Favela Cruzada São Sebastião: mudanças entre as edições

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A Cruzada São Sebastião é um conjunto habitacional de influência modernista localizado à margem oeste do Jardim de Alá, no bairro do Leblon, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Do conjunto, fazem parte a igreja dos Santos Anjos e a escola municipal Santos Anjos, que foram tombados pela Secretaria Extraordinária do Patrimônio Cultural em 2008.
A Cruzada São Sebastião é um conjunto habitacional de influência modernista localizado à margem oeste do Jardim de Alá, no bairro do Leblon, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Do conjunto, fazem parte a igreja dos Santos Anjos e a escola municipal Santos Anjos, que foram tombados pela Secretaria Extraordinária do Patrimônio Cultural em 2008.
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= História =
= História =


Foi inaugurada em&nbsp;29 de outubro&nbsp;de&nbsp;1955, por iniciativa de dom&nbsp;Hélder Câmara, então secretário-geral da&nbsp;Conferência Nacional dos Bispos do Brasil&nbsp;(CNBB), que convenceu o então&nbsp;presidente da república,&nbsp;Café Filho, a firmar um&nbsp;convênio&nbsp;para construir o conjunto habitacional. O objetivo era fazer, dali, uma espécie de&nbsp;plano piloto, um pontapé inicial para a meta de dom Hélder de acabar em dez anos com as 150&nbsp;favelas&nbsp;existentes na cidade naquela época.<sup id="cite_ref-3">[3]</sup>&nbsp;A&nbsp;chave&nbsp;para o primeiro morador foi entregue em 3 de janeiro de 1957.
Foi inaugurada em&nbsp;29 de outubro&nbsp;de&nbsp;1955, por iniciativa de dom&nbsp;Hélder Câmara, então secretário-geral da&nbsp;Conferência Nacional dos Bispos do Brasil&nbsp;(CNBB), que convenceu o então&nbsp;presidente da república,&nbsp;Café Filho, a firmar um&nbsp;convênio&nbsp;para construir o conjunto habitacional. O objetivo era fazer, dali, uma espécie de&nbsp;plano piloto, um pontapé inicial para a meta de dom Hélder de acabar em dez anos com as 150&nbsp;favelas&nbsp;existentes na cidade naquela época.<sup id="cite_ref-3">[3]</sup>&nbsp;A&nbsp;chave&nbsp;para o primeiro morador foi entregue em 3 de janeiro de 1957.
[[File:Cruzada 02.jpg|thumb|center|500px|Cruzada 02.jpg]]


Os primeiros moradores eram oriundos da vizinha&nbsp;favela Praia do Pinto, que viria a sofrer um&nbsp;incêndio&nbsp;em 11 de maio de 1969&nbsp;e seria substituída pelo&nbsp;condomínio&nbsp;Selva de Pedra, em frente ao&nbsp;Paissandu Atlético Clube&nbsp;e à&nbsp;associação Atlética Banco do Brasil. O conjunto de dez&nbsp;prédios&nbsp;e 945&nbsp;apartamentos&nbsp;foi&nbsp;financiado&nbsp;num prazo de quinze anos, em pagamentos mensais de quantias que correspondiam, nos maiores apartamentos (de dois quartos), ao correspondente a quinze por cento do&nbsp;salário mínimo.
Os primeiros moradores eram oriundos da vizinha&nbsp;favela Praia do Pinto, que viria a sofrer um&nbsp;incêndio&nbsp;em 11 de maio de 1969&nbsp;e seria substituída pelo&nbsp;condomínio&nbsp;Selva de Pedra, em frente ao&nbsp;Paissandu Atlético Clube&nbsp;e à&nbsp;associação Atlética Banco do Brasil. O conjunto de dez&nbsp;prédios&nbsp;e 945&nbsp;apartamentos&nbsp;foi&nbsp;financiado&nbsp;num prazo de quinze anos, em pagamentos mensais de quantias que correspondiam, nos maiores apartamentos (de dois quartos), ao correspondente a quinze por cento do&nbsp;salário mínimo.
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== Cruzada São Sebastião: documentário ==
== Cruzada São Sebastião: documentário ==
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Por Clarissa Stycer*
Por Clarissa Stycer*


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“No futuro, não haverá ‘favelados’, não haverá a diferenciação ‘moradores do Leblon’ e ‘moradores da praia do Pinto’. Serão todos, apenas, moradores do Leblon”, afirmou Dom Hélder Câmara, no dia 9 de dezembro de 1955, do alto de uma armação de madeira improvisada no canteiro de obras onde se ergueria a Cruzada de São Sebastião. Por meio de um convênio firmado com o governo federal, então regido pelo presidente da República Café Filho, o bispo não media esforços para levantar o conjunto habitacional localizado entre a Rua Afrânio de Melo Franco e o Jardim de Alah, idealizado para abrigar os moradores da favela Praia do Pinto.
“No futuro, não haverá ‘favelados’, não haverá a diferenciação ‘moradores do Leblon’ e ‘moradores da praia do Pinto’. Serão todos, apenas, moradores do Leblon”, afirmou Dom Hélder Câmara, no dia 9 de dezembro de 1955, do alto de uma armação de madeira improvisada no canteiro de obras onde se ergueria a Cruzada de São Sebastião. Por meio de um convênio firmado com o governo federal, então regido pelo presidente da República Café Filho, o bispo não media esforços para levantar o conjunto habitacional localizado entre a Rua Afrânio de Melo Franco e o Jardim de Alah, idealizado para abrigar os moradores da favela Praia do Pinto.
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[[Category:Cruzada São Sebastião]] [[Category:Temática - Favelas e Periferias]]
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