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Edição das 13h24min de 16 de março de 2022
Com a inspiração de contar histórias através de imagens e diferentes olhares, este espaço está reservado para a divulgação de fotos das favelas do Rio de Janeiro e do Brasil.
Acervo do Dicionário de Favelas Marielle Franco[editar | editar código-fonte]
Bloco Balanço do Jamelão[editar | editar código-fonte]
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Rio de Janeiro[editar | editar código-fonte]
Rocinha[editar | editar código-fonte]
Rocinha. Foto de Renato Errejota.
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Bloco do Jamelão[editar | editar código-fonte]
Autora: Tetê Silva[Nota 1]
Este ensaio fotográfico é um encontro com o bloco Balanço do amelão, do Andaraí, Zona Norte do Rio de Janeiro. As fotografias foram realizadas entre 2012 e 2015, e depois em 2018, em um reencontro com os amigos do bloco e da comunidade. Aqui presente também está uma entrevista feita com dois componentes do bloco, Waltencir Bastos de Souza (o Lilico), presidente do bloco, e Reinaldo Dias da Silva, diretor de comunicação. Aqui, a saída do bloco, os desafios e desejos de brincar e agregar os moradores do Morro do Jamelão se faz presente no corpo dos foliões, moradores, vizinhos e amigos de todas as idades.
Publicado em: https://periodicos.unb.br/index.php/CMD/article/view/22009.
Bloco do Jamelão[editar | editar código-fonte]
Fotografei o bloco Balanço do Jamelão de 2012 a 2015. Depois interrompi. Não sei bem porque, como também não sei o motivo que me fez querer voltar a fotografá-lo em 2018. Saudade, curiosidade pelo que estava acontecendo, vontade de retornar à tradicional feijoada que a agremiação oferece no Morro do Jamelão, no bairro carioca do Andaraí. Revivi o carinho que sentia pela gente toda da comunidade, um bem-querer pelas pessoas que não se explica.
Ou se explica sim. O Balanço não é uma escola de samba, mas um bloco, no qual, em meio ao comprometimento que os componentes têm com o carnaval, ouço também a espontaneidade do folião. Não é um bloco famoso que arrasta multidões de cariocas e estrangeiros, felizes e anônimos. Ao contrário, eles são poucos, cada integrante tem um nome ou apelido conhecido pelo componente ao lado. Daí minha esperança de captar o momento único, mesmo irreal, quando o desfile de um pequeno bloco de comunidade se confunde com a conversa no portão de casa, com uma briga entre vizinhos, com o ajuste de contas com a vida cotidiana, com a felicidade de abraçar um amigo.
Eu quis pegar um pouco desse espírito numa conversa informal que tive com dois integrantes do Balanço: Waltencir Bastos de Souza (o Lilico), presidente do bloco, e Reinaldo Dias da Silva, diretor de comunicação. Gente que literalmente põe o bloco na rua, a despeito de todas as dificuldades e falta de apoio.
Entrevista com Lilico e Reinaldo[editar | editar código-fonte]
Quando foi fundado o Balanço do Jamelão?
Reinaldo: Em 2006 no Morro do Jamelão, mas tem participante de todo o Complexo do Andaraí, que também inclui Caçapava, Divineia, etc. Mas só começou a desfilar aqui embaixo em 2010, na esquina da rua Botucatu com rua Rosa e Silva[Nota 2] , antes era só lá no alto do morro.
Como é a relação com quem trabalha no bloco? Há alguma relação profissional?
Lilico: Olha, no momento não há possibilidade alguma de remuneração. Todo dinheiro arrecadado vai para o bloco que precisa de dinheiro, da manutenção dos instrumentos à água para os músicos. O que é feito é por amor, não pelo dinheiro. No geral, é com a ajuda dos amigos que tocamos o bloco, mais do que qualquer outra coisa.
Mas vocês não recebem nenhum apoio do Estado?
Reinaldo: Já tivemos apoio da subprefeitura. Mas atualmente o único apoio externo que recebemos é da AmBev porque somos membros da Associação de Bandas e Blocos da Grande Tijuca. A AmBev dá um determinado número de latinhas de cerveja para a Associação que compartilha com os blocos. A venda das latinhas ajuda a custear o nosso carnaval. Mas a maior fonte de renda vem é da venda de abadás, que custeia não só o desfile como os eventos que promovemos. Os principais são o desfile de carnaval, a feijoada e o Encontro São Paulo/Rio[Nota 3]. A gente também promove shows por demanda, para aumentar a renda, não só de samba, mas também de pagode. Há o desejo de legalizar o bloco criando um CNPJ, acho que facilitaria as coisas.
Além da falta de apoio, vocês enfrentam outras dificuldades?
Reinaldo: A maior dificuldade é trazer para os ensaios as pessoas que querem participar. Estamos aqui no alto, já teve tiroteio, inclusive durante um ensaio. É difícil porque quem está embaixo não pode subir, então perdemos um participante, mas também perdemos mais uma fonte de renda. Mas quem vive lá no alto também não quer descer de vez, é algo compreensível, mesmo que se traga o desfile também para o asfalto, não se pode deixar de fazer lá porque é a única forma de entretenimento das pessoas.
Qual o aspecto mais positivo do Balanço do Jamelão para o morro?
Lilico: É a parte social. Tentamos criar parcerias para organizar cursos, para fazer uma ação social no dia das crianças, no Natal, enfim, para trazer melhorias para as pessoas daqui que prossigam para além do Carnaval. É importante também por trazer a juventude para ações positivas e para que tenham uma relação melhor com os mais velhos.
Essa interação entre jovens e pessoas mais velhas sempre aconteceu no Balanço do Jamelão?
Reinaldo: Isso começou a ficar mais pronunciado a partir de 2010, quando começamos a descer para o asfalto, houve uma maior procura dos jovens para aprender a tocar instrumentos de percussão. Acho que foi a partir desse ponto que começou a surgir essa relação de aprendizagem entre as diferentes gerações. Tínhamos até um dia só para isso, a quinta-feira. No momento não está acontecendo, mas é a parte mais bacana do bloco.
Já houve algum momento complicado nestes anos de existência do bloco?
Lilico: O pior momento foi em 2013. Estávamos com tudo preparado para descer e desfilar quando teve uma invasão, o que acabou afastando muita gente do bloco.
Vocês guardam algum momento curioso ocorrido nos desfiles?
Lilico: Ah, o melhor momento foi em 2012. O enredo escolhido foi sobre o mosquito da dengue, foi dos anos mais engraçados. Inclusive, muita gente achou que o samba enredo deveria ter sido incluído na campanha contra a dengue. Seu Paulo, que a gente conhecia como Paulette, se fantasiou de mosquito e foi o folião mais fotografado daquele ano. Ele ficou todo orgulhoso. Até hoje a gente ri de tudo que aconteceu naquele desfile. No ano seguinte o enredo foi “171” e Paulette veio de terno, carregando uma mala com o número 171 grudado. A partir de então o pessoal começou a se perguntar como ele viria fantasiado. Infelizmente, Seu Paulo já faleceu e o enredo de 2016 foi em homenagem a ele.
O Balanço do Jamelão ainda é um bloco comunitário, não?
Lilico: Acho que metade dos integrantes é composta por familiares. O atual diretor de bateria é da segunda geração e a neta dele já participa. A bateria e os compositores são o que há de mais importante no bloco. Os compositores são os responsáveis por desenvolver o enredo a cada ano. O meu pai [Walter do Jamelão] é um dos compositores, o Aranha [Sebastião Silva] também. Mas o que se diz é que os Marins e os Neves dominam todo o bloco. E é isso mesmo, quase toda família lá tem um dos dois sobrenomes [risos].
Quais os desafios para o futuro?
Lilico: Atualmente fazemos tudo na rua, seria importante construir a sede do bloco, ter um espaço para se reunir e desenvolver outras atividades. Por exemplo, temos um espaço onde acontece a feijoada, mas é aberto. Com relação aos cursos que pretendemos organizar, o espaço aberto dificulta. Qualquer coisa que aconteça na rua já tira a atenção, principalmente quando se lida com crianças e adolescentes.
Galeria de fotos[editar | editar código-fonte]
Notas[editar | editar código-fonte]
- ↑ Graduada em Psicologia, a fotografia invadiu minha vida durante o terceiro ano de faculdade. Um desvio de percurso me levou a experimentar cerâmica (por um curto período) e gravura (por um período mais longo), o que resultou em uma exposição individual. Outras exposições coletivas vieram, tanto com gravura quanto com fotografia, no Brasil e no exterior. Fui também finalista na Prix Photo Web Aliança Francesa de 2014, no 7º Euroclick em 2015 e no Observations Street Photography Festival na Alemanhã em 2017. Sou membro do Flanares – um coletivo de fotógrafos brasileiros dedicado a fotografia de rua e do Negras[fotos]grafias – coletivo de fotógrafas negras. Site: https://www.tetesilva.com/ Email: tete.silva@gmail.com
- ↑ Bairro do Grajaú, divisa com Andaraí.
- ↑ O Encontro São Paulo/Rio é o maior evento do Morro do Jamelão. Trata-se de um intercâmbio de samba e futebol entre o morro carioca e a comunidade de Xurupita, no Jaraguá, capital paulista. O evento dura dois dias (no Rio de Janeiro cai sempre no dia 20 de janeiro, em São Paulo acontece em setembro), já tendo ocorrido a terceira edição com a vinda de 60 pessoas de São Paulo. Surgiu quando um morador do morro, Carlos Silva, mudou-se para São Paulo, onde travou contato com moradores de Xurupita.
Crônicas[editar | editar código-fonte]
Seleção de fotos de favelas feitas por Caterine Reginensi
A favela não foi feita, mas existe para. Não tem que existir para.
Mas, o motivo dela existir é esse. (L., 33 anos, moradora da Rocinha, 2002)
(...) o transporte aqui é a melhor coisa que tem aqui dentro, é o transporte, tem transporte para qualquer lugar ...então é a melhor coisa que tem aqui dentro é o meio de transporte. (M., 51 anos morador da na Rocinha, 2006)
Se a comunidade tivesse pedido o teleférico, não teria tido! (M., 32 anos morador do Morro da Providência, 2008).
Eu não me vejo morando em outro lugar. Eu gosto de sair daqui pra trabalhar, eu gosto de ir e voltar, com aquele calor lá de baixo eu fico doida pra chegar aqui em cima mesmo com mosquito. (E. 58 anos, moradora do Vale Encantado, favela do alto da Boa vista, 2009)
Na base, são as falas recolhidas em campo[1], em pesquisas de abordagem etnográfica, em diversas favelas cariocas. Buscamos a voz, a fala de quem conta o cotidiano e se misturam a narrativa que pertence a pesquisadora. Crônicas de um tempo que já passou, os moradores citados ficam anônimos, mas existem e continuam morando lá ou foram embora. Falam sobre a casa, a rua, o transporte, a convivência. Falam da cidade e seu acesso diferenciado. Espaços/ tempos da vida dentro do morro, das possibilidades e dificuldades a sair do lugar para ir trabalhar, estudar, comprar, receber atendimento quando doente, etc. Relatar os sentimentos e emoções que descrevem estes pedaços de vida em contraste resuma a proposta como contribuição para este Dicionário Carioca de Favelas.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Notas[editar | editar código-fonte]
- ↑ Pesquisas realizadas entre 2002 e 2009, como membro do Núcleo de pesquisa Favela e cidadania, Escola de Serviço Social/UFRJ coordenado pela professora Maria de Fatima Cabral Marques Gomes.
Fotoguerrilha[editar | editar código-fonte]
Autoria: Coletivo Fotoguerrilha.
História do Coletivo[editar | editar código-fonte]
O Coletivo Fotoguerrilha nasceu de uma fusão de dois grupos distintos, em 2016. De um lado, os “Professores Midiativistas”, fundado por Bárbara Dias e Wagner Maia, coletivo criado com o objetivo de documentar as lutas da educação no Rio em 2016, e do outro, Kauê Pallone, criador do Megafonia (que encerrou suas atividades em 2018) e da revista fotográfica Fotoguerrilha em São Paulo, que atuou em protestos contra a Copa do Mundo em 2014, ficando inativo no mesmo ano.
Em 2016, nas ruas e nas lutas, os três fundadores se conheceram, e Kauê nos falou do projeto Fotoguerrilha dando a ideia de que ele fosse reativado junto a proposta dos “Professores Midiativistas”, ampliando nosso espectro de cobertura, decidimos unir forças e juntamos os dois projetos, que passou a ser chamado de Coletivo Fotoguerrilha, nome que melhor identifica a nossa proposta: a criação de registros fotográficos ativistas de guerrilha, que vão desde as manifestações de rua, a pautas que são pouco visibilizadas, como ocupações, movimentos organizados por favelas e movimentos de mulheres.
Nosso objetivo do coletivo é a construção de uma comunicação independente, ocupando as redes sociais. Acreditamos que a partir dessa práxis ativista, num fazer mediado por reflexões na construção de narrativas independentes, conseguimos contribuir para a democratização da informação, pois propomos um viés humanístico na nossa produção fotográfica, quebrando estereótipos e ajudando as causas que têm pouca visibilidade.
Linha de Pensamento[editar | editar código-fonte]
O Fotoguerrilha é um coletivo de mídia independente, trabalhamos com fotografia e vídeo, prezando pela liberdade, e acima de tudo, pelas lutas dos movimentos sociais. Entendemos a fotografia como um forte instrumento de poder (Sontag, 2003), que, se por um lado pode violar o fotografado, por outro, serve como forma de resistência e voz dos oprimidos em um mundo cada vez mais desigual.
Com isso, entendemos nossas fotografias, vídeos e textos, como uma história de narrativas sociais, em busca pelo respeito às diversas comunidades que lutam por uma sociedade mais justa. O Fotoguerrilha tem como prioridade as diversas pautas que são relevantes para a sociedade do século XXI.
Somos um coletivo que tem posição e não acreditamos na tal da “imparcialidade”, nós temos lado, e é sempre o das lutas populares, e sabemos bem de que lado não estamos. Somos a favor das pautas progressistas da sociedade, das lutas dos trabalhadores, das lutas das mulheres, das lutas dos LGBT´s, das lutas do movimento negro e acima de tudo contra qualquer tipo de opressão e retrocesso social. Lutamos através da fotografia, como forma de resistência e uma busca por uma sociedade menos desigual.
O que queremos passar com a nossa narrativa[editar | editar código-fonte]
Priorizamos narrativas invisibilizadas e de pouca repercussão na mídia tradicional, porém relevantes no contexto atual, esse é nosso principal foco. Também nos engajamos aos grandes movimentos sociais pautados sempre pelas demandas do povo, no entanto, com uma narrativa independente, indo além do factual, propondo uma trabalho de análise mais profunda e com registros fotográficos permanentes e de longo prazo, criando uma narrativa documental.
O que queremos quanto coletivo[editar | editar código-fonte]
O Coletivo Fotoguerrilha, é um coletivo de fotógrafos, jornalistas e videomakers que teve sua origem a partir da necessidade de auto-organização frente a desvalorização desses ofícios e da criação de novos espaços de divulgação das nossas narrativas independentes e ativistas, principalmente nas redes sociais. Nosso objetivo é a continuidade e manutenção desse trabalho e de gerar meios de nos autossustentar quanto coletivo e quanto pessoas individuais que trabalham no e para o coletivo. Seja com venda de fotos digitais e impressas, financiamento pontual para projetos e recorrente para manutenção do trabalho.
O sentido de ser independente[editar | editar código-fonte]
Para nós o sentido de ser independente é ter a liberdade de trabalhar em que acreditamos, sem amarras. É poder desenvolver nosso trabalho pautados por nossa linha de pensamento, é ter uma fotografia ativista, é a elaboração de textos e reflexões importantes, é a criação de documentários necessários a sociedade. É acreditar nas causas em que nós nos engajamos e trabalhamos. Porém quanto mais independente, mais dificil de autossustentar nosso trabalho, desde 2016, estamos protagonizando várias coberturas importantes na cidade do Rio de Janeiro e agora, a partir de 2019, na cidade de São Paulo, muitas delas negligenciadas pela grande mídia, e por isso mesmo muito pouco “vendáveis”.
Por ter uma narrativa independente, nosso coletivo possui uma necessidade grande de gerar meios de autossustentar o trabalho que realizamos. Uma das alternativas que temos chegado para tal é a venda de fotos digitais e impressas, financiamento pontual (para projetos) e recorrente (para manutenção do trabalho), entre outras formas de fazer o trabalho gerar retorno para os membros do coletivo e para o próprio coletivo. Nosso trabalho é independente, porém nosso trabalho tem custos como deslocamento, alimentação, gastos com equipamentos, além do tempo de trabalho que dispensamos para o coletivo.
Missão: razão de existir e o que somos[editar | editar código-fonte]
O Fotoguerrilha tem como missão de através de registros fotográficos e videográficos de informar as pessoas, através de coberturas de pautas importantes, manifestações populares, atos, protestos, causas, e de contribuir para a sociedade através da nossa arte que se torna uma poderosa ferramenta para a transformação social.
Visão: O que o coletivo quer do futuro[editar | editar código-fonte]
Acreditamos que a fotografia e vídeos são instrumentos necessários à sociedade, uma forma de registrar a realidade e o cotidiano, de colaborar com o mundo. De trazer à tona pautas relevantes e de criar memórias de um processo socialmente vivido e registrado em tempo real.
Valores: Comportamentos do Coletivo[editar | editar código-fonte]
Coletividade, horizontalidade, militância, proatividade, empatia, respeito, colaboração e diversidade.
Somos:[editar | editar código-fonte]
Ana Júlia, Bárbara Dias, Isabela Naiara, Luciana Bello, Kauê Pallone, Lucas Novello, Marcello Valle, Patricia Borges, Rodrigo Campanario, Vinicius Ribeiro, Vitor Pastana e Wagner Maia.
Referências:[editar | editar código-fonte]
SONTAG, Susan. Sobre fotografia. Trad.: Rubens Figueiredo. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2003.
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Espaço destinado aos registros fotográficos da pandemia de Coronavírus nas favelas e periferias brasileiras. Todos os registros aqui foram cedidos gentilmente pelos/as seus/suas respectivos/as fotógrafos/as, aos quais agradecemos!
#SeLiga: Todas as imagens dessa galeria, bem como todo o conteúdo da plataforma, são livres para serem republicadas em outros meios, desde que dado o devido crédito aos autores e que não vise o lucro. O Dicionário de Favelas Marielle Franco é aberto, colaborativo e gratuito. Participe!
Rio de Janeiro[editar | editar código-fonte]
Rocinha[editar | editar código-fonte]
Rocinha. Foto de Renato Errejota.
Babilônia e Chapéu Mangueira[editar | editar código-fonte]
Santa Marta[editar | editar código-fonte]
Gardênia Azul[editar | editar código-fonte]
Acari[editar | editar código-fonte]
São Paulo[editar | editar código-fonte]
Jardim São Luís[editar | editar código-fonte]
Jardim Monte Azul[editar | editar código-fonte]
Paraisópolis[editar | editar código-fonte]
Ratão Diniz[editar | editar código-fonte]
Autor: Ratão Diniz
Todo material disponível no presente verbete foi retirado do site oficial do fotógrafo Ratão Diniz.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Ratão Diniz, fotógrafo formado pela Escola de Fotógrafos Populares e até o ano de 2014 foi integrante da agência Imagens do Povo, fundada pelo fotodocumentarista João Roberto Ripper. Vem documentando desde 2007 o projeto Revelando os Brasis, realizado pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e Petrobras. Em paralelo, desenvolve uma alentada documentação fotográfica sobre o cenário do graffiti; que lhe rendeu, inclusive, uma exposição no Centro Cultural Correios, durante o FotoRio 2009. Além destes projetos é fotógrafo oficial da Semana de Música Antiga da Universidade Federal de Minas Gerais, e vem documentando as favelas do Rio de Janeiro com o objetivo de mostrar essas áreas a partir da ótica do seu próprio morador, através olhar cúmplice, solidário e engajado. A documentação sobre a arte do graffiti no Brasil possibilitou em 2012 a realizar uma residência artística no projeto Rio Occupation London (Londres/UK), e neste mesmo ano participou da exposição “Ginga da Vida" na Sede da Aliança Francesa em Paris. Além destes projetos, já participou de inúmeras mostras fotográficas no Brasil, a mais recente Travessias 2 – Arte Contemporânea na Maré, uma exposição que reúne obras de artistas renomados do país, a mais recente Uga, Uga, Há Há Há - Da Lama ao Bloco, um recorte poético dos últimos 7 anos na história do tradicional Bloco da Lama de Paraty, e também expôs seu trabalho no exterior e tendo seu trabalho publicado em diversos livros e periódicos.
Sobre o trabalho[editar | editar código-fonte]
O fotógrafo possui um trabalho muito importante sobre temas como cultura nas favelas e periferias, com destaque aos ensaios sobre grafitti, manifestações culturais e religiosas das favelas e memória. Para acessar uma parte do seu trabalho, basta acessar o site, na de histórias que eu conto. Destacamos aqui a produção sobre Favela, que é abordada em um de seus ensaios.
A Favela é Cidade [editar | editar código-fonte]
Nasci na Nova Holanda, uma das comunidades que compõem o conjunto de favelas da Maré. A favela é um espaço cheio de contrastes: conflitos e amizades, gargalhadas e choros, alegrias e tristezas… Historicamente a grande mídia desconsidera as relações do querer-bem que nós, moradores, temos um com o outro, priorizando a difusão de uma visão estigmatizante de violência e carência sobre a favela e os favelados. No desejo de querer contar a minha versão das histórias vividas (por mim e meus companheiros favelados), entendi o quanto a fotografia é uma ferramenta poderosa. Então, desde 2004, fotografo os espaços populares a partir da ótica de um morador, oferecendo um contrapondo ao imaginário popular criado sobre as periferias, difundido pela mídia hegemônica. Ainda assim, este foi o caminho que sempre desejei: fazer com que a favela se veja – e se reconheça - em minhas fotografias, e que esses trabalhos possam retornar a ela a fim de contribuir na construção da nossa identidade como morador de favela, transmitindo a certeza de que somos parte integrante da cidade e fortalecendo o entendimento de uma cidade que olha pra favela como parte dela, ao invés de marginalizá-la.
Folia de Reis - Pertinentes do Santa Marta [editar | editar código-fonte]
Na Zona Sul, a Folia Penitentes do Santa Marta é responsável por celebrar a fé junto aos devotos do morro Santa Marta há mais de 60 anos e que teve o grande mestre Zé Diniz à frente desse reisado a muitos anos, e hoje seu filho, José Henrique Silva – conhecido como Mestre Riquinho, assumi essa importantíssima função para manter viva essa tradição no morro. A Penitentes inicia sua jornada no dia 25 de dezembro se apresentando na própria comunidade Santa Marta e outras favelas cariocas como Rocinha, Cidade de Deus, Tavares Bastos, Chapéu Mangueira ... que recebem com alegria e fé o grupo de mais de meio século de vida. </article> </section>
- Ver também: Folia de Reis
outro exemplo com texto completo de diferente namespace[editar | editar código-fonte]
Projeto[editar | editar código-fonte]
O projeto do Dicionário de Favelas tem por objetivo favorecer a preservação da memória e identidades coletivas dos moradores das favelas, como parte do nosso compromisso com a expansão da cidadania e do direito à cidade e criar um espaço virtual que reúna o conhecimento sobre estes territórios de forma interdisciplinar e interinstitucional.
Marielle Franco é homenageada pelo Dicionário de Favelas por sua luta em defesa dos direitos humanos, em especial das mulheres negras, dos moradores de favelas e da população LGBTI. Ela foi eleita em 2016 com expressiva votação como vereadora da cidade do Rio de Janeiro aos 37 anos e vinha se consolidando como uma liderança política inconteste na defesa de valores democráticos e práticas políticas coletivas, que mobilizaram a juventude.
Teste Nascida e criada na favela da Maré, estudou sociologia e tornou-se mestre em administração pública com dissertação sobre a política de segurança conhecida como UPP – Unidades de Polícia Pacificadora. Entusiasta do Dicionário de Favelas, contribuiu com um verbete sobre esse tema (UPP - A redução da favela a três letras).
Marielle foi executada em 14 de março de 2018 em um bárbaro crime político, ainda não elucidado. Buscaram calar sua voz, assim como o fizeram com a de tantas outras lideranças populares. Mas, sua trajetória deixou muitas sementes e o Dicionário de Favelas se compromete a difundir os valores pelos quais ela viveu e morreu.
Este projeto tem apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
Como participar
Você também pode fazer parte dessa ação! Saiba como contribuir para escrevermos juntos essa memória.
Categoria temática[editar | editar código-fonte]