As Márcias (filme): mudanças entre as edições
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Para mudar essa triste realidade, as favelas da região vem contando com a força da mobilização de moradores. Um desses é Thiago de Jesus, de 31 anos, ativista sociocultural e roteirista que desde os 16 anos atua à frente de projetos sociais para impactar positivamente as favelas do Rola e de Antares, em Santa Cruz—Thiago mora em uma avenida que corta a favela do Rola. Em 2019, ao ver amigos perdendo tudo, até a vida, por conta da chuva, Thiago diz que precisou agir. “Eu precisava fazer algo. A mobilização começou quando nós vimos a gravidade da situação. Eu juntei um grupo de amigos e começamos a resgatar as pessoas e correr atrás para dar comida e roupas para essas pessoas que perderam tudo. Aí a mobilização foi se espalhando nas redes sociais e muitas pessoas chegaram para somar com a gente”. O agitador cultural arrecadou colchão, fogão, sofá, roupas, cama e cestas básicas. A cobrança pela ação do Estado foi feita, mas os moradores estão há quase um ano esperando resposta. “O poder público não ajudou, a burocracia e a politicagem atrapalharam e atrapalham até hoje. Tem pessoas que ainda estão morando nos barracos de madeira, não conseguiram o aluguel social. Continuam nessa situação crítica”, conta ele. Para quem está habituado a trabalhar com o cinema, todo esse enredo poderia dar um filme. E foi exatamente o que aconteceu: Thiago decidiu roteirizar “As Márcias” com ajuda de alguns amigos. O filme conta a história de duas mulheres que têm em comum não só o nome Márcia, mas também a vontade de ajudar e promover o desenvolvimento das comunidades onde moram, nas favelas do Rola e de Antares. | Para mudar essa triste realidade, as favelas da região vem contando com a força da mobilização de moradores. Um desses é Thiago de Jesus, de 31 anos, ativista sociocultural e roteirista que desde os 16 anos atua à frente de projetos sociais para impactar positivamente as favelas do Rola e de Antares, em Santa Cruz—Thiago mora em uma avenida que corta a favela do Rola. Em 2019, ao ver amigos perdendo tudo, até a vida, por conta da chuva, Thiago diz que precisou agir. “Eu precisava fazer algo. A mobilização começou quando nós vimos a gravidade da situação. Eu juntei um grupo de amigos e começamos a resgatar as pessoas e correr atrás para dar comida e roupas para essas pessoas que perderam tudo. Aí a mobilização foi se espalhando nas redes sociais e muitas pessoas chegaram para somar com a gente”. O agitador cultural arrecadou colchão, fogão, sofá, roupas, cama e cestas básicas. A cobrança pela ação do Estado foi feita, mas os moradores estão há quase um ano esperando resposta. “O poder público não ajudou, a burocracia e a politicagem atrapalharam e atrapalham até hoje. Tem pessoas que ainda estão morando nos barracos de madeira, não conseguiram o aluguel social. Continuam nessa situação crítica”, conta ele. Para quem está habituado a trabalhar com o cinema, todo esse enredo poderia dar um filme. E foi exatamente o que aconteceu: Thiago decidiu roteirizar “As Márcias” com ajuda de alguns amigos. O filme conta a história de duas mulheres que têm em comum não só o nome Márcia, mas também a vontade de ajudar e promover o desenvolvimento das comunidades onde moram, nas favelas do Rola e de Antares. | ||
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