Morro do Salgueiro: mudanças entre as edições

Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
Linha 3: Linha 3:


= Sobre a favela =
= Sobre a favela =
[[File:Morro do Salgueiro, Maurício Hora..jpg|thumb|center|500px]]


<span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O&nbsp;'''Morro do Salgueiro'''&nbsp;é uma&nbsp;favela&nbsp;localizada no bairro da&nbsp;Tijuca no Rio de Janeiro, muito conhecida por ser o berço de uma das principais escolas de samba da cidade do&nbsp;Rio de Janeiro, o&nbsp;GRES Acadêmicos do Salgueiro.</span></span>
<span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O&nbsp;'''Morro do Salgueiro'''&nbsp;é uma&nbsp;favela&nbsp;localizada no bairro da&nbsp;Tijuca no Rio de Janeiro, muito conhecida por ser o berço de uma das principais escolas de samba da cidade do&nbsp;Rio de Janeiro, o&nbsp;GRES Acadêmicos do Salgueiro.</span></span>


= História =
= História =


<span style="font-size:larger;">[[File:Morro do Salgueiro.jpg|thumb|right|300px]]No final do Século XIX, o local fazia parte da Chácara do </span><span style="font-size:medium;">Trapic</span><span style="font-size:larger;">heiro. Em 1885 começou a ser povoado por ex-trabalhadores das plantações de café do Vale do Paraíba e de zonas vizinhas. Com o falecimento do Conde de Bonfim e de seu filho, o Barão de Mesquita, o local foi loteado pelo Barão de Itacuruçá, genro do Barão de Mesquita, e as terras foram negociadas para pequenos proprietários.&nbsp;</span>
<span style="font-size:larger;">[[File:Morro do Salgueiro.jpg|thumb|right|300px|Morro do Salgueiro.jpg]]No final do Século XIX, o local fazia parte da Chácara do </span><span style="font-size:medium;">Trapic</span><span style="font-size:larger;">heiro. Em 1885 começou a ser povoado por ex-trabalhadores das plantações de café do Vale do Paraíba e de zonas vizinhas. Com o falecimento do Conde de Bonfim e de seu filho, o Barão de Mesquita, o local foi loteado pelo Barão de Itacuruçá, genro do Barão de Mesquita, e as terras foram negociadas para pequenos proprietários.&nbsp;</span>


<span style="line-height:108%"><font color="#0563c1"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt"><span style="text-decoration:none">Recebeu o nome em meados da década de 1920 em referência ao português Domingos Alves Salgueiro, comerciante instalado na Tijuca e que era proprietário de 30 barracos no local&nbsp;</span></font></font></font></font><font size="3"><font style="font-size: 12pt">e dono de uma fábrica de conservas na Rua dos Araújos, na Tijuca,logo o português virou referência e designação do morro, que passou a ser conhecido como morro do "seu Salgueiro". Isso bastou para dar a fama ao local e batizar o morro como o Morro do Salgueiro. Aos poucos, o Morro do Salgueiro começou a ser procurado por famílias de Minas Gerais, interior do estado do Rio de Janeiro, sul da Bahia e Nordeste.</font></font></span>
<span style="line-height:108%"><font color="#0563c1"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt"><span style="text-decoration:none">Recebeu o nome em meados da década de 1920 em referência ao português Domingos Alves Salgueiro, comerciante instalado na Tijuca e que era proprietário de 30 barracos no local&nbsp;</span></font></font></font></font><font size="3"><font style="font-size: 12pt">e dono de uma fábrica de conservas na Rua dos Araújos, na Tijuca,logo o português virou referência e designação do morro, que passou a ser conhecido como morro do "seu Salgueiro". Isso bastou para dar a fama ao local e batizar o morro como o Morro do Salgueiro. Aos poucos, o Morro do Salgueiro começou a ser procurado por famílias de Minas Gerais, interior do estado do Rio de Janeiro, sul da Bahia e Nordeste.</font></font></span>
Linha 22: Linha 22:
= Luta e samba =
= Luta e samba =


<span style="line-height:108%"><font size="3"><font style="font-size:12pt">A luta social também faz parte da história do morro do Salgueiro. Foi lá que surgiu a primeira associação de moradores do Rio de Janeiro, no início de 1934,quando os habitantes do morro foram ameaçados de despejo,</font></font><font color="#0563c1"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size:12pt"><span style="text-decoration:none">os 7000 moradores da favela utilizaram principalmente a escola de samba Azul-e-Branco, como instrumento político para ganhar na justiça uma ação que previa a remoção da favela.</span></font></font></font></font><font size="3"><font style="font-size:12pt">Liderados pelo sambista Antenor Gargalhada, saíram vitoriosos na batalha jurídica e continuaram a conviver pacificamente no morro do Salgueiro.</font></font></span>
[[File:ANTENOR GARGALHADA - Nascido Antenor Santíssimo de Araújo.jpg|thumb|right|200px]]
 
<span style="line-height:108%"><font size="3"><font style="font-size:12pt">A luta social também faz parte da história do morro do Salgueiro. Foi lá que surgiu a primeira associação de moradores do Rio de Janeiro, no início de 1934,quando os habitantes do morro foram ameaçados de despejo,&nbsp;</font></font><font color="#0563c1"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size:12pt"><span style="text-decoration:none">os 7000 moradores da favela utilizaram principalmente a escola de samba Azul-e-Branco, como instrumento político para ganhar na justiça uma ação que previa a remoção da favela.&nbsp;</span></font></font></font></font><font size="3"><font style="font-size:12pt">Liderados pelo sambista Antenor Gargalhada, saíram vitoriosos na batalha jurídica e continuaram a conviver pacificamente no morro do Salgueiro.</font></font></span>


<font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">Em 1934,&nbsp;Antenor Gargalhada, presidente da escola de samba, que mais tarde iria se fundir à Depois eu Digo, atuou como um dos primeiros líderes comunitários que se têm notícia na cidade, e sua escola, como uma verdadeira associação de moradores.</font></font></font></font><font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">O morro do Salgueiro foi o b</font></font></font></font><font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">erço&nbsp;</font></font></font></font><font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">feliz&nbsp;</font></font></font></font><font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">de uma das principais escolas de samba da cidade do Rio de Janeiro, o GRES Acadêmicos do Salgueiro.</font></font></font></font>
<font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">Em 1934,&nbsp;Antenor Gargalhada, presidente da escola de samba, que mais tarde iria se fundir à Depois eu Digo, atuou como um dos primeiros líderes comunitários que se têm notícia na cidade, e sua escola, como uma verdadeira associação de moradores.</font></font></font></font><font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">O morro do Salgueiro foi o b</font></font></font></font><font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">erço&nbsp;</font></font></font></font><font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">feliz&nbsp;</font></font></font></font><font color="#0563c1" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><font color="#000000"><font size="3"><font style="font-size: 12pt">de uma das principais escolas de samba da cidade do Rio de Janeiro, o GRES Acadêmicos do Salgueiro.</font></font></font></font>
&nbsp;


= Salgueiro =
= Salgueiro =