsp;Jardim de Alah&nbsp;e&nbsp;São Conrado, enquanto que pelo menos 66 vans, identificadas com uma faixa&nbsp;amarela&nbsp;na lateral, estão autorizadas a fazer a integração com o metrô.&nbsp;O benefício é concedido ao passageiro que possui um cartão&nbsp;RioCard, devendo a integração ser realizada em um intervalo máximo de duas horas e meia. Atualmente, a tarifa de integração é de R$ 5,55.</p>  
<p style="text-align: justify;">A Rocinha é margeada pela&nbsp;Autoestrada Lagoa-Barra, via que liga os bairros da&nbsp;Gávea&nbsp;e da&nbsp;Barra da Tijuca. Pela via, circulam diversas linhas de&nbsp;ônibus&nbsp;e de&nbsp;vans, que permitem que o morador vá para outros pontos da cidade. Já dentro da comunidade, circulam&nbsp;kombis&nbsp;e&nbsp;moto-táxis, que auxiliam no deslocamentos de quem sai e de quem volta para casa. A&nbsp;Estrada da Gávea, que corta a Rocinha, é a principal via no interior da comunidade, tendo início em&nbsp;São Conrado&nbsp;e estendendo-se até a&nbsp;Gávea.</p> <p style="text-align: justify;">A favela conta com uma estação do&nbsp;Metrô do Rio de Janeiro&nbsp;nas proximidades, a&nbsp;Estação São Conrado, inaugurada em 2016 e que atende a&nbsp;Linha 4. Desde o dia 9 de outubro de 2017, existe uma integração tarifária entre&nbsp;vans&nbsp;legalizadas e o&nbsp;Metrô do Rio de Janeiro, originalmente no valor de R$ 5,00, possibilitando que moradores da Rocinha e do&nbsp;Vidigal&nbsp;paguem um preço mais baixo para utilizar os dois modais de transporte. A integração é feita nas estações&nbsp;Jardim de Alah&nbsp;e&nbsp;São Conrado, enquanto que pelo menos 66 vans, identificadas com uma faixa&nbsp;amarela&nbsp;na lateral, estão autorizadas a fazer a integração com o metrô.&nbsp;O benefício é concedido ao passageiro que possui um cartão&nbsp;RioCard, devendo a integração ser realizada em um intervalo máximo de duas horas e meia. Atualmente, a tarifa de integração é de R$ 5,55.</p>  
= Fotos da Rocinha =
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#[https://pt.wikipedia.org/wiki/Rocinha#cite_ref-20 ↑]&nbsp;[http://portalgeo.rio.rj.gov.br/bairroscariocas/index_bairro.htm Dados]  
#[https://pt.wikipedia.org/wiki/Rocinha#cite_ref-20 ↑]&nbsp;[http://portalgeo.rio.rj.gov.br/bairroscariocas/index_bairro.htm Dados]  
#Sabren | [https://www.arcgis.com/apps/MapJournal/index.html?appid=4df92f92f1ef4d21aa77892acb358540 Rocinha]  
#Sabren | [https://www.arcgis.com/apps/MapJournal/index.html?appid=4df92f92f1ef4d21aa77892acb358540 Rocinha]  
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