Ocupa Borel: mudanças entre as edições
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== <span style="background:white"><span style="color:#222222">Vídeo do MC Leonardo do Apafunk</span></span> == | == <span style="background:white"><span style="color:#222222">Vídeo do MC Leonardo do Apafunk</span></span> == | ||
<p style="text-align: justify;">{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=Fum8oH077rk}} </p> | <p style="text-align: justify;">{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=Fum8oH077rk}} </p> | ||
== <span style="background:white"><span style="color:#222222">Vídeo no Terreirão</span></span> == | == <span style="background:white"><span style="color:#222222">Vídeo no Terreirão</span></span> == | ||
<p style="text-align: justify;">{{#evu: | <p style="text-align: justify;">{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=QF_614P3lUY}} </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background:white"><span style="color:#222222">O nome do movimento, divulgado sobretudo por redes sociais e com apoio de entidades de direitos humanos, ONGs, universidades e algumas instituições estatais, fazia uma referência clara à ocupação militar, mas certamente também evocava em seu formato o ''Ocupar Wall Street'' e convocava para uma espécie de desobediência civil. A proposta foi ocupar as ruas das localidades, recuperar o espaço público pelos e para os moradores, exercer livremente sua sociabilidade e praticar sua cultura, desafiar a disciplinarização pretendida pelas UPPs e protestar contra o controle social repressivo a que os moradores estão submetidos. E, durante cerca de três horas, os moradores do </span><span style="color:black"><span style="color:#a55858">[https://wikifavelas.com.br/index.php?title=Morro_do_Borel&action=edit&redlink=1 Morro do Borel] </span></span><span style="color:#222222">foram, pela primeira vez em muitos anos, os ''donos do morro''. Cantaram, discursaram, protestaram, dançaram funk, sambaram, versaram. Saíram afinal da Rua São Miguel até o Terreirão, subindo a Estrada da Independência em uma caminhada festiva, que celebrava o território reconquistado ainda que apenas por breves momentos.</span></span></p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background:white"><span style="color:#222222">A polícia militar não interveio. As autoridades de segurança pública prometeram apurar os fatos do ''toque de recolher ''decretado pela UPP, mas, pelo menos até agora, não vieram amplamente a público com os resultados. Conversas no sentido de um entendimento entre a UPP local e o Fórum de Entidades do Borel foram feitas. Os moradores aventaram a possibilidade de planejar com as organizações de base de outras localidades um ''Ocupa Favela às Nove'', nas semanas seguintes. Todas essas gestões, como se sabe, apresentam dificuldades que não podemos desenvolver neste texto. Mas o que eu gostaria de destacar é que o ''Ocupa Borel às Nove ''revelou, nos discursos de seus militantes, em sua Carta Aberta às Autoridades Públicas, na busca de possíveis aliados dos moradores e, sobretudo, na forma de ocupação do espaço público, uma crítica incisiva ao regime territorial introduzido pelo Programa de Pacificação nas favelas e uma disposição de enfrentá-lo com as armas possíveis. Oxalá aqueles que lutam por uma cidade mais democrática e integrada os ouçam e apoiem.” (LEITE, Marcia, 2013)</span></span></p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background:white"><span style="color:#222222">Em 5 de dezembro de 2018, um evento foi realizado para lembrar o Ocupa Borel e contou com o lançamento do livro Ocupa Borel e a militarização da vida”, decorrente da dissertação de mestrado de Laíze Benevides, defendida no Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense. O evento reuniu lideranças e serviu para um balanço das ações no Borel.</span></span></p> | ||
= <span style="background:white"><span style="color:#222222">Do Borel para o Complexo do Alemão</span></span> = | = <span style="background:white"><span style="color:#222222">Do Borel para o Complexo do Alemão</span></span> = | ||
