Associações de Moradores do Complexo do Alemão: mudanças entre as edições

Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
Linha 69: Linha 69:
<p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt">Fonte: Couto e Rodrigues (2013), Diquinho (2013) e Rodrigues (2015)</p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt">&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Essa segunda fase da criação das Associações de Moradores do Complexo do Alemão, assim como a primeira, dão importantes pistas para compreender não só a história local, mas a dinâmica política carioca do período. Em particular, uma nova influência comunista na organização favelada, por um lado, e o fortalecimento da relação de algumas com o governo (bem com a responsabilidade de prestação de serviço e ordenamento territorial das favelas) por outro. Foi, neste contexto, que se deu o que Rodrigues (2015) chamou de “fenômeno da multiplicação das associações de moradores”.</span></span></span></span></span></span></span></p>  
<p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt">Fonte: Couto e Rodrigues (2013), Diquinho (2013) e Rodrigues (2015)</p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt">&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Essa segunda fase da criação das Associações de Moradores do Complexo do Alemão, assim como a primeira, dão importantes pistas para compreender não só a história local, mas a dinâmica política carioca do período. Em particular, uma nova influência comunista na organização favelada, por um lado, e o fortalecimento da relação de algumas com o governo (bem com a responsabilidade de prestação de serviço e ordenamento territorial das favelas) por outro. Foi, neste contexto, que se deu o que Rodrigues (2015) chamou de “fenômeno da multiplicação das associações de moradores”.</span></span></span></span></span></span></span></p>  
&nbsp;
&nbsp;
<p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-weight:700"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">
<p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt">&nbsp;</p>  
==Terceira fase (Décadas de 2000 a 2010)==
== Terceira fase (Décadas de 2000 a 2010) ==
</span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Essa terceira fase é bem menos explorada nas pesquisas realizadas até agora, de modo que, em vez de uma exposição substancial como feita nas seções anteriores, essa parte do texto caracteriza mais linhas gerais para a reflexão sobre o período do que uma análise em si.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">De modo geral, este momento é marcado pela transformação nos sentidos da atuação das Associações de Moradores e não pela criação de novas entidades. Dois novos atores políticos que surgem nas favelas na década de 1990 contribuem diretamente para isso: as Organizações Não-Governamentais (ONG’s) e os agentes locais do comércio ilegal de entorpecentes. Ambos, em alguma medida relativizam o papel de representação das demandas faveladas das Associações, ainda que, sem retirar a sua importância na realização de determinadas funções ligadas a ação governamental local.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Elas ainda são responsáveis pela gestão de algumas creches municipais, distribuição de cartas no interior das favelas e mesmo o exercício da função cartorial. Em algumas vezes, cedem suas sedes para realização de determinadas atividades de órgãos públicos ou ainda realizam seus próprios projetos sociais. Suas áreas de atuação ainda são limitadas às favelas que representam, no caso do Complexo do Alemão (mesmo que essa divisão não seja tão bem definida, como vimos no início do texto).</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Ao contrário das ONGs que surgem no bairro no fim da década de 1990 e passam a ter como referência territorial de atuação, o Complexo do Alemão, e não suas localidades (da Nova Brasília, Morro do Alemão, Grota, Baiana etc.). Isso cria uma cartografia política multiescalar no bairro e alimenta um sistema de alianças diverso e multifacetado; que potencializa sua mobilização em situações de emergência como no caso da tragédia que gerou a mobilização do “Juntos pelo Complexo do Alemão”<ref>Para melhor compreensão desses processos, ver, neste dicionário, os verbetes: “Coletivo Juntos pelo Complexo do Alemão: vou te exigir o meu lugar”, “Complexo do Alemão e os movimentos coletivos locais: Para além das associações de moradores” e “Pertencimento ao Complexo do Alemão”.</ref>.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Outro elemento que torna essa cartografia da dinâmica mais complexa são as Associações que surgem no âmbito dos condomínios construídos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas obras executadas no bairro. Elas mantém sua autonomia, mas certo isolamento com o restante do território do Complexo do Alemão. Seja no sentido de um pertencimento, seja no dos papéis que cumprem na ordenação territorial e prestação de serviços, uma vez que estão voltadas para resolução de problemas condominiais. Ainda que, não consigam se apartar totalmente da vida social do bairro.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt">&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-weight:700"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">
 
==Considerações finais==
</span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:10.25pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">A trajetória das Associações de Moradores do Complexo do Alemão está em íntima continuidade com a história do município do Rio de Janeiro e do estado da Guanabara. Não se trata apenas de definir a constituição dessas entidades como meros reflexos da vida política carioca, mas sim de delinear um processo de interação no qual a dinâmica local e do restante da cidade se impactam mutuamente. O que acontecia no bairro era efeito das, mas também contribuia para, a consolidação ou crítica das políticas para as favelas; e se personificou, de modo mais acabado, na trajetória de Nilton Gomes Pereira, o Diquinho.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:10.25pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Não foi possível, neste trabalho, mapear as datas de surgimento de todas as Associações de Moradores, bem como uma série de informações não foram trazidas ao texto. Contudo, essa falta de evidências não indica uma falha do verbete devem ser vistas com provocações ou pistas para serem seguidas por cada um(a) dos(as) leitores(as), em suas próprias reflexões pessoais, trabalhos escolares ou acadêmicos.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:10.25pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Já as lacunas sobre a história política do Rio de Janeiro se devem, de fato, a limitações de espaço, tempo e dos conhecimentos do autor. Todavia, elas podem ser, em sua maioria, preenchidas com a pesquisa nas referência aqui utilizadas, em outros verbetes deste dicionário e ainda por toda uma literatura que não coube aqui.</span></span></span></span></span></span></span></p>
&nbsp;
&nbsp;
<p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-weight:700"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">
<p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Essa terceira fase é bem menos explorada nas pesquisas realizadas até agora, de modo que, em vez de uma exposição substancial como feita nas seções anteriores, essa parte do texto caracteriza mais linhas gerais para a reflexão sobre o período do que uma análise em si.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">De modo geral, este momento é marcado pela transformação nos sentidos da atuação das Associações de Moradores e não pela criação de novas entidades. Dois novos atores políticos que surgem nas favelas na década de 1990 contribuem diretamente para isso: as Organizações Não-Governamentais (ONG’s) e os agentes locais do comércio ilegal de entorpecentes. Ambos, em alguma medida relativizam o papel de representação das demandas faveladas das Associações, ainda que, sem retirar a sua importância na realização de determinadas funções ligadas a ação governamental local.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Elas ainda são responsáveis pela gestão de algumas creches municipais, distribuição de cartas no interior das favelas e mesmo o exercício da função cartorial. Em algumas vezes, cedem suas sedes para realização de determinadas atividades de órgãos públicos ou ainda realizam seus próprios projetos sociais. Suas áreas de atuação ainda são limitadas às favelas que representam, no caso do Complexo do Alemão (mesmo que essa divisão não seja tão bem definida, como vimos no início do texto).</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Ao contrário das ONGs que surgem no bairro no fim da década de 1990 e passam a ter como referência territorial de atuação, o Complexo do Alemão, e não suas localidades (da Nova Brasília, Morro do Alemão, Grota, Baiana etc.). Isso cria uma cartografia política multiescalar no bairro e alimenta um sistema de alianças diverso e multifacetado; que potencializa sua mobilização em situações de emergência como no caso da tragédia que gerou a mobilização do “Juntos pelo Complexo do Alemão”<ref>Para melhor compreensão desses processos, ver, neste dicionário, os verbetes: “Coletivo Juntos pelo Complexo do Alemão: vou te exigir o meu lugar”, “Complexo do Alemão e os movimentos coletivos locais: Para além das associações de moradores” e “Pertencimento ao Complexo do Alemão”.</ref>.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Outro elemento que torna essa cartografia da dinâmica mais complexa são as Associações que surgem no âmbito dos condomínios construídos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas obras executadas no bairro. Elas mantém sua autonomia, mas certo isolamento com o restante do território do Complexo do Alemão. Seja no sentido de um pertencimento, seja no dos papéis que cumprem na ordenação territorial e prestação de serviços, uma vez que estão voltadas para resolução de problemas condominiais. Ainda que, não consigam se apartar totalmente da vida social do bairro.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt">&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:0pt; margin-bottom:0pt">&nbsp;</p>  
==Referências Bibliográficas==
== Considerações finais ==
</span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">BRUM, Mário Sérgio Ignácio. “O povo acredita na gente”: rupturas e continuidades no movimento comunitário das favelas cariocas nas décadas de 1980 e 1990. Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Ferderal Fluminense, Niterói, 2006.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">COUTO, Patrícia; RODRIGUES, Rute I. A gramática da moradia no Complexo do Alemão: história, documentos e narrativas (versão preliminar). Rio de Janeiro, IPEA, 2013.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">DIQUINHO. Entrevista a Patrícia Couto, 2013.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">GONÇALVES, Rafael Soares. Favelas do Rio de Janeiro: história e direito. Rio de Janeiro, Pallas, Editora PUC, 2013.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">RODRIGUES, Rute Imanishi. Os “Parques Proletários” e os subúrbios do Rio de Janeiro: aspectos da política governamental para as favelas entre 1930 e 1960 (versão preliminar). Rio de Janeiro, IPEA, 2013.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">RODRIGUES, Rute Imanishi. Uma construção complexa: necessidades básicas, movimentos sociais, governo e mercado. In.: RODRIGUES, Rute Imanishi (Org.). Vida Social e Política nas Favelas: pesquisa de campo no Complexo do Alemão. Rio de Janeiro, IPEA/CEPEDOCA - Instituto Raízes em Movimento, 2016, pp.43 a 70.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt">&nbsp;</p>
 
&nbsp;
<p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:10.25pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">A trajetória das Associações de Moradores do Complexo do Alemão está em íntima continuidade com a história do município do Rio de Janeiro e do estado da Guanabara. Não se trata apenas de definir a constituição dessas entidades como meros reflexos da vida política carioca, mas sim de delinear um processo de interação no qual a dinâmica local e do restante da cidade se impactam mutuamente. O que acontecia no bairro era efeito das, mas também contribuia para, a consolidação ou crítica das políticas para as favelas; e se personificou, de modo mais acabado, na trajetória de Nilton Gomes Pereira, o Diquinho.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:10.25pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Não foi possível, neste trabalho, mapear as datas de surgimento de todas as Associações de Moradores, bem como uma série de informações não foram trazidas ao texto. Contudo, essa falta de evidências não indica uma falha do verbete devem ser vistas com provocações ou pistas para serem seguidas por cada um(a) dos(as) leitores(as), em suas próprias reflexões pessoais, trabalhos escolares ou acadêmicos.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="margin-right:0.3pt; text-align:justify; margin-top:10.25pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.7999999999999998"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">Já as lacunas sobre a história política do Rio de Janeiro se devem, de fato, a limitações de espaço, tempo e dos conhecimentos do autor. Todavia, elas podem ser, em sua maioria, preenchidas com a pesquisa nas referência aqui utilizadas, em outros verbetes deste dicionário e ainda por toda uma literatura que não coube aqui.</span></span></span></span></span></span></span></p>  
&nbsp;
<p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt">&nbsp;</p>
== Referências Bibliográficas ==
 
&nbsp;
<p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">BRUM, Mário Sérgio Ignácio. “O povo acredita na gente”: rupturas e continuidades no movimento comunitário das favelas cariocas nas décadas de 1980 e 1990. Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Ferderal Fluminense, Niterói, 2006.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">COUTO, Patrícia; RODRIGUES, Rute I. A gramática da moradia no Complexo do Alemão: história, documentos e narrativas (versão preliminar). Rio de Janeiro, IPEA, 2013.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">DIQUINHO. Entrevista a Patrícia Couto, 2013.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">GONÇALVES, Rafael Soares. Favelas do Rio de Janeiro: história e direito. Rio de Janeiro, Pallas, Editora PUC, 2013.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">RODRIGUES, Rute Imanishi. Os “Parques Proletários” e os subúrbios do Rio de Janeiro: aspectos da política governamental para as favelas entre 1930 e 1960 (versão preliminar). Rio de Janeiro, IPEA, 2013.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt"><span style="font-size:small;"><span style="line-height:1.2"><span style="font-family:Arial"><span style="font-variant-numeric:normal"><span style="font-variant-east-asian:normal"><span style="vertical-align:baseline"><span style="white-space:pre-wrap">RODRIGUES, Rute Imanishi. Uma construção complexa: necessidades básicas, movimentos sociais, governo e mercado. In.: RODRIGUES, Rute Imanishi (Org.). Vida Social e Política nas Favelas: pesquisa de campo no Complexo do Alemão. Rio de Janeiro, IPEA/CEPEDOCA - Instituto Raízes em Movimento, 2016, pp.43 a 70.</span></span></span></span></span></span></span></p> <p dir="ltr" style="text-align:justify; margin-top:8.3pt; margin-bottom:0pt">&nbsp;</p>