Morro da Coroa: mudanças entre as edições

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== História  ==
== História  ==
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 13px;">Favela carioca pertencente ao Complexo de Santa Teresa, é de influente participação na formação da população carioca e possui diversas histórias sobre sua origem. Dentre estas, destaca-se uma&nbsp;que narra que&nbsp;o morro teria&nbsp;tido um espaço que fora&nbsp;ocupado,&nbsp;durante o Império, como um haras para os Cavalariços da Coroa e, em alusão ao regime de governo da época, teria sido tratado como o&nbsp;morro do império, o "morro da Coroa". Em registros atuais, flagrados por moradores do morro, vê-se&nbsp;poços e cavernas espalhados por diversas áreas do morro e que teriam servido de esconderijo para os escravos. Esta descoberta, ratifica, portanto, a teoria como a inspiradora do nome do morro, ou pelo menos, comprova&nbsp;que neste morro&nbsp;os&nbsp;escravos eram mantidos presos, que&nbsp;cavavam tais buracos&nbsp;para fugir de seus senhores&nbsp;- uma destas cavernas ficou famosa à época de sua descoberta já que&nbsp;foi&nbsp;localizada no terreno da antiga casa da boleira Dona Carminha. Hoje em dia esta caverna&nbsp;está&nbsp;encoberta e tornou-se a parede do&nbsp;</span><u style="font-size: 13px;">bebedouro</u><span style="font-size: 13px;">&nbsp;do salão da&nbsp;cabeleireira&nbsp;Luciana, na&nbsp;Praça Amor de Mãe,&nbsp;no&nbsp;centro do morro.</span></p> <p style="text-align: justify;">Apesar desta versão ser considerada a oficial, alguns&nbsp;dos&nbsp;moradores mais antigos relatam que o nome "COROA" refere-se a um antigo campo de futebol, localizado&nbsp;na&nbsp;parte mais alta do morro, do cume, do topo, ou &nbsp;seja a “coroa” do morro, que existiu em meados dos anos 30.&nbsp;<br/> Há, ainda, uma terceira versão que diz que o nome "COROA" faz referência ao formato arredondado do topo do morro e que nessa região,&nbsp; onde foram construídos os primeiros barracos enfileirados lado a lado, davam a impressão de serem pontas de uma coroa.<br/> De todas essas três histórias de criação da comunidade a mais próxima da verdadeira é a primeira, pois há ainda as tais cavernas para comprovar que pelo menos escravos foragidos haviam na região.</p> <p style="text-align: justify;">O morro, cuja ocupação começou em 1946, iniciou seu processo de&nbsp;<u>expansão</u>&nbsp;após a derrubada da favela de Santo Antônio que teria ocasionado a migração para esta nova área. Na época, haviam ainda poucos barracos na região mas com o passar dos anos, logo houve a necessidade de criar uma associação de moradores para conter o crescimento acelerado e desordenado da comunidade.&nbsp;A partir da iniciativa de moradores locais e com o intuito de formalizar sua representatividade como pessoa jurídica, cria-se então a SAMC -&nbsp;Sociedade dos Amigos do Morro da Coroa, cujo&nbsp;Estatuto Social preconiza a "PROMOÇÃO DO BEM ESTAR DA COMUNIDADE ADMINISTRANDO OS BENS DE USO COMUM E A REPRESENTAÇÃO DOS MORADORES PERANTE OS PODERES PÚBLICOS".&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">A fim de registro, com as chuvas de 1982, que provocaram deslizamentos e mortes na comunidade, a SAMC viu a necessidade de ampliar suas lutas não só por melhorias físicas na localidade mas também pela valorização da auto-estima e criação da autonomia dos indivíduos, auxiliando no enfrentamento da pobreza e exclusão social.&nbsp;De acordo com dados obtidos pelo programa de gerenciamento de saúde da clínica responsável pelo morro, cujo levantamento é&nbsp;feito&nbsp;de porta em porta e em suas devidas&nbsp;micro áreas, em 2013 o total de&nbsp;moradores do morro da Coroa já ultrapassava a média de 15.000 contribuintes, já que o morro possui cerca de 5.400 residências e cada uma delas tem em média 3.16 moradores.</p>  
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 13px;">Favela carioca pertencente ao Complexo de Santa Teresa, é de influente participação na formação da população carioca e possui diversas histórias sobre sua origem. Dentre estas, destaca-se uma&nbsp;que narra que&nbsp;o morro teria&nbsp;tido um espaço que fora&nbsp;ocupado,&nbsp;durante o Império, como um haras para os Cavalariços da Coroa e, em alusão ao regime de governo da época, teria sido tratado como o&nbsp;morro do império, o "morro da Coroa". Em registros atuais, flagrados por moradores do morro, vê-se&nbsp;poços e cavernas espalhados por diversas áreas do morro e que teriam servido de esconderijo para os escravos. Esta descoberta, ratifica, portanto, a teoria como a inspiradora do nome do morro, ou pelo menos, comprova&nbsp;que neste morro&nbsp;os&nbsp;escravos eram mantidos presos, que&nbsp;cavavam tais buracos&nbsp;para fugir de seus senhores&nbsp;- uma destas cavernas ficou famosa à época de sua descoberta já que&nbsp;foi&nbsp;localizada no terreno da antiga casa da boleira Dona Carminha. Hoje em dia esta caverna&nbsp;está&nbsp;encoberta e tornou-se a parede do&nbsp;</span><u style="font-size: 13px;">bebedouro</u><span style="font-size: 13px;">&nbsp;do salão da&nbsp;cabeleireira&nbsp;Luciana, na&nbsp;Praça Amor de Mãe,&nbsp;no&nbsp;centro do morro.</span></p> <p style="text-align: justify;">Apesar desta versão ser considerada a oficial, alguns&nbsp;dos&nbsp;moradores mais antigos relatam que o nome "COROA" refere-se a um antigo campo de futebol, localizado&nbsp;na&nbsp;parte mais alta do morro, do cume, do topo, ou &nbsp;seja a “coroa” do morro, que existiu em meados dos anos 30.&nbsp;<br/> Há, ainda, uma terceira versão que diz que o nome "COROA" faz referência ao formato arredondado do topo do morro e que nessa região,&nbsp; onde foram construídos os primeiros barracos enfileirados lado a lado, davam a impressão de serem pontas de uma coroa.<br/> De todas essas três histórias de criação da comunidade a mais próxima da verdadeira é a primeira, pois há ainda as tais cavernas para comprovar que pelo menos escravos foragidos haviam na região.</p> <p style="text-align: justify;">O morro, cuja ocupação começou em 1946, iniciou seu processo de&nbsp;<u>expansão</u>&nbsp;após a derrubada da favela de Santo Antônio que teria ocasionado a migração para esta nova área. Na época, haviam ainda poucos barracos na região mas com o passar dos anos, logo houve a necessidade de criar uma associação de moradores para conter o crescimento acelerado e desordenado da comunidade.&nbsp;A partir da iniciativa de moradores locais e com o intuito de formalizar sua representatividade como pessoa jurídica, cria-se então a SAMC -&nbsp;Sociedade dos Amigos do Morro da Coroa, cujo&nbsp;Estatuto Social preconiza a "PROMOÇÃO DO BEM ESTAR DA COMUNIDADE ADMINISTRANDO OS BENS DE USO COMUM E A REPRESENTAÇÃO DOS MORADORES PERANTE OS PODERES PÚBLICOS".&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">A fim de registro, com as chuvas de 1982, que provocaram deslizamentos e mortes na comunidade, a SAMC viu a necessidade de ampliar suas lutas não só por melhorias físicas na localidade mas também pela valorização da auto-estima e criação da autonomia dos indivíduos, auxiliando no enfrentamento da pobreza e exclusão social.&nbsp;De acordo com dados obtidos pelo programa de gerenciamento de saúde da clínica responsável pelo morro, cujo levantamento é&nbsp;feito&nbsp;de porta em porta e em suas devidas&nbsp;micro áreas, em 2013 o total de&nbsp;moradores do morro da Coroa já ultrapassava a média de 15.000 contribuintes, já que o morro possui cerca de 5.400 residências e cada uma delas tem em média 3.16 moradores.</p>  
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Pelo&nbsp;levantamento de 2010 do IBGE, validado pelo Instituto Pereira Passos - Rio+Social&nbsp;- cujos números estão&nbsp;estagnados&nbsp;em apenas&nbsp;[http://www.riomaissocial.org/wp-content/uploads/2014/09/1-Panorama-dos-Territórios-UPP-Fallet-Fogueteiro-e-Coroa.pdf 4.069 moradores e apenas 1.323&nbsp;domicílios],&nbsp;em comparação com a informação&nbsp;anterior,&nbsp;mostra o exponencial crescimento desta população&nbsp;num curto período de tempo.
Pelo&nbsp;levantamento de 2010 do IBGE, validado pelo Instituto Pereira Passos - Rio+Social&nbsp;- cujos números estão&nbsp;estagnados&nbsp;em apenas&nbsp;[http://www.riomaissocial.org/wp-content/uploads/2014/09/1-Panorama-dos-Territórios-UPP-Fallet-Fogueteiro-e-Coroa.pdf 4.069 moradores e apenas 1.323&nbsp;domicílios],&nbsp;em comparação com a informação&nbsp;anterior,&nbsp;mostra o exponencial crescimento desta população&nbsp;num curto período de tempo.
<p style="text-align: justify;">Numa área total que corresponde a 82.934 m², o Morro da Coroa está entre as primeiras regiões ocupadas do Rio de Janeiro. Outro dado que também chama atenção é o número de trabalhadores com mão de obra qualificada para atender a demanda do centro da cidade. O censo de 2010 mostrou que a faixa etária mais expressiva seria a dos 06 aos 14 anos na comunidade e que&nbsp;haveriam&nbsp;88 homens para cada 100 mulheres moradoras do Morro da Coroa, resultando em mais chefes de família do sexo feminino.&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">Ao longo dos anos seguintes, várias conquistas foram agregadas à comunidade, tais como: criação da primeira região administrativa, serviço postal, gari comunitário, bombeiro hidráulico, assistência jurídica, reforço escolar, cursos de línguas e informática, horta comunitária, alfabetização de adultos, acupuntura além do famoso Projeto Vida Nova, em parceria com o Governo do Estado no intuito de resgatar e prevenir os jovens em situação de vulnerabilidade social.</p> <p style="text-align: justify;">A comunidade, em constantes melhoramentos, cresce à passos largos e vem se tornando um ponto de visitação turística, com uma vista espetacular da Apoteose do Samba e do centro da cidade do Rio de Janeiro.</p> <p style="text-align: justify;">[[File:Morro da Coroa.jpg|thumb|center|550px]]</p>  
<p style="text-align: justify;">Numa área total que corresponde a 82.934 m², o Morro da Coroa está entre as primeiras regiões ocupadas do Rio de Janeiro. Outro dado que também chama atenção é o número de trabalhadores com mão de obra qualificada para atender a demanda do centro da cidade. O censo de 2010 mostrou que a faixa etária mais expressiva seria a dos 06 aos 14 anos na comunidade e que&nbsp;haveriam&nbsp;88 homens para cada 100 mulheres moradoras do Morro da Coroa, resultando em mais chefes de família do sexo feminino.&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">Ao longo dos anos seguintes, várias conquistas foram agregadas à comunidade, tais como: criação da primeira região administrativa, serviço postal, gari comunitário, bombeiro hidráulico, assistência jurídica, reforço escolar, cursos de línguas e informática, horta comunitária, alfabetização de adultos, acupuntura além do famoso Projeto Vida Nova, em parceria com o Governo do Estado no intuito de resgatar e prevenir os jovens em situação de vulnerabilidade social.</p> <p style="text-align: justify;">A comunidade, em constantes melhoramentos, cresce à passos largos e vem se tornando um ponto de visitação turística, com uma vista espetacular da Apoteose do Samba e do centro da cidade do Rio de Janeiro.</p> <p style="text-align: justify;">[[File:Morro da Coroa.jpg|thumb|center|550px|Morro da Coroa.jpg]]</p>  
== '''SAMC - Sociedade de Amigos do Morro da Coroa''' ==
== '''SAMC - Sociedade de Amigos do Morro da Coroa''' ==
<p style="text-align: justify;">As finalidades estatutárias da SAMC se solidificaram ao longo destes anos em promover o bem estar da comunidade que representa, administrar os bens de uso comum e representar os moradores perante os poderes públicos, reivindicando melhorias para a comunidade. A comunidade ainda tem em suas obrigações legais procurar junto com as autoridades, todos os melhoramentos que a lei confere, quer seja de caráter social, urbano, financeiro, econômico e recreativo, também em lutar junto com os moradores do bairro e adjacências, por melhores condições de vida, instalação de Posto Médico e Escola na Comunidade e servir aos interesses da coletividade sem fins lucrativos. A Diretoria/2011 da SAMC (Sociedade de Amigos do Morro da Coroa) é composta por Marcelo de Souza na Presidência, Adão Rodrigues dos Santos como Vice Presidente e Teresinha de Souza, Diretora Administrativa. Em seu Conselho Fiscal, Luzinete Maria Martins, Gustavo Gonçalves dos Santos, Janaina Rocha dos Santos e Júlio do Carmo Vianna Filho, Suplente. Os registro oficiais da SAMC a caracterizam com o Alvará de nº. 042257612007, Inscrição Municipal de nº. 401952-0 , CNPJ Nº. 29.241.924/0001-61, Utilidade Pública Federal Decreto-Lei Nº. 87.122 de 30/06/1997, Utilidade Pública Estadual Decreto-Lei Nº. 29, de 06/06/1997 e Utilidade Pública Municipal Lei Nº. 3314, de 08 /09/1997 e é situada à Rua Baronesa de Guararema 169 – Santa Teresa, Morro da Coroa, CEP &nbsp;20.251.320 &nbsp;Rio de Janeiro/RJ, Tel/Fax (021)2273-9099</p>
<p style="text-align: justify;">As finalidades estatutárias da SAMC se solidificaram ao longo destes anos em promover o bem estar da comunidade que representa, administrar os bens de uso comum e representar os moradores perante os poderes públicos, reivindicando melhorias para a comunidade. A comunidade ainda tem em suas obrigações legais procurar junto com as autoridades, todos os melhoramentos que a lei confere, quer seja de caráter social, urbano, financeiro, econômico e recreativo, também em lutar junto com os moradores do bairro e adjacências, por melhores condições de vida, instalação de Posto Médico e Escola na Comunidade e servir aos interesses da coletividade sem fins lucrativos. A Diretoria/2011 da SAMC (Sociedade de Amigos do Morro da Coroa) é composta por Marcelo de Souza na Presidência, Adão Rodrigues dos Santos como Vice Presidente e Teresinha de Souza, Diretora Administrativa. Em seu Conselho Fiscal, Luzinete Maria Martins, Gustavo Gonçalves dos Santos, Janaina Rocha dos Santos e Júlio do Carmo Vianna Filho, Suplente. Os registro oficiais da SAMC a caracterizam com o Alvará de nº. 042257612007, Inscrição Municipal de nº. 401952-0 , CNPJ Nº. 29.241.924/0001-61, Utilidade Pública Federal Decreto-Lei Nº. 87.122 de 30/06/1997, Utilidade Pública Estadual Decreto-Lei Nº. 29, de 06/06/1997 e Utilidade Pública Municipal Lei Nº. 3314, de 08 /09/1997 e é situada à Rua Baronesa de Guararema 169 – Santa Teresa, Morro da Coroa, CEP &nbsp;20.251.320 &nbsp;Rio de Janeiro/RJ, Tel/Fax (021)2273-9099</p>
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