Mapeamento das homenagens a Marielle Franco: mudanças entre as edições
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Para melhor acompanhar essas mudanças e registrar os pontos em que surgiram os grafites e demais atos de memória, criou-se o seguinte mapa. | Para melhor acompanhar essas mudanças e registrar os pontos em que surgiram os grafites e demais atos de memória, criou-se o seguinte mapa. | ||
Link: [https://tinyurl.com/memoriamarielle https://tinyurl.com/memoriamarielle] | '''Link''': [https://tinyurl.com/memoriamarielle https://tinyurl.com/memoriamarielle] | ||
Esse trabalho surgiu como desdobramento de um outro, que mapeia as práticas culturais de cunho tanatológico, isso é, os modos como o luto é ressignificado em locais de memória na relação com a ruptura trágica (acidentes, crimes, catástrofes). A partir disso, observou-se que desde o doloroso dia 14 de março de 2018, várias manifestações artísticas ou de intervenções urbanas foram aparecendo pelas ruas. | Esse trabalho surgiu como desdobramento de um outro, que mapeia as práticas culturais de cunho tanatológico, isso é, os modos como o luto é ressignificado em locais de memória na relação com a ruptura trágica (acidentes, crimes, catástrofes). A partir disso, observou-se que desde o doloroso dia 14 de março de 2018, várias manifestações artísticas ou de intervenções urbanas, dos mais variados tipos, foram aparecendo pelas ruas, dos quais categorizou-se os seguintes: pipa, brincos, tatuagens, camisetas, bandeira de bloco, escultura de madeira, costura e crochet, placa de logradoura, bonecas de feltro, bloco de carnaval, nome de dicionário, festas e propostas artísticas. | ||
A comunidade do '''Instagram '''prontamente auxilia este trabalho de mapeamento, por conta das hashtags como #mariellepresente, #mariellevive, #andersonpresente, #mariellefranco. #marielle, e muitas outras que são monitoradas. Nesse caso, uma vez que surja algo de inédito ou novo, entra-se em contato com o usuário que, geralmente, responde de bom grado e em curto espaço de tempo. | |||
[[Category:Marielle Franco]][[Category:Memória]][[Category:Violência]][[Category:Arte Urbana]] | Importante dizer que tudo isso foi desenvolvido no interior do mestrado em patrimônio cultural do '''IPHAN''', o PEP-MP: [http://portal.iphan.gov.br/pep http://portal.iphan.gov.br/pep]. | ||
Os devidos entendimentos para a feitura e composição do mapa deveu-se a partir das leituras que encontram-se adiante, em "referências. É que conscientização e sensibilidade é um processo, espécie de despertar e estar atento, com todos os sentidos, para os sinais/signos urbanos e as práticas culturais daí advindas. Lembrar é também um gesto de memória, intencional, em sua busca para o devido testemunho. | |||
REFERÊNCIAS: | |||
ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2011, 453p.<br/> BARTHES, Roland. Mitologias. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001, 11º ed.<br/> BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Obras escolhidas I. São Paulo: Brasiliense, 1987.<br/> CATROGA, Fernando José de Almeida. O culto dos mortos como uma poética da ausência. ArtCultura, Uberlândia, v. 12, n. 20, p. 163-182, jan.-jun. 2010.<br/> CATROGA, Fernando José de Almeida. Uma poética da ausência. A representificação do ausente. IN.: Catroga, Fernando José de Almeida. Os passos do homem como restolho do tempo. Memória e fim do fim da história. Coimbra: Almedina, 2009, p. 33-54.<br/> FARIAS, F. R.; PINTO, D. S. Memoria Social em situação traumática. Morpheus (UNIRIO. Online), v. 9, p. 173-197, 2016.<br/> FLUSSER, Vilém. Comunicologia: reflexões sobre o futuro: as conferências de Bochum. São Paulo: Martins Fontes, 2014.<br/> FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: uma filosofia do design e da comunicação. São Paulo: Cosac Naify, 2007, 224p.<br/> GONDAR, J. O. Quatro proposições sobre memória social. In: Gondar, Josaida; Dodebei, Vera. (Org.). O que é memória social?. 1ed. Rio de Janeiro: Contra-Capa, 2005, v. 1, p. 11-26.<br/> HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990. 189p.<br/> POLLAK, Michael. “Memória, esquecimento, silêncio.” In: Estudos Históricos,<br/> Rio de Janeiro: vol. 2, nº 3, 1989. Disponível em: [http://www.uel.br/cch/cdph/arqtxt/Memoria_esquecimento_silencio.pdf http://www.uel.br/cch/cdph/arqtxt/Memoria_esquecimento_silencio.pdf]. Último acesso em: 17 de jul de 2018.<br/> SANTIAGO JÚNIOR, Francisco das C. F.. Dos lugares de memória ao patrimônio: emergência de transformação da 'problemática dos lugares'. Projeto História (PUCSP), v. 52, p. 245-279, 2015.<br/> SELIGMANN-SILVA, Márcio. Antimonumentos: trabalho de memória e de resistência. Psicologia USP (Online), v. 27, p. 49-60, 2016. | |||
[[Category:Marielle Franco]] [[Category:Memória]] [[Category:Violência]] [[Category:Arte Urbana]] | |||
