Mobilidades: mudanças entre as edições
Sem resumo de edição |
Sem resumo de edição |
||
| Linha 32: | Linha 32: | ||
= <span style="font-size:larger;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Palavras finais</span></span></span> = | = <span style="font-size:larger;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Palavras finais</span></span></span> = | ||
<span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Vamos pensar mobilidades para de um tipo de mobilidade estanque e que, em certa medida, reproduz os anseios do desenvolvimento e progresso em detrimento do que se pensa nos espaços de periferias/favelas?</span></span></span></span> | |||
<p style="text-align:justify"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Se conseguirmos refletir sobre mobilidades, a partir das favelas e periferias, ou seja, pensar em outros desenhos de mobilidade gerados a partir do morador e de suas práticas cotidianas, o que supõe pensar para além de modais canônicos, talvez possamos fazer girar outros formas de perceber, viver e se deslocar pelos espaços da cidade e as favelas e periferias são, pelo seu modo de organização, fundamentais nestas arenas de disputas. Quero dizer, vamos pensar em ruas, becos e vielas como elemento fundamental e local de possibilidade de conexões, para além da constatação da falência dos serviços e da má qualidade da prestação de serviços de mobilidade.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Não se trata de criar um cabedal de metodologias que julgamos capazes de intervir no espaço urbano, com isso não estou dizendo que determinadas metodologias não são importantes, mas a ideia de modo, para mim é mais instigante, pois flerta com o conceito de acontecimento. Por isso, um modo seria capaz de ir além da simples constatação de que “as coisas não funcionam”. No caso da questão de mobilidade, seria a constatação da distribuição desigual de serviços, mas apenas como retrato da situação. Seguindo a ideia de modo, talvez pensássemos em mobilidades a partir do morador e de questões que este cotidiano sugere ou demanda.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Então, como pensar em modos de atuação que superem o tradicional circuito denuncia- audiência pública – nenhum retorno efetivo – e que fortaleçam o poder popular e a capacidade de da população. E mais: pensar em mobilidades, a partir da periferia, para além de um tipo de mobilidade estanque e que, em certa medida, reproduz os anseios do desenvolvimento e progresso em detrimento do que se pensa nos espaços de periferias/favelas?</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Neste sentido é necessário não ficar “preso “a questão do “Estado de Coisos”, se é que me entendem, e propor novas alternativas de ação – mobilização. Mesmo sabendo que precisamos enfrentar esta questão política tão drástica, mas enfrentar com inventividade, lucidez e coragem, caso contrário esbarraremos em meras denúncias. </span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Talvez essas reflexões possam nos colocar diante de outras possibilidades.</span></span></span></span></p> | <p style="text-align: justify;"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Se conseguirmos refletir sobre mobilidades, a partir das favelas e periferias, ou seja, pensar em outros desenhos de mobilidade gerados a partir do morador e de suas práticas cotidianas, o que supõe pensar para além de modais canônicos, talvez possamos fazer girar outros formas de perceber, viver e se deslocar pelos espaços da cidade e as favelas e periferias são, pelo seu modo de organização, fundamentais nestas arenas de disputas. Quero dizer, vamos pensar em ruas, becos e vielas como elemento fundamental e local de possibilidade de conexões, para além da constatação da falência dos serviços e da má qualidade da prestação de serviços de mobilidade.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Não se trata de criar um cabedal de metodologias que julgamos capazes de intervir no espaço urbano, com isso não estou dizendo que determinadas metodologias não são importantes, mas a ideia de modo, para mim é mais instigante, pois flerta com o conceito de acontecimento. Por isso, um modo seria capaz de ir além da simples constatação de que “as coisas não funcionam”. No caso da questão de mobilidade, seria a constatação da distribuição desigual de serviços, mas apenas como retrato da situação. Seguindo a ideia de modo, talvez pensássemos em mobilidades a partir do morador e de questões que este cotidiano sugere ou demanda.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Então, como pensar em modos de atuação que superem o tradicional circuito denuncia- audiência pública – nenhum retorno efetivo – e que fortaleçam o poder popular e a capacidade de da população. E mais: pensar em mobilidades, a partir da periferia, para além de um tipo de mobilidade estanque e que, em certa medida, reproduz os anseios do desenvolvimento e progresso em detrimento do que se pensa nos espaços de periferias/favelas?</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Neste sentido é necessário não ficar “preso “a questão do “Estado de Coisos”, se é que me entendem, e propor novas alternativas de ação – mobilização. Mesmo sabendo que precisamos enfrentar esta questão política tão drástica, mas enfrentar com inventividade, lucidez e coragem, caso contrário esbarraremos em meras denúncias. </span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">Talvez essas reflexões possam nos colocar diante de outras possibilidades.</span></span></span></span></p> | ||
= Referências bibliográficas = | = Referências bibliográficas = | ||
<p class="CxSpMiddle" style="margin-top:12.0pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:12.0pt"><span style="font-family:"><span style="color:#1a1a1a">ANOTAÇÔES sobre ''Project proposal developed by The Bartlett Development Planning Unit in coordination with the Brazilian NGOs Ibase and Raizes in Movement, Urbanism Programm'' (PROURB-FAU-UFRJ).</span></span></span><span style="font-size:12.0pt"><span style="font-family:"><span style="color:#1a1a1a">Versão em português COUTINHO, Bruno. Comentários MATIOLLI, Thiago.</span></span></span><span style="font-size:12.0pt"><span style="font-family:"><span style="color:#1a1a1a">01/02/2017.</span></span></span><span style="font-size:12.0pt"><span style="font-family:">Acervo Instituto Raízes em Movimento.</span></span></span></p> <p class="CxSpLast" style="text-align:justify"><span style="background:white"><span style="font-family:">CORALINA, Cora. ''Minha cidade.''</span>'''''<span style="font-family:">Poema dos becos de Goiás e histórias mais</span>''<span style="font-family:">. <span style="color:black">19.ed. São Paulo: Global, 1997. p. 104</span></span>'''</span></p> | <p class="CxSpMiddle" style="margin-top:12.0pt; text-align:justify"><span style="line-height:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:12.0pt"><span style="font-family:"><span style="color:#1a1a1a">ANOTAÇÔES sobre ''Project proposal developed by The Bartlett Development Planning Unit in coordination with the Brazilian NGOs Ibase and Raizes in Movement, Urbanism Programm'' (PROURB-FAU-UFRJ).</span></span></span><span style="font-size:12.0pt"><span style="font-family:"><span style="color:#1a1a1a">Versão em português COUTINHO, Bruno. Comentários MATIOLLI, Thiago.</span></span></span><span style="font-size:12.0pt"><span style="font-family:"><span style="color:#1a1a1a">01/02/2017.</span></span></span><span style="font-size:12.0pt"><span style="font-family:">Acervo Instituto Raízes em Movimento.</span></span></span></p> <p class="CxSpLast" style="text-align:justify"><span style="background:white"><span style="font-family:">CORALINA, Cora. ''Minha cidade.''</span>'''''<span style="font-family:">Poema dos becos de Goiás e histórias mais</span>''<span style="font-family:">. <span style="color:black">19.ed. São Paulo: Global, 1997. p. 104</span></span>'''</span></p> | ||
