Chacina do Borel: mudanças entre as edições
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= Introdução = | |||
Em 16 de abril de 2003, quatro jovens foram executados à queima roupa por policiais do 6º Batalhão da Polícia Militar na favela do Borel, zona norte do Rio de Janeiro. Os policiais alegaram legítima defesa e o caso foi registrado inicialmente como “auto de resistência”. Testemunhas, familiares das vítimas, e evidências forenses indicavam que se tratavam de execuções extrajudiciais. As investigações concluíram que os quatro jovens foram executados, que os policiais não agiram em legítima defesa e identificou os policiais responsáveis. No entanto, quinze anos depois, ninguém foi responsabilizado. . A chacina do Borel ganhou repercussão internacional. <ref name="15 anos após Chacina do Borel, ainda não há responsáveis condenados. ">https://anistia.org.br/noticias/chacina-borel-15-anos-depois-ninguem-foi-responsabilizado/</ref> | |||
Em 2003, a relatora especial da ONU para Execuções Sumárias, Arbitrárias e Extrajudiciais, Asma Jahangir, esteve na favela para ouvir os relatos dos parentes das vítimas e incluiu o caso no seu relatório sobre sua missão ao Brasil. Ainda no ano de 2003, a secretária-geral da Anistia Internacional, Irene Khan, também visitou o Borel para conversar com os parentes das vítimas. | |||
== Vítimas da Chacina == | |||
#Carlos Alberto da Silva Ferreira, 21 anos, pintor e pedreiro; | |||
#Carlos Magno de Oliveira Nascimento, 18 anos, estudante; | |||
#Everson Gonçalves Silote, 26 anos, taxista; | |||
#Thiago da Costa Correia da Silva, 19 anos, mecânico. | |||
== Investigações == | |||
As investigações se arrastaram por muitos anos e, apenas em 2018, o juri popular indicou por 4 votos a 3 que o crime dos policiais seria enquadrado como culposo - sem a intenção de matar. Para os jurados, o sargento Washington Luiz de Oliveira Avelino, o cabo Marcos Duarte Ramalho e o soldado Paulo Marco Rodrigues Emilio cometeram homicídios decorrentes de intervenção policial. Assim, acabaram absolvidos da acusação por crime hediondo por 4 votos a 3.<ref name="Juri popular absolve condenados">https://ponte.org/novo-juri-popular-absolve-pm-acusados-pela-chacina-do-borel-no-rio/</ref> Durante toda a investigação, os depoimentos mudaram diversas vezes, bem como os familiares apontaram erros na condução do processo. | |||
= Sobre a Chacina do Borel = | |||
'''Autores: Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência.''' | '''Autores: Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência.''' | ||
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